Delegada diz que jejum e calor podem ter provocado alucinação no neto de Chico Anysio

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Brasil

04 de março de 2016 às 16h20

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A delegada Ellen  Souto, titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, realizou uma coletiva para falar com a imprensa sobre a morte de Rian Brito, de 25 anos, neto do humorista Chico Anysio. "É possível que o calor intenso e o jejum a que ele estava se submetendo tenha provocado uma desidratação, alucinação", disse a delegada.

O corpo de Rian foi encontrado por um pescador na manhã de quinta-feira (3) na Praia de Flecheiras, em Quissamã, no Rio de Janeiro. De acordo com o tenente Amaro Garcia, coordenador de Defesa Civil, o corpo estava com o rosto desfigurado e em estado avançado de decomposição. 

Conforme a delegada, as evidências apontam para que o rapaz tenha morrido afogado no mar. "Ele estava jejuando em um local quente e talvez não estivesse nutrido o suficiente para aguentar um mar daquele. Uma fatalidade levou ao afogamento", disse ela.  

A delegada afirmou ainda que a motivação para ele ter ido ao local sem avisar a família é subjetiva, mas que o rapaz não tinha motivos para tirar a própria vida. "Ele não teria motivo para querer tirar a própria vida. Não tinha perfil de depressão", comentou Souto. E completou:  "Ele lançaria um CD, um projeto dele, no dia em que foi encontrado. Não teria motivo para não querer estar aqui."

Segundo a delegada, Rian tinha o hábito de meditar em locais de natureza selvagem e de jejuar. Já tinha passado um período jejuando e expressou para a mãe o desejo de retomar. Cremos que ele foi para a reserva com o intuito de meditar e jejuar. O local é ermo, bem deserto, mas muito bonito. Os moradores pouco frequentam e poucos turistas vão lá", contou Souto durante a coletiva.  

Ainda na coletiva, a delegada informou que a praia onde Rian foi encontrado é muito perigosa e os moradores demonstraram medo do mar no local, devido a força da correnteza. Ela contou também que, às vezes, nesses casos, o corpo sequer chega a ser encontrado. "Graças a Deus ele apareceu. E, quando isso acontece, surge dilacerado, como foi o caso dele. Normal não estar com algumas partes do corpo", explicou.

Por fim, a titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros afirmou que vai apurar se Rian era usuário de drogas. "Pedimos exames complementares, um toxicológico. A família garante que ele não era usuário de drogas, mas vamos apurar", explicou.  

Fotos do corpo
Fotos que seriam do corpo de Rian começaram a circular nas redes sociais. Nas imagens, as equipes de resgate aparecem junto ao corpo do jovem na praia de Quissamã, no Rio de Janeiro. 

Quatro fotos estão sendo compartilhadas na rede social - uma delas foi feita por um fotógrafo profissional, enquanto as outras três exibem o corpo de Rian e ainda tem a autoria desconhecida.

Segundo o jornal Extra, as imagens começaram a circular inicialmente em grupos de militares no aplicativo WhatsApp. A atitude foi repudiada pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, que garantiu que vai abrir uma investigação sobre o vazamento das fotos.

Os internautas também se mostraram revoltados com a divulgação e compartilhamento das imagens. "Essa gente não tem respeito", comentou um rapaz no Twitter. "Já tem caboclo compartilhando as fotos do corpo do neto Chico Anísio pelo Whatsapp? A sociedade está realmente doente, viu?!", lamentou outro. "O ser humano anda retardando, só pode! Já tem fotos circulando na internet do corpo do Rian Brito.É a humanidade a largos passos para trás!", disse outra internauta.

Foto: Reprodução

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