Nova fase da Lava Jato investiga repasses do grupo Oi para empresa de filho de Lula

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Polícia

10 de dezembro de 2019 às 11h24

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A 69ª fase da Operação Lava Jato, iniciada nesta terça-feira (10), investiga repasses de mais de R$ 100 milhões do grupo Oi/Telemar para empresas de Fábio Luis Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente Lula. A Polícia Federal foi autorizada a cumprir 47 mandados de busca a apreensão.

O Ministério Público Federal diz que as empresas do filho do Lula não tinham capacidade de prestar os serviços para os quais foram contratados pela Oi/Telemar. Ainda segundo o MPF, os repasses ocorreram entre 2004 e 2016 – período em que o grupo de telecomunicações foi beneficiado por medidas tomadas pelo governo federal, comandado pelo PT no período.

G1 fez contato com a Oi às 8h50, com a assessoria de imprensa do Instituto Lula e com o escritório Teixeira Martins, que representa Lula e que já representou Fábio Luis, às 9h. Até a última atualização desta reportagem, o G1 não havia obtido resposta das pessoas procuradas e não havia conseguido contato com a nova defesa de Fábio Luis e os demais citados.

A ação foi batizada de Mapa da Mina e é um desdobramento da 24ª etapa da Lava Jato, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado a depor. Na ocasião, a defesa negou envolvimento em irregularidades, e o ex-presidente disse ter se sentido um "prisioneiro".

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), são apurados repasses financeiros suspeitos do grupo Oi/Telemar em favor de empresas do grupo Gamecorp/Gol, controladas por Fábio Luis Lula da Silva, Fernando Bittar, Kalil Bittar e Jonas Suassuna. O grupo Gamecorp/Gol desenvolve livros e aplicativos para celular, entre outros serviços ligados à tecnologia.

Os pagamentos, conforme a força-tarefa, ocorreram entre 2004 e 2016 e ultrapassaram a cifra de R$ 132 milhões, sem justificativa econômica plausível. De acordo com o MPF, isso ocorreu ao tempo em que "o grupo Oi/Telemar foi beneficiado por diversos atos praticados pelo Governo Federal".

Se detalhar, o MPF disse que evidências apontam que parte dos recursos foi utilizada para a aquisição do sítio de Atibaia, no interesse de Lula.

Já a Polícia Federal (PF) informou que o montante dos repasses, realizados entre 2005 e 2016, chega a R$ 193 milhões.

Por volta das 8h, as buscas eram realizadas em São Paulo, no Rio de Janeiro, na Bahia e no Distrito Federal. A 69ª fase da Operação Lava Jato foi autorizada pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

Grupo Gamecorp/Gol

A estruturação do grupo Gamecorp/Gol foi, de acordo com o MPF, comandada por Fábio Luis Lula da Silva, Fernando.

As investigações do MPF apontam que as empresas do grupo não possuíam mão de obra e ativos compatíveis com a efetiva prestação dos serviços para os quais foram contratadas pela Oi/Telemar.

O MPF informou que também são cumpridos mandados de busca e apreensão com a finalidade de apurar indícios de irregularidades no relacionamento entre o grupo Gamecorp/Gol com a Vivo/Telefônica.

Segundo o MPF, essa verificação é relacionada ao projeto "Nuvem de Livros", em que foi constatada movimentação de R$ 40 milhões entre a Movile Internet Móvel, empresa do grupo Telefônica/Vivo, e a Editora Gol entre janeiro de 2014 e janeiro de 2016.

O que diz a Telefônica/Vivo

Por meio de nota, a Telefônica/Vivo informou que a PF está nesta terça-feira na sede da empresa, em São Paulo, buscando informações a respeito de contratos específicos de prestação de serviços realizados.

"A empresa está fornecendo todas as informações solicitadas e continuará contribuindo com as autoridades. A Telefônica reitera seu compromisso com elevados padrões éticos de conduta em toda sua gestão e procedimentos", diz um trecho da nota.

 

G1//// Fiiguueiredo

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