'É não priorizar a vida humana', opina Rui Costa sobre demora da Anvisa para liberação da Sputinik V

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Saúde

26 de janeiro de 2021 às 16h49

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Foto: Fernando Vivas/GovBa

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se manifestou nesta segunda-feira (25) sobre a ação movida pelo Governo da Bahia no Supremo Tribunal Federal (STF) para liberação da vacina russa Sputinik V e disse que não é possível autorizar o uso do imunizante no Brasil sem o aval dos técnicos do órgão, mesmo que a vacina já esteja sendo aplicada em outros países. 

Nesta terça-feira (26), o governador da Bahia, Rui Costa, disse que o comportamento da Anvisa significa “não priorizar a vida humana”. Ele contesta a exigência de um estudo aqui no Brasil para liberar a vacina e afirma que essa regra não deve ser aplicada em um momento de pandemia.

“Com esse comportamento da Anvisa, eu tenho que me lembrar lá no início da pandemia, onde o estado da Bahia, numa atitude de tentar conter a entrada do vírus aqui, foi medir a temperatura de quem chegava no aeroporto de Salvador, e a Anvisa entrou na Justiça para impedir que o Estado fizesse isso. E fizemos uma disputa judicial e acabou prevalecendo, em última instância, a posição da Anvisa, que dizia que essa é a tribuição da Anvisa e, portanto, não poderia ser assumida pelo estado da Bahia. Ora, conter a entrada e medir a temperatura de pessoas em aeroportos colocava em risco a autonomia ou a soberania da Anvisa? Nós não estamos falando de soberania nacional, mas de soberania da Anvisa. O Brasil, na minha percepção, às vezes, é que nós estamos reféns de coorporações. Talvez seja o único caso de um estado sub-nacional não conseguiu medir a temperatura no aeroporto porque a Agência que deveria cuidar da saúde pública estava mais preocupada com a sua autonomnia ou com suas burocracias do que com a saúde pública”, afirmou o governador.

“Eu não consigo entender como vários países do mundo já estão, ontem foi o caso do México, com 24 milhões de vacinas, e a Anvisa está preocupada de não perder o seu posto de analisar. Então, analise. Se debruce sobre os documentos. Diga se a vacina é válida, se não é válida, se é boa ou ruim. Se corre risco ou se não corre. Essa condição de dizer que só vai anailar qualquer vacina se for feito um estudo no Brasil…imagine se todos os países do mundo fizesse isso, a população mundial demoraria anos para ser vacinada. Essa pode ser uma regra que tenha validade em períodos normais, mas numa pandemia onde já morreu mais de 200 mil brasileiros, a Anvisa continua com essa posição, na minha opinião, é não priorizar a vida humana”, finalizou Rui.

 

Fonte: Governo da Bahia//LC

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