O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de informou ter conclu&iacute;do a distribui&ccedil;&atilde;o de 5,6 milh&otilde;es de comprimidos de um <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/84848,anvisa-aprova-novo-tratamento-para-hiv-com-medicamento-unico#!" target="_blank">novo medicamento para o tratamento de pacientes com aids ou HIV</a>. O rem&eacute;dio foi repassado a estados e ao Distrito Federal. &nbsp;

O medicamento une em um &uacute;nico comprimido dois antirretrovirais: dolutegravir e lamivudina.&nbsp;

&ldquo;Antes, o tratamento do HIV envolvia exclusivamente combina&ccedil;&otilde;es de v&aacute;rios medicamentos de diferentes classes para suprimir efetivamente o v&iacute;rus e retardar a progress&atilde;o da doen&ccedil;a. Com o novo rem&eacute;dio, os usu&aacute;rios ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma &uacute;nica dose di&aacute;ria&rdquo;, diz nota publicada pela pasta. &nbsp;

Quem poder&aacute; tomar &nbsp;

De acordo com o minist&eacute;rio, a terapia de dois comprimidos para um ser&aacute; feita de forma gradual e cont&iacute;nua para pacientes com idade igual ou acima de 50 anos, ades&atilde;o regular, carga viral menor que 50 c&oacute;pias/ml no &uacute;ltimo exame e que iniciou a terapia dupla (dois comprimidos) at&eacute; o dia 30 de novembro de 2023. &nbsp;

&ldquo;Os crit&eacute;rios para ampliar o p&uacute;blico contemplado no novo modelo de tratamento poder&atilde;o ser revistos em seis meses, observando, por exemplo, a tend&ecirc;ncia de crescimento das prescri&ccedil;&otilde;es e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede&rdquo;, informa.&nbsp;

Entre 2017 e 2021, a doen&ccedil;a provocou a morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. &nbsp;

Todos os anos surgem em m&eacute;dia entre 100 e 120 novos casos de HIV&nbsp;na cidade de Cama&ccedil;ari, na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (1&ordm; de dezembro), Dia Mundial de Combate &agrave; Aids, pelo Centro de Especialidades em Sa&uacute;de (Cres), da Secretaria de Sa&uacute;de local. &nbsp;&nbsp;

De acordo com o Cres, 1.060 pacientes s&atilde;o acompanhados mensalmente pela equipe da unidade. Segundo Carla Bressy, coordenadora do Cres, 98% desses pessoas contra&iacute;ram HIV por n&atilde;o usarem o preservativo em rela&ccedil;&otilde;es sexuais.&nbsp;

&ldquo;Isso pode e deve diminuir. Mas, para tanto &eacute; preciso que as pessoas se conscientizem da import&acirc;ncia de usar a camisinha. Alguns minutos de prazer sem preven&ccedil;&atilde;o podem custar uma vida inteira&rdquo;, destaca Bressy.

A epidemia do HIV j&aacute; existe h&aacute; mais de 30 anos e de l&aacute; para c&aacute; muitas mudan&ccedil;as e avan&ccedil;os no tratamento puderam garantir a manuten&ccedil;&atilde;o da sa&uacute;de e a qualidade de vida das pessoas que vivem com o v&iacute;rus. &ldquo;Infelizmente ainda temos muitas pessoas que brincam com coisa s&eacute;ria. O uso do preservativo &eacute; a maneira mais eficaz de se prevenir contra o v&iacute;rus do HIV. E em todas as unidades de sa&uacute;de do munic&iacute;pio temos distribui&ccedil;&atilde;o gratuita&rdquo;, afirma Elias Natan, secret&aacute;rio da Sa&uacute;de.

