Ônibus paralisam as atividades e causam transtorno na vida dos soteropolitanos

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Salvador

16 de dezembro de 2015 às 08h25

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A capital baiana amanheceu, nesta quarta-feira (16), sem os 2.400 ônibus do sistema coletivo que circulam pela cidade. Cerca de um milhão e meio de usuários usam o serviço. Somente na Estação Mussurunga, cerca de 400 coletivos deixaram de passar pelo local. Desinformada sobre a greve, a doméstica Madalena Nascimento, aguardava por mais de 2h por um ônibus.

 "Fui pega de surpresa com essa greve. Agora só me resta a boa vontade dos rodoviários para chegar ao trabalho. O problema é se os meus patrões entenderão isso", disse.

Ao lado de fora da Estação Mussurunga, o deficiente físico, Raimundo Brás, se sentia obrigado a aguardar de pé o término da paralisação. De moletas, o comerciário afirmava indignação quanto a atitude da CCR Metrô Bahia, administrador da Estação.

 "Quanto ao movimento reivindicatório é normal, faz parte do sistema. O que acho um desacordo com o sistema é a falta de comunicação desses empresários conosco. Poderiam ter avisado sobre a greve, com antecedência, para que todos pudessem se programar. Estar aqui ao lado de fora, não faz parte da reivindicação. Isso não tem lógica". Em resposta a situação, um dos funcionários da CCR informou que só estão cumprindo ordens da empresa em manter os portões fechados. Assim como centenas de usuários que buscavam uma alternativa de transporte para chegar ao trabalho, o auxiliar operacional Marcos de Jesus, classificava a paralisação como um transtorno para a população soteropolitana.

 "Essa postura dos rodoviários só prejudica a população. Moro em Simões Filho, pego o serviço as 6h, estou aqui desde as 5h aguardando a condução e vejo só um transtorno em nossas vidas. Acho que eles deveriam fazer esse tipo de movimento de forma que ajude a todos, sem interferir na rotina da população. Quer parar, então pare de vez, no final isso parece mais uma birra, pois sabem das inúmeras formas que têm de protestar". Quem também segue na opinião de Marcos, é a líder comunitária de Itinga, Brenda Virginia. Para ela, a grave é cansativa: "Pagamos caro, não temos segurança, não temos conforto e ainda somos obrigados a encarar essa greve. Já vou trabalhar mau humorada. Tudo isso é um transtorno em nossas vidas. A gente que precisa do transporte público, acaba passando perrengue desnecessário. Sei que eles estão reivindicando seus direitos, mas, infelizmente prejudica a classe que depende do transporte público devido às falhas dedicadas pelos empresários. Só quem usa sabe o que hoje está passando. Infelizmente esse é o nosso Brasil". Enquanto os ônibus não retomam as atividades, os coletivos da Região Metropolitana de Salvador (RMS), circulam normalmente. Além destes, 300 microônibus e transportes clandestinos estão circulando, na tentativa de minimizar o transtorno que ocorre em Salvador.

De acordo com informações do vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, os ônibus que pararam desde as 4h desta quarta, vão deixar de circular até às 8h. Ainda conforme Primo, a categoria paralisou por conta da falta de segurança em que os rodoviários vivem diariamente. Eles exigem, também, o pagamento do Plano de Lucros e Resultados (PLR). A categoria apoiará, ainda, um ato promovido por centrais sindicais em apoio a presidenta Dilma Rousseff, que acontecerá às 15h, no Campo Grande

Foto: LD Notícias

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