Sob inoperância do Iphan, Centro Histórico de Salvador sofre descaracterizações

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Salvador

31 de outubro de 2019 às 12h25

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O Centro Histórico de Salvador, tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade desde 1985, volta e meia sofre adulterações e agressões de suas características fundamentais sem que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão responsável por zelar e fiscalizar, tome as providências cabíveis. Nem mesmo o neo-boom do Santo Antônio Além do Carmo, bairro estrela de novela global recente, foi capaz de comover a instituição no cumprimento do dever. É o que mostra a intervenção feita, há uma semana, na fachada do nº 64 da Rua Direita. 

Nenhum alvará indica a autorização, mas o que era porta virou janela, janela virou porta, acrescentaram-se grades, e a já precária harmonia do conjunto se perdeu um pouco mais. É o que atesta o arquiteto e professor da Ufba, Márcio Correia Campos. “Estando na Rua Direita, o sentido de conjunto é o que importa a ser preservado, ou seja, a continuidade das alturas de telhados das casas, o ritmo de janelas, as relações de tamanho entre os elementos de destaque e a arquitetura vulgar, etc”, diz. E completa: “A questão é que o Santo Antônio está tão desfigurado que uma reforma destas pode parecer ‘não tão agressiva’, mas essencialmente é”.

Informações: Metro1 // IF

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