Focos de incêndio na região têm assinatura do desmatamento, diz Nasa

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23 de agosto de 2019 às 05h08

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Focos de incêndio e fumaça em Rondônia em 16 de agosto de 2019 - Dados de satélite do EOSDIS, programa de observação terrestre da NASA

 

Pesquisadores da Nasa que monitoram focos de queimada no planeta afirmam que seus dados sobre o Brasil estão consistentes com o aumento abrupto que o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais) vem reportando nas últimas semanas. 

"Vimos sinais de que o desmatamento está aumentando neste momento", diz Douglas Morton, chefe do Laboratório de Ciências Biosféricas do Centro Goddard de Voo Espacial da Nasa, em Maryland, nos Estados Unidos.

Segundo o pesquisador, é possível correlacionar os principais focos de calor detectados pelos satélites Terra e Aqua da Nasa ao corte raso de floresta na região, e não a outros tipos de atividade que implicam queimadas sem desmatamento, como limpeza de pastos, preparo de plantios ou queima de bagaços.

Dez dias atrás, olhei as imagens dos nosso sensores dos satélites em órbita e eles mostravam claramente os focos de calor separados, com colunas de fumaça enormes saindo daquelas áreas da fronteira agrícola, como Novo Progresso, a região da Terra do Meio, no Pará, e o sudeste do estado do Amazonas", afirma Morton à Folha

"Não existe uma quantidade de combustível suficientemente alta para gerar aquelas colunas de fumaça se aquilo for somente limpeza de pasto, por exemplo."

Segundo o pesquisador, o padrão de nuvens visto na região é o de "pirocúmulo", que está associado a fogo ou atividade vulcânica. Morton afirma que na última vez que um cenário assim foi capturado por satélites da Nasa sobre a Amazônia foi nos anos de 2002 a 2004, quando o desmatamento anual estava acima dos 20 mil km² por ano.

 

Folha //// Figueiredo

 

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