Testes r&aacute;pidos

No Cres s&atilde;o disponibilizados diariamente testes r&aacute;pidos para detec&ccedil;&atilde;o do HIV, s&iacute;filis, hepatite B e C. &ldquo;Al&eacute;m dos testes r&aacute;pidos, tamb&eacute;m realizamos o tratamento de todos os pacientes infectados com a distribui&ccedil;&atilde;o dos medicamentos e acompanhamento com m&eacute;dico infectologista, psic&oacute;loga, assistente social, nutr&oacute;loga e enfermagem. Tamb&eacute;m realizamos a distribui&ccedil;&atilde;o de preservativos&rdquo;, explica Carla Bressy.

No que se refere &agrave; preven&ccedil;&atilde;o, atualmente a melhor estrat&eacute;gia para a mudan&ccedil;a dessa situa&ccedil;&atilde;o &eacute; a Preven&ccedil;&atilde;o Combinada que faz uso simult&acirc;neo de diferentes abordagens e a&ccedil;&otilde;es voltadas &agrave; redu&ccedil;&atilde;o do risco de exposi&ccedil;&atilde;o. As interven&ccedil;&otilde;es contribuem para o aumento da informa&ccedil;&atilde;o e da percep&ccedil;&atilde;o do risco de exposi&ccedil;&atilde;o ao HIV, mediante incentivos &agrave; mudan&ccedil;as de comportamento da pessoa e da comunidade em que ela est&aacute; inserida.

Apesar dos avan&ccedil;os no tratamento medicamentoso e na preven&ccedil;&atilde;o, o maior desafio &eacute; superar a discrimina&ccedil;&atilde;o sofrida pelas pessoas que vivem com HIV. Essas pessoas t&ecirc;m seus la&ccedil;os rompidos, sofrem exclus&atilde;o no mercado de trabalho e principalmente barreiras no acesso aos servi&ccedil;os de sa&uacute;de, impactando negativamente suas condi&ccedil;&otilde;es de vida e consequentemente seus direitos ao exerc&iacute;cio da cidadania. O dia 1&ordm; de Dezembro &eacute; um marco para sensibilizar a todos para a import&acirc;ncia da preven&ccedil;&atilde;o e respeito aos direitos das pessoas que vivem com HIV/aids.

Os sete postos de testagem de infec&ccedil;&otilde;es sexualmente transmiss&iacute;veis (IST) montados&nbsp;para o per&iacute;odo de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/feira%20de%20santana">S&atilde;o Jo&atilde;o na Bahia</a> tem atra&iacute;do o p&uacute;blico. Nesta sexta-feira (23),&nbsp;segunda noite de festa, foram realizados 2.732 exames para detec&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida de HIV, S&iacute;filis, hepatite C e hepatite B. Na noite anterior, haviam sido 2.064 testes.

A estrat&eacute;gia &eacute; da Secretaria da Sa&uacute;de do Estado (Sesab) e conta com postos em sete cidades:&nbsp;Amargosa, Cachoeira, Irec&ecirc;, Ibicu&iacute;, Salvador, Santo Ant&ocirc;nio de Jesus e Senhor do Bonfim.

Al&eacute;m dos testes, nos postos est&atilde;o sendo realizados trabalho educativo com distribui&ccedil;&atilde;o de material informativo e de preservativos masculinos e femininos. Foram entregues 388.976 unidades, sendo 350 mil nas a&ccedil;&otilde;es nos munic&iacute;pios e 38.976 nos postos de testagem.

&ldquo;Acreditamos que as a&ccedil;&otilde;es de testagem de IST dentro das festividades de sete dos principais p&oacute;los juninos do Estado contribuem efetivamente para quebrarmos o ciclo de transmiss&atilde;o dessas infec&ccedil;&otilde;es. Por isso, convidamos a popula&ccedil;&atilde;o a vir realizar esses exames. &Eacute; bem r&aacute;pido e deixa o S&atilde;o Jo&atilde;o muito mais seguro&rdquo;, afirma a secret&aacute;ria da Sa&uacute;de do Estado Roberta Santana.

