PSL e PRB dominam frentes diplomáticas no Congresso

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Política

17 de junho de 2019 às 15h06

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O PSL, do presidente Jair Bolsonaro, e o PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, ocuparam espaços abertos na diplomacia parlamentar e dominaram 45 dos 68 grupos de amizade entre o Brasil e países estrangeiros neste ano. A presidência desses grupos do Congresso Nacional, que em anos anteriores estava dispersa entre diversos partidos, agora se concentra nas duas legendas marcadamente de perfil conservador.

O PSL, que preside 21 grupos de amizade, e o PRB, que comanda 24, foram os partidos cujas bancadas mais cresceram na eleição de 2018. O número de deputados do PSL saltou de 8 para 54 deputados, e o do PRB, de 21 para 31 atualmente.

Os grupos de amizade são semelhantes às frentes parlamentares temáticas, só que dedicados à interlocução com países, blocos e entidades multinacionais como o Mercosul, a ONU, os Brics e a OTAN. Na prática, essas associações de deputados e senadores funcionam como um canal de aproximação com congressistas e governos estrangeiros, em geral por meio das embaixadas, e servem, por exemplo, ao relacionamento entre autoridades para tratar de lobbies e interesses diversos, como imigração, intercâmbio cultural, negócios e comércio bilateral.

Antes nanico, o PSL busca se organizar internamente e aproximar-se, por meio de líderes como o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), de uma articulação internacional da nova direita. À frente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden), o filho “Zero Três” do presidente da República se reuniu com governantes de direita nos Estados Unidos, na Hungria e na Itália.

O PRB, integrante do Centrão e ex-base dos governos Lula, Dilma e Temer, quer se repaginar e criar identidade com os conservadores em geral, em defesa da família tradicional, da liberdade econômica e da livre iniciativa. Agora independente, vai adotar o nome Republicanos e tenta se descolar da imagem de partido da Universal, igreja com presença no exterior, sobretudo na África.

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Deputados e dirigentes ouvidos pela reportagem dizem que a nova divisão de forças partidárias nos grupos de amizade não é fruto de um direcionamento por parte das cúpulas do PSL e do PRB, mas de iniciativa dos parlamentares. “Não houve uma orientação nossa, foi uma iniciativa dos deputados novos”, diz o vice-presidente da Câmara, deputado Marcos Pereira (PRB-SP), que preside a legenda e o grupo de amizade com Israel, cujo corpo diplomático cultiva proximidade com a bancada evangélica.

Fontes do Itamaraty dão uma segunda explicação: há estímulo por parte de diplomatas estrangeiros. “Eu fui procurado por algumas embaixadas por causa do meu perfil político”, confirma o deputado de primeiro mandato Daniel Silveira (PSL-RJ), policial militar à frente dos grupos de amizade com Rússia, África do Sul e países do Cone Sul, como Argentina, Uruguai e Paraguai.

Uma fonte do Palácio do Planalto com influência direta na política externa disse que as embaixadas procuraram abrir canais e criar vínculos com parlamentares próximos ao governo.

“Em termos de mudança política, faz sentido”, afirma o vice-presidente da Creden, deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP). “Não tem nada da velha estratégia de relações exteriores que a gente queira aplicar no momento atual. É natural ter iniciativas que representem esse novo viés.”

Um motivo menos nobre citado por um dirigente partidário é a busca dos congressistas por escapar da rotina do Congresso e fazer uma “viagenzinha”, embora visitas a parlamentos e intercâmbios são uma das formas oficiais reconhecidas de atuação do Legislativo na política externa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. // AO

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