Diretora de associação diz que programa federal é um “verdadeiro desastre” para universidades

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Política

13 de agosto de 2019 às 12h21

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A diretora da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), Lilian Marinho, afirmou nesta terça-feira (13) que o Programa Institutos e Universidades Empreendedoras e Inovadoras (Future-se), do governo federal, é um “verdadeiro desastre” para as universidades federais brasileiras. 

Na avaliação dela, a iniciativa é uma senha para o “desmonte das universidades”. A participação no programa pressupõe a contratação de Organização Social (OS) para fazer a gestão de atividades fins das instituições federais de Ensino Superior, como ensino, pesquisa e inovação. Ao aderir, as  teriam de cumprir um conjunto de exigências, entre elas, adotar programa de controle interno e auditoria externa. 

“A sociedade precisa entender o que está acontecendo. O programa possui três eixes: gestão, governança e empreendedorismo, pesquisa e inovação e internacionalização. De uma forma muito resumida, o que a gente pode dizer é que o governo quer entregar a gestão da universidade pública para organizações sociais. O programa fala muito em empreendedorismo. O empreendedorismo é o espírito do capitalismo que precariza as relações”, criticou, em entrevista durante a manifestação realizada em Salvador nesta manhã contra os cortes no orçamento da educação. A concentração ocorre no bairro do Campo Grande. 

Ainda segundo ela, o objetivo do programa é de “aprofundar uma exclusão que, por pouco tempo, a gente conseguiu conter.” 

Manifestação

Os protestos desta terça foram convados pela União Nacional dos Estudantes (UNE). São previstos atos em 79 cidades de todas as 27 unidades da Federação contra cortes na Educação. Será o 3º protesto nacional da entidade neste ano.

Entre as demandas das manifestações, está a revogação do contingenciamento no orçamento das despesas discricionárias das universidades. A série de mobilizações foi apelidada de “Tsunami da Educação”.

Bnews // AO

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