O resultado dos testes sai em aproximadamente 20 minutos. Todas as pessoas que t&ecirc;m testes positivados s&atilde;o orientadas em aconselhamento nos pr&oacute;prios postos e j&aacute; saem com encaminhamento para in&iacute;cio do tratamento.

Al&eacute;m dos postos de testagem, a Sesab montou em Salvador tr&ecirc;s m&oacute;dulos de sa&uacute;de para assist&ecirc;ncia, um no Pelourinho, um em Paripe e outro no Parque de Exposi&ccedil;&otilde;es. Entre sexta-feira e a manh&atilde; deste s&aacute;bado (24), foram 111 ocorr&ecirc;ncias no total, sendo 26 no Pelourinho, 72 no Parque de Exposi&ccedil;&otilde;es e 13 em Paripe.

Estudo da Funda&ccedil;&atilde;o do C&acirc;ncer, divulgado para marcar o&nbsp;Dia Mundial da Preven&ccedil;&atilde;o do C&acirc;ncer de Colo do &Uacute;tero, celebrado&nbsp;neste domingo (26), revela que todas as capitais e regi&otilde;es brasileiras est&atilde;o com a vacina&ccedil;&atilde;o contra o HPV (Papilomav&iacute;rus humano) abaixo da meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imuniza&ccedil;&otilde;es (PNI) e pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da&nbsp;Sa&uacute;de (OMS). Isso significa que at&eacute; 2030, o Brasil n&atilde;o dever&aacute; atingir a meta necess&aacute;ria para a elimina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a, que constitui problema de sa&uacute;de p&uacute;blica. O levantamento tem como base os registros de vacina&ccedil;&atilde;o do PNI de meninas entre 9 e 14 anos, no per&iacute;odo de 2013 a 2021, e meninos de 11 a 14 anos, entre 2017 e 2021.

Em todo o Brasil, a cobertura vacinal da popula&ccedil;&atilde;o feminina entre 9 e 14 anos alcan&ccedil;a 76% para a primeira dose e 57% para a&nbsp;segunda&nbsp;dose. A ades&atilde;o &agrave;&nbsp;segunda&nbsp;dose&nbsp;&eacute; inferior &agrave; primeira, variando entre 50% e 62%, dependendo da regi&atilde;o. Na popula&ccedil;&atilde;o masculina&nbsp;entre 11 e 14 anos, a ades&atilde;o &agrave; vacina&ccedil;&atilde;o contra o HPV &eacute; inferior &agrave; feminina no Brasil como um todo. A cobertura vacinal entre meninos &eacute; de 52% na primeira dose e 36% na&nbsp;segunda, muito abaixo do recomendado. A Regi&atilde;o Norte apresenta a menor cobertura vacinal masculina, de 42% na primeira dose&nbsp;e de 28% na&nbsp;segunda. O estudo completo pode ser acessado no&nbsp;site&nbsp;da&nbsp;Funda&ccedil;&atilde;o do C&acirc;ncer.

Destaques

Em entrevista &agrave;&nbsp;Ag&ecirc;ncia Brasil, a consultora m&eacute;dica da Funda&ccedil;&atilde;o do C&acirc;ncer e colaboradora do estudo&nbsp;Fl&aacute;via Corr&ecirc;a&nbsp;afirmou que h&aacute; uma diferen&ccedil;a regional marcante. &ldquo;O mais preocupante &eacute; que justamente o Norte e o Nordeste, que t&ecirc;m as maiores taxas de incid&ecirc;ncia de mortalidade por c&acirc;ncer de colo de &uacute;tero, s&atilde;o as regi&otilde;es onde encontramos a menor cobertura de vacina&ccedil;&atilde;o&rdquo;. De acordo com a m&eacute;dica, isso acende o alerta de que &eacute; necess&aacute;rio investimento grande em medidas educativas para a popula&ccedil;&atilde;o, para as crian&ccedil;as e adolescentes, pais e respons&aacute;veis e para profissionais de&nbsp;sa&uacute;de, a fim de&nbsp;aumentar a cobertura.

