Polícia realiza nova ação contra o Escritório do Crime, milícia ligada ao clã Bolsonaro

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Polícia

30 de junho de 2020 às 07h24

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Queiroz agora mora no Morumbi, em SP, para facilitar tratamento de ...

 

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram uma operação no início da manhã desta terça-feira (30) com o objetivo de cumprir quatro mandados de prisão e 20 de busca e apreensão contra o Escritório do Crime. O grupo é investigado por crimes sob encomenda, dentre eles o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL). Integram o Escritório do Crime policiais, ex-policiais e milicianos.

O chefe do grupo era Adriano da Nóbrega, que tinha ligação íntima com Jair e Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz. A mãe e a ex-mulher de Adriano trabalharam no gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual no Rio. 

Após iniciativa do filho de Jair Bolsonaro, Nóbrega foi homenageado com a maior condecoração concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a Medalha Tiradentes. O policial foi morto durante operação policial na Bahia, em fevereiro deste ano. 

Uma das principais suspeitas sobre os assassinatos cometidos pelo Escritório do Crime é o de Marielle Franco, morta pelo crime organizado. Os atiradores efetuaram os disparos em um lugar sem câmeras e antes haviam perseguido o carro dele por cerca de três quilômetros. Ela denunciava a violência policial nas favelas, bem como a atuação de milícias. 

O curioso é que, de acordo com registros da Alerj, Flávio Bolsonaro Jair Bolsonaro foi o único a votar contra a proposta do deputado estadual Marcelo Freixo (PSol), atual deputado federal, para conceder a medalha Tiradentes em homenagem à vereadora quando o pessolista ocupava um cargo no Legislativo do estado do Rio. 

Preso no último dia 18 em Atibaia (SP), Queiroz também tinha ligação íntima com Nóbrega, do Escritório do Crime. O juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), avaliou que o ex-assessor e sua mulher, Márcia Oliveira de Aguiar, poderiam atrapalhar as investigações, ameaçando testemunhas e investigados, se continuassem soltos. O magistrado citou mensagens dela que chegou a comparar o marido com um bandido "que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo". 

 

247/// Figueiredo

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