Massacre que deixou 57 mortos em Altamira é mais um capítulo de disputa pela cocaína

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Polícia

30 de julho de 2019 às 05h30

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Chamas tomam instalações do presídio de Altamira, no Pará Foto: Reprodução/Twitter

 

O massacre na cadeia de Altamira, que deixou 57 mortos nesta segunda-feira, 29, repete a estratégia usada por facções para, com brutalidade, tentar dominar parte de uma importante rota de tráfico de drogas na região amazônica. Os assassinatos cometidos pelos integrantes do Comando Classe A (CCA) contra filiados do Comando Vermelho (CV) é mais um capítulo de uma briga nacional que se expressa com maior frequência na Região Norte. 

A rota, que começa na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia e segue pelo Rio Solimões até Manaus, transformou-se em uma das maiores portas de entrada de cocaína do País, segundo especialistas e investigadores. É o controle desse mercado lucrativo que move a maior parte dos conflitos entre as organizações criminosas que atuam na região. 

Uma briga entre a Família do Norte (FDN), o Primeiro Comando da Capital(PCC) e o Comando Vermelho (CV) já deixou, desde outubro de 2016, 162 pessoas mortas dentro de presídios de Rondônia, Roraima e Amazonas - sem contar os 57 óbitos de ontem, em Altamira.

“O Pará é um espaço que também vem sendo disputado pelas facções em função da sua posição geográfica e da importância que tem para o narcotráfico”, explica o pesquisador Aiala Colares, da Universidade Estadual do Pará (Uepa). 

 

Estadãao // Figueiredo 

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