De acordo com o levantamento, a Regi&atilde;o Norte apresenta a menor cobertura vacinal completa (primeira e&nbsp;segunda&nbsp;doses) do pa&iacute;s em meninas: 50,2%. Entre os meninos, o percentual &eacute; de apenas 28,1%. A regi&atilde;o tamb&eacute;m foi a que mais registrou &oacute;bitos por c&acirc;ncer de&nbsp;colo de&nbsp;&uacute;tero no per&iacute;odo 2016/2020: 9,6 por 100 mil mulheres, contra a m&eacute;dia brasileira de 6 a cada 100 mil mulheres.

De todas as regi&otilde;es do pa&iacute;s, o Sul &eacute; a que mais se aproxima da meta estabelecida (87,8%) na primeira dose em meninas. Por outro lado, &eacute; a regi&atilde;o que apresenta maior &iacute;ndice de absente&iacute;smo, ou n&atilde;o comparecimento, na&nbsp;segunda&nbsp;dose: 25,8% entre as mulheres e 20,8% entre os homens, enquanto a m&eacute;dia do pa&iacute;s &eacute; de 18,4% e 15,7% nas popula&ccedil;&otilde;es feminina e masculina, respectivamente. J&aacute; o Nordeste tem&nbsp;a menor varia&ccedil;&atilde;o entre a&nbsp;primeira&nbsp;e a segunda&nbsp;dose, tanto feminina (71,9% e 57,9%) quanto masculina (50,4% e 35,8%).

M&uacute;ltiplas doses

Segundo Fl&aacute;via, toda vacina que tem m&uacute;ltiplas doses costuma apresentar problema do absente&iacute;smo, especialmente entre os adolescentes. &ldquo;Em qualquer vacina que tenha m&uacute;ltiplas doses, o que se v&ecirc; &eacute; que existe realmente uma queda para completar o esquema vacinal&rdquo;. Isso acontece n&atilde;o s&oacute; no Brasil, mas no mundo todo. No caso da vacina&ccedil;&atilde;o contra o HPV, a recomenda&ccedil;&atilde;o do PNI &eacute; continuar com duas doses, embora a OMS j&aacute; tenha dado aval para que seja utilizada uma dose &uacute;nica, dependendo das circunst&acirc;ncias locais. &ldquo;&Eacute; preciso haver uma conscientiza&ccedil;&atilde;o muito grande para que se complete o esquema vacinal&rdquo;.

Ela lembrou que&nbsp;seria muito importante a vacina&ccedil;&atilde;o voltar a ser feita nas escolas, como ocorreu no primeiro ano em que a primeira dose&nbsp;foi disponibilizada nas unidades de ensino e de sa&uacute;de. A partir da&nbsp;segunda&nbsp;dose, s&oacute; estava dispon&iacute;vel nas unidades de sa&uacute;de. Fl&aacute;via destacou que em todo o mundo, o esquema que deu mais certo foi o misto, em que a vacina&ccedil;&atilde;o estava dispon&iacute;vel ao mesmo tempo na escola e nas unidades de sa&uacute;de. &ldquo;Esse &eacute; um ponto muito importante&rdquo;.

Capitais

O estudo mostra&nbsp;tamb&eacute;m que Belo Horizonte &eacute; a &uacute;nica capital com cobertura vacinal feminina acima de 90% na primeira dose. Considerando o esquema vacinal completo, esse percentual cai para 72,8%, mas ainda continua sendo a capital que mais protegeu sua popula&ccedil;&atilde;o contra o c&acirc;ncer de&nbsp;colo de&nbsp;&uacute;tero no pa&iacute;s, considerando o per&iacute;odo de 2013 a 2021. Em seguida, aparecem Curitiba, com 87,7% e 68,7% (dose inicial e refor&ccedil;o) e Manaus, com 87,0% e 63,2% (primeira e&nbsp;segunda&nbsp;doses).

