Veja como estão divididos os membros da comissão que decidirão o impeachment de Dilma

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Brasil

04 de dezembro de 2015 às 16h03

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Os partidos com representação na Casa terão até a próxima segunda-feira para indicar os 65 representantes na comissão especial que analisará o processo, cuja instalação está prevista para terça-feira.

Líderes partidários deverão indicar seus representantes na comissão, de acordo com a regra da proporcionalidade. PT e PMDB são os partidos que terão o maior número de integrantes. Cada uma das legendas terá oito membros. Os partidos que integram a base aliada (PMDB, PP, PTB, PRB, PT, PSD, PR, PCdoB e PDT) terão, ao todo, 36 membros. A quantidade é quase o dobro do que a dos principais partidos da oposição (DEM, SD, PSC, PSDB, PPS e PSB), que somam 17 representantes. A maior bancada oposicionista será a do PSDB, com seis integrantes.

Os indicados serão eleitos durante sessão extraordinária convocada por Cunha para as 18h de segunda-feira. Após a instalação, a comissão especial deverá eleger em até 48 horas o presidente e o relator do colegiado. A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara explicou que, diferentemente da distribuição dos membros, não haverá proporcionalidade na escolha desses cargos. Após ser notificada oficialmente, a presidente Dilma terá até dez sessões para apresentar sua defesa formal à comissão.

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Com a defesa apresentada, a comissão especial terá até cinco sessões para decidir pela procedência ou não do processo. A votação do parecer na comissão será por maioria simples. Caso seja considerado procedente, o texto seguirá para o plenário, no qual deve ser submetido a votação aberta  em até 48 horas. Para abrir processo de impeachment e afastar a presidente serão necessários votos de 342 dos 513 deputados federais.TáticasOntem, ministros começaram investidas para tentar forçar o vice-presidente Michel Temer (PMDB) a defender publicamente a petista contra o processo de impeachment.

Informado pela Folha de S.Paulo sobre a reunião de Temer com senadores da oposição, anteontem, o Planalto insiste na tese de que o vice “tem que defender um governo que é dele”. A ação tem aval de Lula, diante dos sinais de afastamento de Temer.

O governo também ganhou o apoio público de oito governadores nordestinos, incluindo o baiano Rui Costa (PT). Ontem, eles assinaram uma nota pública de repúdio ao impeachment, classificado no texto como “golpe”.

Já a oposição trabalha para minar os esforços do governo, que passou a defender um desfecho rápido para o impeachment, por meio do cancelamento do recesso parlamentar. Tucanos e democratas iniciaram, então, costuras para arrastar o processo. Querem evitar que o clímax do embate ocorra em dezembro e janeiro, quando as férias reduzem a mobilização popular. “Só vai ter impeachment se tiver rua”, avaliou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima  (PB).

Foto: Reprodução/Agencia Brasil

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