Em reunião, Wagner alerta Dilma que governo nunca esteve tão ameaçado

Foto de null

Política

11 de março de 2016 às 10h41

 | 

Foto: 

Imagem de Em reunião, Wagner alerta Dilma que governo nunca esteve tão ameaçado

Ladeira abaixo

Em reunião ontem pela manhã com a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, foi taxativo: nunca antes na história o seu governo esteve tão ameaçado quanto agora. Segundo aliados muito próximos ao petista, Wagner alertou a chefe de que será preciso redobrar os esforços para evitar uma debandada de partidos da base.

Sobretudo se as ruas falarem alto no domingo, como preveem integrantes do alto escalão do Planalto e políticos da oposição. Avisou também de que ela não contasse mais com o PMDB. Este, informou o ministro, decidiu cortar os laços com o PT nos próximos dias e só um milagre é capaz de reverter a tendência.

Marcha em andamento

Com os líderes petistas certos de que a queda de Dilma é praticamente irreversível, a última cartada virá por meio da militância e movimentos sociais. Na Bahia,  MST, centrais sindicais, como a CUT, Coletivo de Entidades Negras (CEN) e estudantes ligados à UNE e à Ubes se preparam para fechar, a partir das 6h, as BRs do estado, incluindo a 324, na altura de Feira de Santana.

Em Salvador, está previsto um bloqueio na Ligação Iguatemi-Paralela. A ação deve acontecer simultaneamente em todo o Brasil.

Análise combinatória

Na avaliação de um dos principais articuladores do DEM na frente pró-impeachment, o deputado federal José Carlos Aleluia, perdeu importância o poder dado pelo Supremo ao Senado para autorizar ou não o afastamento da presidente Dilma, caso a Câmara aprove abertura do processo. Para ele, crucial é que a Corte reveja a decisão que barrou o voto secreto para eleger a comissão do impeachment e as candidaturas avulsas. Das duas, uma: ou os oposicionistas apostam que a ação ganhará força até se tornar irreversível ou já fechou acordo com a maioria dos senadores.

 

Cerca no terreno

Com o pai afastado da política e recluso desde que foi cercado pela Operação Lava Jato, o deputado federal Mário Negromonte Júnior (PP) resolveu sacudir a poeira. Nos últimos dias, o pepista intensificou as visitas aos redutos eleitorais da família e dedicou grande parte de sua agenda a atender pedidos de prefeitos e lideranças do interior do estado. O temor é de que, com o conselheiro do TCM Mario Negromonte fora de combate, outros caciques do PP da Bahia, entre os quais o vice-governador João Leão, invadam quintais herdados por ele.

Outra versão

Em resposta à nota “Como morrem os peixes”, publicada anteontem pela Satélite, o Comando do 2º Distrito Naval   garantiu que prosseguem normalmente as negociações com o governo do estado “para instalação de um futuro Centro de Convenções na área atualmente ocupada pelo Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador, proposta que está sendo analisada com especial atenção pela Marinha do Brasil”. A assessoria de comunicação do 2º DN afirmou ainda que o terreno do Hospital Naval nunca entrou na pauta de conversas com o Palácio de Ondina.

Pílula

Novela repetida:  De um experiente parlamentar da Bahia sobre os sinais de naufrágio do governo Dilma: “Agora é hora de saber quais serão os primeiros ratos a deixar o navio”.

Foto: Reprodução

Logo da Rádio Salvador FM

Rádio Salvador FM