Fortaleza foi a capital do Nordeste com maior cobertura vacinal na primeira dose (81,9%) e na&nbsp;segunda&nbsp;dose (60,1%). S&atilde;o Lu&iacute;s, ao contr&aacute;rio, obteve os menores percentuais na primeira (51,4%) e na&nbsp;segunda&nbsp;(36,7%). Bras&iacute;lia e Goi&acirc;nia, no Centro-Oeste, apresentaram os maiores e menores percentuais na primeira e&nbsp;segunda&nbsp;doses, da ordem de 78,1% e 58,6% e 62,1% e 43,5%, respectivamente.

No Sudeste, o Rio de Janeiro teve&nbsp;&iacute;ndice vacinal de 72,1% na primeira dose e 49,1% na segunda; em S&atilde;o Paulo, o &iacute;ndice tamb&eacute;m &eacute; baixo (76,5% e 59,8%). O mesmo ocorre em Porto Alegre, na Regi&atilde;o Sul, onde somente 42,7% da popula&ccedil;&atilde;o feminina est&atilde;o com o esquema vacinal completo, 21 pontos percentuais abaixo da dose inicial da vacina&ccedil;&atilde;o. O pior cen&aacute;rio, contudo, &eacute; registrado em Rio Branco, no Norte do pa&iacute;s: apenas 12,3% da popula&ccedil;&atilde;o feminina tomaram as duas doses da vacina contra o HPV. Na primeira dose, foram 14,6%. &ldquo;At&eacute;&nbsp;hoje, a cobertura no Acre &eacute; baix&iacute;ssima&rdquo;, comentou a m&eacute;dica.

Desinforma&ccedil;&atilde;o

Fl&aacute;via Corr&ecirc;a chamou a aten&ccedil;&atilde;o para o fato de que h&aacute; ainda muita desinforma&ccedil;&atilde;o sobre a vacina contra o HPV. Muitos pais&nbsp;ignoram que a vacina previne contra o c&acirc;ncer de colo do &uacute;tero e n&atilde;o incita o in&iacute;cio&nbsp;da vida sexual antes do tempo. Outros n&atilde;o sabem qual &eacute; a faixa et&aacute;ria em que os filhos devem se vacinar. &ldquo;H&aacute; uma falta de informa&ccedil;&atilde;o muito grande que precisa ser abordada com medidas educativas, mais fortes, tanto para as crian&ccedil;as e adolescentes, quanto&nbsp;para os pais, a sociedade como um todo. &Eacute; necess&aacute;rio ampliar a discuss&atilde;o sobre a quest&atilde;o da vacina, mostrar os dados que dizem que ela&nbsp;&eacute; segura, n&atilde;o estimula a atividade sexual precoce&rdquo;.

A consultora m&eacute;dica da Funda&ccedil;&atilde;o do C&acirc;ncer disse&nbsp;que a cobertura vacinal &eacute; menor para os meninos, tanto na primeira quanto&nbsp;na&nbsp;segunda&nbsp;dose, porque as pessoas ainda n&atilde;o entenderam que a vacina&ccedil;&atilde;o de meninos &eacute; necess&aacute;ria n&atilde;o s&oacute; para proteger as meninas do c&acirc;ncer de colo do &uacute;tero, mas porque traz benef&iacute;cios tamb&eacute;m para os representantes do sexo masculino. Ao vacinar ambos os sexos, diminui a dissemina&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, explicou.

Al&eacute;m de proteger as meninas e mulheres contra o c&acirc;ncer de colo do &uacute;tero, os meninos podem ser beneficiados com a vacina para evitar c&acirc;ncer de p&ecirc;nis, de orofaringe, c&acirc;ncer de boca, de &acirc;nus, entre outros tipos. Na mulher, a imuniza&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m evita c&acirc;ncer de vulva, vagina, faringe, boca. &rdquo;Isso precisa ser bastante divulgado&rdquo;, observou&nbsp;Fl&aacute;via Corr&ecirc;a.

