Supremo se irrita com discurso ambíguo de Bolsonaro na crise

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Política

16 de junho de 2020 às 17h37

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O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) adotou um discurso ambíguo para não romper de vez com o STF (Supremo Tribunal Federal) e, ao mesmo tempo, deixar evidente sua insatisfação com episódios em que considera que a corte extrapolou seus limites de atuação.

Com uma série de pendências nas mãos da Justiça, o governo, internamente, tenta contemporizar sua irritação com os magistrados. Mas também se vê na obrigação de acenar para sua base ideológica e quer pontuar que não é possível apagar o passado e ignorar episódios em que, na avaliação de Bolsonaro e assessores, o Judiciário avançou o sinal.

" Essa avaliação tem respaldo, inclusive, de ministros militares.
De parte do Judiciário, os discursos de Bolsonaro e seus aliados, ora pela harmonia entre os Poderes, ora críticos ao STF, são lidos com desconfiança e irritam ministros do STF. Eles reclamam da postura dúbia do presidente e auxiliares.

Na semana passada, o próprio presidente da corte, Dias Toffoli, em live, pediu trégua entre os Poderes. Em afirmação destinada "diretamente e em especial" ao chefe do Executivo, que "não é mais possível atitudes dúbias".

Nesta segunda (15), após o STF ter sido alvo de ataques com fogos de artifício, no sábado, Bolsonaro pediu que sua equipe que não critique publicamente o tribunal.
Ministros do Supremo cobram de Bolsonaro a demissão de Abraham Weintraub (Educação), que já se referiu aos integrantes do STF como "vagabundos". Para eles, demiti-lo seria o gesto mais enfático do presidente no sentido de harmonizar a relação.

 

BNwes//// Figueiredo

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