Estudo confirma o primeiro caso de reinfecção por covid-19 nos EUA

Foto de null

Mundo

13 de outubro de 2020 às 17h33

 | 

Foto: 

Imagem de Estudo confirma o primeiro caso de reinfecção por covid-19 nos EUA

Mais um caso de reinfecção por covid-19 foi descrito pela ciência, aumentando as evidências de que a exposição ao coronavírus Sars-CoV-2 pode não se traduzir em imunidade total. Um artigo publicado nesta segunda-feira, 12, na revista médica The Lancet Infectious Diseases, descreve o caso de um homem de 25 anos que foi infectado com duas variedades diferentes de Sars-CoV-2 num período de 48 dias. Este é o quinto caso de reinfecção registrado cientificamente no mundo.

O relato aponta que a segunda infecção foi mais grave e que o paciente de Washoe County, Nevada, necessitou de hospitalização com suporte de oxigênio. Após testar positivo para covid-19 em abril deste ano, o jovem testou negativo em duas outras ocasiões. Mas em junho voltou a apresentar sintomas mais graves, como febre, dor de cabeça, tontura, tosse, náusea e diarreia. Um novo teste confirmou a reinfecção, mas com diferenças genéticas significativas entre os dois vírus. A reinfecção do jovem ocorreu simultaneamente ao resultado positivo para covid-19 do pai dele.

"Nossas descobertas indicam que uma infecção prévia por Sars-Cov-2 não necessariamente protege contra uma infecção futura", pontuou Mark Pandori, do Laboratório de Saúde Pública do Estado de Nevada e da Universidade de Nevada, principal autor do trabalho, em comunicado à imprensa.

PUBLICIDADE

"Embora mais pesquisas sejam necessárias, a possibilidade de reinfecção pode ter implicações para compreensão da imunidade da covid-19 especialmente na ausência de uma vacina eficaz", complementou. Pandori aconselha que pessoas que testaram positivo para coronavírus continuem a adotar medidas de proteção como distanciamento social, uso de máscaras faciais e lavagem das mãos.

Outros casos

Pelo menos quatro casos de reinfecção foram confirmados no mundo: Bélgica, Holanda, Hong Kong e Equador. A principal preocupação no caso do jovem americano é que a reinfecção resultou em uma doença pior que no primeiro diagnóstico. Apenas o caso de reinfecção do Equador apresentou resultados semelhantes.

"Precisamos de mais pesquisas para entender por quanto tempo a imunidade pode durar para pessoas expostas ao Sars-CoV-2 e por que algumas dessas segundas infecções, embora raras, estão se apresentando de modo mais severo", disse Pandori. O pesquisador também não descartou que possam existir outros casos de reinfecção, mas pondera que isso é difícil de mensurar porque há muitos casos assintomáticos que permanecem não detectados nos testes e práticas de monitoramento.

As reinfecções são relevantes para o desenvolvimento de vacinas, pois a exposição inicial ao vírus pode não resultar em um nível de imunidade total. Para alguns vírus, a primeira infecção pode fornecer imunidade vitalícia; para coronavírus sazonais, a imunidade protetora tem vida curta.

Uma limitação do estudo de caso foi não conseguir avaliar a resposta imune ao primeiro episódio do vírus e a eficácia das respostas imunes durante o segundo episódio. "Embora improvável, se nosso paciente é um caso da evolução viral natural in vivo, então isso significa que o vírus pode se adaptar com destreza genética para evitar uma resposta imune natural de maneira a restabelecer os níveis detectáveis de infecção em um indivíduo", diz.

O estudo também enumera algumas hipóteses para explicar a gravidade da segunda infecção, como a possibilidade de o paciente ter sido infectado por uma dose mais alta do vírus ou com uma versão mais virulenta.

Outra possibilidade é que a presença de anticorpos possa piorar uma infecção subsequente, como já foi observado com o betacoronavírus Sars-CoV e com a dengue. Além disso, os autores explicam que há uma possibilidade, ainda que pequena, de uma infecção contínua que pode ser "desativada e reativada".

No entanto, para tal hipótese ser verdadeira, seria necessária uma taxa mutacional de Sars-CoV-2 que não foi observada atualmente. "Há uma falta de sequenciamento genômico de casos de covid-19, bem como faltam triagem e testes, o que limita a capacidade de pesquisadores e funcionários de saúde pública de diagnosticar, monitorar e obter rastreamento genético para o vírus", completa Pandori.

 

Reprodução: Correio Brasiliense

da Redação do LD

 

 

 

 

Programas

Ver mais

Imagem de Salvador By Night

Salvador By Night

Marcelo Carvalho

Agora, às 00h00
Imagem de Amigos da Madrugada

Amigos da Madrugada

Depois, às 02h00
Imagem de Acorda Salvador

Acorda Salvador

Paulinho FP

Depois, às 04h00
Imagem de Bom Dia Salvador

Bom Dia Salvador

Jeffinho

Depois, às 07h00
Imagem de Bahia Notícias No Ar

Bahia Notícias No Ar

Rebeca Menezes e Maurício Leiro

Depois, às 12h00
Imagem de Tô na Salvador

Tô na Salvador

Ivis Macêdo

Depois, às 13h00
Imagem de Pipoco

Pipoco

Dinho Junior

Depois, às 16h00
Imagem de Pida! Music

Pida! Music

Léo Sampaio

Depois, às 18h00
Imagem de Fora do Plenário

Fora do Plenário

Juliana Nobre e Diego Vieira

Depois, às 19h00
Imagem de A Voz do Brasil

A Voz do Brasil

Depois, às 20h00
Imagem de Sofrência, Samba e Modão

Sofrência, Samba e Modão

Jota P

Depois, às 21h00
Logo da Rádio Salvador FM

Rádio Salvador FM