A vacina &eacute; segura e est&aacute; dispon&iacute;vel gratuitamente no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) para meninos e meninas de 9 a 14 anos, em esquema de duas doses, e para mulheres e homens transplantados, pacientes oncol&oacute;gicos, portadores de HIV, de 9 a 45 anos, em esquema de tr&ecirc;s doses.

Atingir o compromisso global de encerrar a pandemia de aids at&eacute; 2030 passa pelo combate &agrave;s desigualdades e estigmas que acompanham essa emerg&ecirc;ncia de sa&uacute;de p&uacute;blica desde o seu surgimento, h&aacute; 41 anos, destaca o relat&oacute;rio Desigualdades Perigosas, divulgado esta semana pelo Programa das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado hoje (1&deg;). Especialistas e ativistas refor&ccedil;am que, mesmo com o avan&ccedil;o dos medicamentos dispon&iacute;veis, a discrimina&ccedil;&atilde;o contra grupos vulner&aacute;ves e pessoas que vivem com HIV reduz o acesso &agrave; sa&uacute;de, impede o diagn&oacute;stico precoce e causa mortes por aids que poderiam ser evitadas com tratamento. 
 
Em mensagem divulgada para marcar a data de combate &agrave; doen&ccedil;a, o secret&aacute;rio-geral das Na&ccedil;&otilde;es Unidas, Ant&oacute;nio Guterres, alertou que o mundo ainda est&aacute; distante de eliminar a Aids at&eacute; 2030 e afirmou que as desigualdades perpetuam a pandemia da doen&ccedil;a. 
 
&quot;S&atilde;o necess&aacute;rias melhores legisla&ccedil;&otilde;es e a implanta&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas e pr&aacute;ticas voltadas para eliminar o estigma e a discrimina&ccedil;&atilde;o que afetam as pessoas que vivem com HIV, sobretudo aquelas em situa&ccedil;&atilde;o de vulnerabilidade. Todas as pessoas t&ecirc;m o direito de ser respeitadas e inclu&iacute;das&quot;, disse.&nbsp; 
 
Segundo o Unaids, 38,4 milh&otilde;es de pessoas viviam com HIV em todo o mundo em 2021. Esse n&uacute;mero &eacute; maior que a popula&ccedil;&atilde;o do Canad&aacute; ou que a soma de todos os habitantes dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Brasil, o n&uacute;mero de pessoas vivendo com HIV passava de 900 mil no ano passado, de acordo com o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, e, desse total, cerca de 77% tratavam a infec&ccedil;&atilde;o com antiretrovirais. A efetividade do tratamento dispon&iacute;vel gratuitamente no pa&iacute;s &eacute; reiterada pelo percentual de 94% de pessoas com carga viral indetect&aacute;vel entre as que fazem uso dos medicamentos contra o HIV. Quando o paciente em tratamento atinge esse n&iacute;vel de carga viral, ele deixa de transmitir o HIV em rela&ccedil;&otilde;es sexuais.

 
Desde o in&iacute;cio da pandemia de Aids, em 1980, at&eacute; dezembro de 2020, o Brasil j&aacute; teve mais de 1 milh&atilde;o de casos da doen&ccedil;a, que causaram 360 mil mortes. A taxa de detec&ccedil;&atilde;o vem caindo no Brasil desde o ano de 2012, quando houve 22 casos para cada 100 mil habitantes. Em 2020, essa propor&ccedil;&atilde;o havia chegado a 14,1 por 100 mil, o que tamb&eacute;m pode estar relacionado &agrave; subnotifica&ccedil;&atilde;o causada pela pandemia de covid-19.

