Calmo, turista relembra ataque de tubarão em Noronha: "Bati para soltar, mas já estava sem braço"

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Brasil

24 de dezembro de 2015 às 18h01

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Com uma serenidade de impressionar, o contador Márcio de Castro Palma da Silva, 32 anos, relembrou o ataque de tubarão que sofreu em sua primeira visita à Fernando de Noronha. Na última segunda-feira (21), o paranaense foi mordido por um tubarão tigre e perdeu a mão e o antebraço direito.

"Só tenho que agradecer, é uma oportunidade de viver novamente", disse em entrevista coletiva à imprensa realizada na tarde de quarta-feira (23), na Unidade III da Unimed, hospital particular da Ilha do Leite, em Recife, onde ele está internado.

Márcio contou que tinha feito um mergulho e decidiu voltar a uma área menos turva do mar para tentar ver mais peixes - a profundidade da água não ultrapassava dois metros no local, segundo ele. 

Ataque
O contador disse que só percebeu o tubarão quando o animal já estava a aproximadamente 40 a 70 cm de distância. "Claro que eu gostaria de ver um peixe grande. Não recebi orientação para não tocar o animal, mas também nunca tive vontade de fazer isso", contou.

"Fiz um giro de 360º, meio agachado, e, quando me posicionei novamente de frente para o oceano, o tubarão estava na minha frente. No segundo chacoalhão ele já arrancou o braço. Bati nele pra tentar me soltar, mas já tava sem o braço. Naturalmente eu afundei um pouquinho e comecei a nadar", lembra ele, sempre calmo.

Quando conseguiu fugir do animal, ele começou a nadar de volta para a areia e avisou à esposa que saísse da água. Márcio conta que levantou o braço para evitar sangramento e, possivelmente, outros ataques. 

"Pensei que ele podia me atacar novamente mas em nenhum momento pensei em desistir", disse. Outros turistas ajudaram a socorrer Márcio. Um jovem que estava na praia ajudou a fazer um torniquete e médicos que estavam de férias na ilha também ajudaram. "Esses primeiros socorros foram fundamentais para que eu sobrevivesse", afirma.

Foto: Reprodução

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