Protocolo 'Testou, Tratou' é responsável por redução de 59% nos casos de Aids na Bahia

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Saúde

09 de dezembro de 2019 às 07h40

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A Bahia reduziu em 59,49% o número de casos de Aids diagnosticados entre 2017 e 2018. Dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) revelam que, em 2017, 1.817 pessoas descobriram a doença, enquanto no ano passado o número caiu para 736. Em 2019, até novembro, forma registrados 687 novos casos.

Carla Bresse, integrante da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesab  destacou a importância de entender a diferença entre a Aids e o HIV. “Casos de Aids são aquelas pessoas que são portadoras do vírus HIV e que adoeceram. Os casos de HIV são todas as pessoas que são portadoras do vírus. Ainda existe uma associação achando que é a mesma coisa”, esclareceu Carla. 

Outra iniciativa apontada por Bresse como ponto positivo e que contribuiu com o índice de manifestação da doença foi a descentralização do diagnóstico.  “Hoje os 417 municípios do estado da Bahia têm acesso ao teste rápido e isso melhora nossa sensibilidade para o diagnóstico”, comentou. Ela acredita que descentralizando esse acesso a tendência é de aumentar o número de testes realizados e casos diagnosticados.

BRASIL TEM AUMENTO DE 21% 

Apesar dos resultados na Bahia indicarem uma melhora, no geral a situação vivida no Brasil é diferente. O país teve um aumento de 21% no número de infecções pelo vírus HIV, que causa a Aids, desde 2010.

O imunologista Claudilson Bastos acredita que a população, principalmente os mais jovens, vem se descuidando. “A geração atual vive algo diferente da geração da década de 1980, em que muitas pessoas tinham a Aids como aquela imagem de Cazuza na revista Veja. Hoje muitas vezes as pessoas estão se descuidando”, analisou.

Apesar do crescimento de casos nacionalmente, o imunologista destaca as possibilidades de portadores de HIV e Aids conseguirem conviver com o vírus. “Com a terapia combinada de antiretrovirais cada vez mais eficazes e seguros, com menos efeitos colaterais, a pessoa consigue viver sua vida sem problemas, normal, trabalhando, fazendo exercícios físicos, se alimentando, com encontros sociais”, disse Claudilson.

 

BNotícias /// Figueiredo

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