Vacinados, mas sem 'queimar máscaras': entenda como imunizados podem pegar covid

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Saúde

11 de abril de 2021 às 08h59

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Vacinados, mas sem 'queimar máscaras': entenda como imunizados podem pegar covid

 

Antes de sair de casa para trabalhar, o administrador de empresas Júnior Lopes, 52 anos, borrifou o perfume. Mas foi como se não tivesse feito: não sentiu nada. Ele entendeu na hora - a perda de olfato, assim como do paladar, é um dos sintomas clássicos da covid-19. Só que Júnior, funcionário de um abrigo de idosos, já tinha sido vacinado. 

O sintoma veio exatamente 14 dias depois de ter tomado a segunda dose, no dia 19 de fevereiro. Dias antes, sua mãe havia testado positivo. “O resultado dela saiu no dia 9 e a gente convivia muito. No dia 10 de março, eu fiz o exame. No dia 11, recebi o positivo. Só tive dois sintomas: perda de olfato e do paladar”, conta. 

Além de ter sido um quadro leve, não durou muito tempo. Em menos de uma semana, Júnior já tinha voltado a sentir cheiros e gostos.

“Sabia que podia acontecer porque, desde o começo, procurei me informar. Acredito que, graças à vacina, não tive nada mais grave”, diz. 

Júnior não foi o único a ter covid-19 depois de ser imunizado. Inclusive, à medida que mais pessoas forem sendo vacinadas na Bahia, é possível que relatos como o dele sejam ainda mais comuns. Esse é um cenário esperado, diante do estágio da pandemia que o Brasil vive hoje e também do tipo de vacinas que estão sendo usadas no Programa Nacional de Imunização. 

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Alguns cientistas até já se preocupam com um possível aumento de casos, se muita gente deixar de tomar os já conhecidos cuidados contra a covid-19, como a higienização das mãos, o uso de máscaras e o distanciamento social. 

É por isso que o exemplo do Chile é tão emblemático. O país ocupa o terceiro lugar no ranking dos que mais vacinaram sua população (mais de 40%) - só fica atrás de Israel e Reino Unido, que já imunizaram 61% e 46% de seus habitantes, respectivamente, de acordo com o levantamento Our World in Data, da Universidade de Oxford. 

Contudo, o Chile enfrenta uma alta de casos de covid-19 nas últimas semanas. Especialistas atribuem esse cenário, principalmente, à flexibilização das medidas de restrição antes da hora e a uma comunicação oficial inadequada, que não preveniu sobre a importância de manter os protocolos de segurança mesmo depois de receber os imunizantes. 

 

Correio// Figueiredo

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