Moradores de Nazaré das Farinhas pedem que pedreira pare com explosões

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Bahia

17 de fevereiro de 2016 às 15h58

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Uma semana após terem casas e carros danificadas por uma chuva de pedras, resultado de detonações na Pedreira Oldesa, na margem da BA-001, em Nazaré das Farinhas, moradores do bairro de Apaga Fogo, que fica ao lado da empresa, ainda aguardam uma definição sobre a indenização dos prejuízos e a interrupção definitiva das explosões perto de residências.

Assustada com o que viu na sexta-feira de carnaval (5), Dona Cristina, 67 anos, segura nas mãos a pedra de 25cm e mais de um quilo, que “caiu do céu” em sua cozinha. “Estava aqui com minha filha, vi a pedra subir e voltar em nossa direção, rezei pra não cair em cima da gente. Ela veio com toda força quebrou minha telha e meu fogão, mas poderia ter me matado”.

Na rua da Matinha quase todas as casas foram atingidas, a moradora Elise Mota fazia uma faxina e lembra que passou momentos de terror. “Eu estava limpando a escada e minha filha brincando do outro lado da sala, depois do estouro ouvi as pedras caindo, foi uma chuva de pedra, fiquei com medo e me joguei em cima dela pra proteger”. O saldo do susto foram três telhas quebradas, a moto arranhada e a parede de casa rachada.

 

 

 

 

 

 

Logo depois do incidente, os moradoras do Apaga Fogo bloquearam a BA-001 em frente a Pedreira Oldesa e fizeram um protesto. Segundo alguns deles, a empresa fornece pedras para grandes obras na região, como reforma de estradas e a construção do Estaleiro Paraguaçu. Por telefone a reportagem entrou em contato com a Oldesa, uma senhora de prenome Carla disse que eles já sabiam do ocorrido e haviam tomado as providências.

Os moradores não concordam com a solução proposta pela empresa, que teria prometido o material de construção, mas não vai pagar a mão de obra das reformas. "O principal é o pedreiro, a construção que a gente gasta ou se esforça pra fazer. O material eles também prometeram, mas ainda não trouxeram.", reclama seu Simplício de Souza, que teve o piso e as paredes da casa rachadas com a explosão.

Outra exigência é que sejam interrompidas as explosões proximas as casas,  que passaram a ser feitas nas últimas semanas. “Daqui até o local da explosão não dá 30 metros”, calcula Seu Benedito Júlio dos Santos, que também teve o imóvel atingido.

 

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