 
HIV ou Aids? 
O v&iacute;rus da imunodefici&ecirc;ncia humana (HIV) &eacute; um agente infeccioso que pode entrar no corpo humano por meio do sexo vaginal, oral e anal sem camisinha; por meio do uso de seringas e outros objetos cortantes ou perfurantes contaminados; pela transfus&atilde;o de sangue contaminado; e da m&atilde;e infectada para seu filho durante a gravidez, o parto e a amamenta&ccedil;&atilde;o, se n&atilde;o for realizado o tratamento preventivo. Quando se instala no corpo humano, esse v&iacute;rus tem um tempo prolongado de incuba&ccedil;&atilde;o, que pode durar v&aacute;rios anos, e sua atividade ataca o sistema imunol&oacute;gico, respons&aacute;vel por defender o organismo. Se essa infec&ccedil;&atilde;o n&atilde;o for detectada e controlada a tempo com o uso de antirretrovirais, o HIV pode enfraquecer as defesas do corpo humano a ponto de causar a S&iacute;ndrome da Imunodefici&ecirc;ncia Humana (aids). Portanto, a sigla HIV se refere ao v&iacute;rus, e a sigla Aids, &agrave; doen&ccedil;a causada pelo agravamento da infec&ccedil;&atilde;o pelo HIV.

 
O uso de preservativos masculinos e femininos e gel lubrificante est&atilde;o entre as principais a&ccedil;&otilde;es preventivas contra o HIV. Tamb&eacute;m j&aacute; est&atilde;o dispon&iacute;veis a Profilaxia Pr&eacute;-Exposi&ccedil;&atilde;o (PrEP), que consiste no uso de antirretrovirais para prevenir a infec&ccedil;&atilde;o caso a pessoa venha a ser exposta ao v&iacute;rus, e a Profilaxia P&oacute;s-Exposi&ccedil;&atilde;o (PEP), que pode impedir a infec&ccedil;&atilde;o caso seja administrada at&eacute; 72 horas ap&oacute;s a exposi&ccedil;&atilde;o. Mesmo no caso de haver uso dessas profilaxias, a camisinha continua importante, pois previne tamb&eacute;m outras infec&ccedil;&otilde;es sexualmente transmiss&iacute;veis, como a s&iacute;filis e as hepatites virais.

 
Ao menos 30 dias ap&oacute;s uma poss&iacute;vel exposi&ccedil;&atilde;o ao HIV, &eacute; fundamental fazer um teste para a detec&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, exame que pode ser realizado em unidades da rede p&uacute;blica e nos centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). O diagn&oacute;stico precoce da infec&ccedil;&atilde;o e o in&iacute;cio r&aacute;pido do tratamento protegem o sistema imunol&oacute;gico da pessoa infectada, j&aacute; que esse ser&aacute; o alvo do HIV quando a carga viral aumentar.

 
Diretor m&eacute;dico associado de HIV da GSK/ViiV Healthcare, Rodrigo Zili explica que os antiretrovirais usados hoje para o tratamento das pessoas que vivem com HIV s&atilde;o menos t&oacute;xicos para o corpo humano, causam menos efeitos colaterais e s&atilde;o administrados em quantidade bem menor de comprimidos. A farmac&ecirc;utica &eacute; a fornecedora do Dolutegravir e outros medicamentos usados no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) para combater o v&iacute;rus. Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os antirretrovirais a todas as pessoas que vivem com HIV e necessitam de tratamento, contando atualmente com 22 medicamentos em 38 apresenta&ccedil;&otilde;es farmac&ecirc;uticas diferentes. &nbsp;&nbsp;

 
&ldquo;O tratamento hoje &eacute; muito menos t&oacute;xico. Nem se usa mais a palavra coquetel, porque n&atilde;o &eacute; um conjunto enorme de rem&eacute;dios como se tinha antigamente. E, se a pessoa descobre o HIV a tempo de n&atilde;o ter desenvolvido a imunodefici&ecirc;ncia, ela tem chance muito grande de ter uma vida totalmente normal tomando rem&eacute;dios diariamente&rdquo;, afirma o infectologista. Ele refor&ccedil;a que a pessoa com HIV pode ter expectativa de vida at&eacute; maior do que pessoas que n&atilde;o foram infectadas pelo v&iacute;rus. &ldquo;Essa pessoa que est&aacute; em tratamento est&aacute; acompanhando todas as doen&ccedil;as praticamente.

