Butantan irá produzir Coronavac sem depender de insumo da China em dezembro

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Saúde

23 de fevereiro de 2021 às 16h36

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O governador de São Paulo João Doria (PSDB/SP) informou nesta terça-feira, 23, que a primeira dose produzida integralmente no Brasil da Coronvac deve ser feita em dezembro. Com isso o Instituto Butantan não irá mais depender da matéria-prima importada da China para a fabricação da vacina contra covid-19. Segundo o governador, a obra da fábrica que permitirá a produção nacional do imunizante, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan, será finalizada em outubro. Após transferência da tecnologia, o Instituto terá condições de assumir a produção industrial do imunizante. Doria estima que o processo seja concluído até o final do ano. Atualmente, o instituto importa o insumo e fica responsável pelo envase, que é a etapa final de produção.

Sobre o pedido do Ministério da Saúde de mais 30 milhões de doses após a entrega das 100 milhões de doses que serão repassadas até o fim de agosto, Covas informou que o Butantan tem capacidade de produzir. Doria complementou que, como o Estado de São Paulo vai adquirir mais 20 milhões de doses que serão usadas para vacinar toda a sua população, esse repasse adicional não teria mais caráter de exclusividade.

Butantan envia 1,2 milhão de doses da Coronavac para o ministério da Saúde

Doria anunciou que o Instituto Butantan fez um repasse de 1,2 milhões de doses da Coronavac, vacina contra a covid-19 feita em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, para o Ministério da Saúde nesta terça-feira, 23. "Até 5 de março estaremos entregando 5,6 milhões de doses da vacina. São novas doses e chegaremos a 16,6 milhões de doses da vacina do Butantan para o Brasil. Estamos torcendo por mais vacinas, a da Astrazeneca em parceria com a Fiocruz, é importante e necessária, mas precisamos de mais", diz Doria. Na última quarta-feira, 17, a gestão estadual tinha comunicado que 3,4 milhões de doses seriam enviadas em lotes de 426 mil doses ao longo de oito dias. Está previsto o repasse de 46 milhões de doses até abril. Também na semana passada, Doria anunciou que o instituto vai antecipar a entrega de um lote com 54 milhões de doses do imunizante em um mês e o repasse de da nova remessa será em agosto. "Até 30 de agosto, teremos entregue 100 milhões de doses", afirma o governador.

Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas disse que a instituição reforçou o trabalho para aumentar a produção sem interromper a fabricação da vacina contra a gripe, e que não há problemas para a produção das futuras doses.

Diante do registro definitivo dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o imunizante da Pfizer, Covas diz que esta não é uma prioridade do instituto. "Não temos vacina da Pfizer no Brasil e não teremos em curto prazo. A do Butantan está sendo produzida. Estamos aguardando documentos e temos a intenção de submeter o mais rápido possível."

 

Reprodução: Revista Exame

MC

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