Rui Costa se reúne com embaixadores para buscar substituto da Ford na Bahia

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Economia

20 de janeiro de 2021 às 08h48

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Rui busca investidores de outros países para minimizar os impactos da saída da Ford da Bahia | Foto: Carlos Prates | GOVBA - Foto: Carlos Prates | GOVBA

 

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), se reuniu em Brasília, nesta terça-feira, 19, com representantes da Índia, do Japão e da Coreia do Sul. A ideia é atrair empresas interessadas em se instalar no parque industrial da Ford, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

A Ford anunciou no último dia 11 o fim das atividades no território nacional, fechando assim sua fábrica em Camaçari e as unidades que mantinha no Distrito Agroindustrial de Anápolis, em Goiás, e outra em Jacareí, em São Paulo.

Com o embaixador da Índia, Suresh K. Reddy, ele iniciou a corrida por novas negociações, que abarquem tanto o setor automotivo quanto outros setores potenciais. A Índia possui uma indústria automobilística de crescimento exponencial, com destaque para a empresa Tata Motors, hoje dona da Jaguar e Land Rover, e para a Mahindra, que já possui atividade no Brasil, em Porto Alegre.

“Queremos convidar as fabricantes indianas para conhecer a área antes ocupada pela Ford para avaliar a possibilidade de instalação num dos maiores parques existentes no Brasil, inclusive com porto exclusivo”, disse o governador, segundo nota divulgda pelo Secretaria Estadual de Comunicação (Secom/Gov-BA).

A conversa com o embaixador do governo do Japão, Akira Yamada, seguiu da mesma forma. A indústria automotiva do país é composta por grandes empresas, a exemplo da Nissan, Toyota e Honda.

Um dos integrantes da comitiva de Rui Costa, o presidente da Fieb, Antônio Alban, destacou o algo a mais que a Bahia pode propiciar para além de incentivo fiscal. “Queremos propiciar junto à manufatura a tecnologia embarcada”, pontuou Alban.

A relação comercial também foi pauta nas conversas com o embaixador da Coreia do Sul, Kim Chan-Woo. O representante sul coreano assegurou difundir as informações com o setor industrial de seu país. Ele citou o exemplo da Hyndai no Brasil e a necessidade de uma menor burocratização para mais negócios com este país.

Ao lado do governador, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, destacou a formação dos profissionais baianos que buscam oportunidade, frente aos desligamentos da Ford.

O fechamento deve causar uma perda de 2% da riqueza gerada em toda a Bahia, o que equivale a cerca de $ 5 bilhões. Conforme cálculo da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), a Ford e sistemistas empregavam pouco mais de 7,2 mil pessoas, das quais 4,9 mil somente na montadora.

O parque industrial em Camaçari é o maior da América do Sul. Na semana do fechamento da Ford, Rui disse que não ia abrir mão de manter em operação na Bahia a cadeia produtiva da indústria automobilística no estado.

 

A Tarde /// Figueiredo

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