Polícia do RJ tem 140 inquéritos suspensos desde decisão de Toffoli; apuração sobre acusado de matar Marielle está parad

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Brasil

05 de setembro de 2019 às 07h32

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A decisão de Toffoli atendeu a pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que era alvo de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro â?? Foto: Fabiane de Paula/SVM

Estão suspensas na Polícia Civil do Rio cerca de 140 investigações envolvendo o crime de lavagem de dinheiro. O motivo é a decisão do ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que interrompeu – temporariamente – inquéritos embasados em relatórios de inteligência financeira que não tivessem autorização judicial.

Em meados de julho, Toffoli ordenou que parassem, em todo o país, todas as investigações embasadas em informações compartilhadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e pelo Fisco sem autorização da Justiça. No fim do mês passado, Coaf passou ao comando do Banco Central, com outro nome e um novo presidente. O órgão passou a se chamar Unidade de Inteligência Financeira (UIF).

Um dos inquéritos que atualmente está parado no Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da polícia, está aquele que investiga movimentações suspeitas de Ronnie Lessa, policial militar reformado acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista, Anderson Gomes. A informação foi confirmada pelo G1 com a Polícia Civil e o Ministério Público.

Lessa, que está preso desde março, também é investigado por tráfico de armas e pela execução da vereadora e do motorista. O advogado de defesa do PM reformado, Fernando Santana, disse saber que há uma investigação por lavagem de dinheiro. No entanto, segundo ele não houve intimação para depoimentos. Santana afirmou que defesa está preparada para provar que não houve o crime.

A decisão de Toffoli
Toffoli decidiu interromper as investigações com dados do então Coaf após pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

No fim de 2018, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O documento revelou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, que ex-motorista e ex-assessor de Flávio Bolsonaro, quando o parlamentar do PSL ainda era deputado estadual.

Veja a cronologia do caso Queiroz
A investigação que envolve Flávio Bolsonaro teve início após deflagração da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu dez deputados estaduais.

Toffoli decidiu estender o entendimento a todos os casos semelhantes porque entendeu que era possível aplicar o conceito de "repercussão geral" – instrumento jurídico que estabelece a mesma decisão a todos os processos em andamento no país.

Estão suspensas na Polícia Civil do Rio cerca de 140 investigações envolvendo o crime de lavagem de dinheiro. O motivo é a decisão do ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que interrompeu – temporariamente – inquéritos embasados em relatórios de inteligência financeira que não tivessem autorização judicial.

Em meados de julho, Toffoli ordenou que parassem, em todo o país, todas as investigações embasadas em informações compartilhadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e pelo Fisco sem autorização da Justiça. No fim do mês passado, Coaf passou ao comando do Banco Central, com outro nome e um novo presidente. O órgão passou a se chamar Unidade de Inteligência Financeira (UIF).

Um dos inquéritos que atualmente está parado no Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da polícia, está aquele que investiga movimentações suspeitas de Ronnie Lessa, policial militar reformado acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista, Anderson Gomes. A informação foi confirmada pelo G1 com a Polícia Civil e o Ministério Público.

Lessa, que está preso desde março, também é investigado por tráfico de armas e pela execução da vereadora e do motorista. O advogado de defesa do PM reformado, Fernando Santana, disse saber que há uma investigação por lavagem de dinheiro. No entanto, segundo ele não houve intimação para depoimentos. Santana afirmou que defesa está preparada para provar que não houve o crime.

A decisão de Toffoli
Toffoli decidiu interromper as investigações com dados do então Coaf após pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

No fim de 2018, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O documento revelou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, que ex-motorista e ex-assessor de Flávio Bolsonaro, quando o parlamentar do PSL ainda era deputado estadual.

Veja a cronologia do caso Queiroz
A investigação que envolve Flávio Bolsonaro teve início após deflagração da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu dez deputados estaduais.

Toffoli decidiu estender o entendimento a todos os casos semelhantes porque entendeu que era possível aplicar o conceito de "repercussão geral" – instrumento jurídico que estabelece a mesma decisão a todos os processos em andamento no país.

G1 // AO

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