Empresários presos em operação contra fraude em venda de respiradores são soltos

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Bahia

06 de junho de 2020 às 17h40

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Os três presos na Operação Ragnarok em Salvador foram soltos na noite da sexta-feira (5). A ação investiga a empresas que venderam respiradores ao Consórcio Nordeste, mas não entregou. A prisão deles era temporária, com prazo de cinco dias, e não foi prorrogada. A dona da empresa Hempcare, Cristiane Prestes, e o sócio, Luiz Henrique Ramos, foram presos em Brasília, mas chegaram a Salvador na segunda (2) para prestar depoimento à polícia. Ambos foram ouvidos na sede da Coordenação de Operações Especiais (COE). O empresário Paulo de Tarso foi preso no Rio e trazido para Salvador somente na quinta-feira (4). Ele também seguiu para a sede do COE para ser ouvido pelos investigadores.

A Polícia Civil deve divulgar mais detalhes do caso na semana que vem. O conteúdo do depoimento do trio não foi informado. Também não há informação sobre os R$ 48,7 milhões que a empresa recebeu pelos respiradores. A Bahia tenta recuperar R$ 9,6 milhões investidos nos produtos não entregues.

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Sem registro


As empresas Hempcare e Biogeoenergy, investigadas por fraude na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste - grupo formado pelos nove estados da região -, não têm registro na Anvisa. O próprio órgão foi quem fez o anúncio, na manhã desta terça-feira (2). O Consórcio investiu R$ 48 milhões e comprou 300 respiradores, que não foram entregues. A Hempcare fez as negociações da venda, enquanto Biogeoenergy, que foi inserida ao longo do processo de negociação, seria a suposta fabricante dos equipamentos.

Em nota, a Biogeoenergy já tinha dito que não havia respiradores prontos para comercialização pois a certificação da Anvisa não tinha saído. Segundo a empresa, foram feitos testes que garantiram a qualidade do equpamento. O grupo também falou que aguardava trâmites burocráticos do órgão federal. Já a Hempcare anunciou que o registro seria feito apenas pela Biogeoenergy, já que ela seria a fabricante dos respiradores.

Contudo, a Anvisa informou que não havia sido localizado o protocolo de submissão para solicitação de registro de ventiladores pulmonares por parte das empresas. Isso significa que, segundo o órgão, não há qualquer tipo de trâmite, protocolo que seria o primeiro passo a certificação de um produto.

O Secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, já tinha anunciado, durante coletiva de apresentação do caso, após a Operação Ragnarok, realizada na segunda-feira (1º), que os respiradores não tinham sido homologados pela Anvisa.

Reprodução: Correio 24 horas

Redação do LD

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