Em depoimento nesta terça-feira (27), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) disse que o seu correligionário e sucessor no cargo, Luiz Fernando Pezão, era beneficiado com propina cobrada na Secretaria de Obras, chamada de “taxa de oxigênio”.
De acordo com a Folha, Cabral negou que recebesse parte do dinheiro.
“Pezão participava dessa arrecadação. Era beneficiado, me dava ciência e prestava contas sobre benefícios a terceiros. Muitas vezes eu soube pelos próprios empreiteiros”, declarou Cabral, que prestou depoimento em ação penal na qual é acusado de dar anuência à cobrança da propina na pasta, chefiada por Pezão e, depois, por Hudson Braga.
“Grandes empreiteiros reclamavam do tratamento açodado do subsecretario Hudson Braga. O Pezão era o mais tratável e o Hudson jogava mais pesado com as empreiteiras, por vezes até indelicado”, afirmou Cabral.
Preso desde novembro do ano passado, em decorrência da Operação Boca de Lobo, Pezão foi acusado de receber uma mesada de R$ 150 mil de Cabral.
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