Fux afirma que ministro da Defesa o procurou para amenizar crise envolvendo postagem de Villas Bôas

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Política

19 de fevereiro de 2021 às 18h17

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Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal Foto: Jorge William / Agência O Globo

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse, em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", que o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, enviou uma mensagem na tentativa de amenizar a tensão entre os Poderes, ampliada após as revelações contidas no livro de memórias do General Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército.

Na entrevista, Fux também afirmou que a sociedade não espera uma “carta de alforria” da Câmara a favor do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso nesta semana após vídeo ofendendo ministros da corte. O ministro revelou, ainda, que mudou de opinião ao longo da votação que impossibilitou a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado, em dezembro do ano passado.

Segundo o presidente do STF, na troca de mensagens, o ministro da Defesa disse que não gostaria de potencializar a revelação de Villas Bôas, a qual considerou “isolada”  no momento de fazer sua biografia.

De acordo com Fux, Azevedo entrou em contato para informar que “não há nenhuma concordância das Forças Armadas em relação à pressão sobre o Supremo”.

- O ministro da Defesa (Fernando Azevedo) entrou em contato comigo, tenho até uma mensagem enviada por ele, dizendo a mim o seguinte: ‘ministro Fux, nós não queremos potencializar essa notícia porque na verdade foi declaração isolada do ministro Villas Bôas no momento de fazer sua biografia, não há nenhuma concordância das Forças Armadas em relação a pressão sobre o Supremo - disse Fux, em entrevista.

Azevedo, segundo o representante do Supremo, também negou a reunião do Comando Militar para tratar da mensagem, publicada em 2018.

Segundo revelações do livro “General Villas Bôas: conversa com o comandante, recém-lançado pela Editora FGV, a partir de depoimentos concedidos pelo ex-comandante, alta cúpula do Exército participou da articulação da pressão contra a corte ás vésperas do julgamento que levou à prisão do ex-presidente Lula (PT), em 2018.

No livro, Villas Bôas narra assim o episódio: "o texto teve um 'rascunho' elaborado pelo meu staff e pelos integrantes do Alto Comando residentes em Brasília”

 

O Globo /// Figueiredo

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