Ent&atilde;o, ela faz check-ups peri&oacute;dicos, faz exames peri&oacute;dicos, tem aconselhamento para manter um estilo de vida saud&aacute;vel, e acaba podendo ter uma vida mais saud&aacute;vel do que algu&eacute;m que n&atilde;o tem HIV e n&atilde;o faz acompanhamento m&eacute;dico&rdquo;.&nbsp;

 
Mesmo com esses avan&ccedil;os no tratamento contra o HIV e a disponibilidade gratuita dos medicamentos, o acesso &agrave; sa&uacute;de ainda &eacute; marcado por desigualdades, pondera Zili. &ldquo;Por mais que se tenha um programa 100% p&uacute;blico, o acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o e aos servi&ccedil;os n&atilde;o &eacute; totalmente igualit&aacute;rio&rdquo;, lembra o infectologista.&nbsp; 
 
Quest&otilde;es sociais 
O coordenador do Grupo Pela Vidda-RJ, M&aacute;rcio Villard, avalia que o combate terap&ecirc;utico &agrave; Aids avan&ccedil;ou mais do que a supera&ccedil;&atilde;o dos preconceitos que afetam as pessoas que vivem com HIV. Mesmo com medicamentos menos t&oacute;xicos e uma expectativa de vida maior, quest&otilde;es sociais afastam pessoas com HIV de uma vida plena.&nbsp;

 
&ldquo;Quando a gente fala em qualidade de vida, n&atilde;o pode entender somente a quest&atilde;o terap&ecirc;utica e biom&eacute;dica. &Eacute; preciso tamb&eacute;m entender as quest&otilde;es sociais que envolvem a pessoa com HIV, porque enfrentamos ainda muitos problemas relacionados a estigmas, preconceitos e exclus&atilde;o social que interferem na qualidade de vida&rdquo;, afirma. &quot;O que acontece &eacute; que o HIV sempre traz consigo uma condena&ccedil;&atilde;o. De alguma forma, a sociedade vai te condenar, seja pelo seu estilo de vida, seja pela sua orienta&ccedil;&atilde;o sexual, seja por voc&ecirc; pertencer a um determinado grupo da sociedade. Praticamente ningu&eacute;m escapa, at&eacute; uma crian&ccedil;a que nasce com HIV vai ser estigmatizada por isso. Infelizmente, esse cen&aacute;rio n&atilde;o mudou&quot;.

 
O ativista explica que a estigmatiza&ccedil;&atilde;o das pessoas com HIV tem ra&iacute;zes ligadas &agrave; LGBTfobia, j&aacute; que os primeiros surtos de HIV se deram na popula&ccedil;&atilde;o homossexual, bissexual e transexual nos Estados Unidos, e a imprensa da d&eacute;cada de 80 refor&ccedil;ou a associa&ccedil;&atilde;o entre a popula&ccedil;&atilde;o LGBTI e o HIV, chamando a aids at&eacute; mesmo de c&acirc;ncer gay.

 
&ldquo;Isso come&ccedil;ou nos Estados Unidos, se espalhou pelo mundo e acabou virando um selo. Aqui no Brasil, at&eacute; o ano passado, homossexuais n&atilde;o podiam doar sangue, independentemente de ter ou n&atilde;o o v&iacute;rus&rdquo;.&nbsp;

 
O Pela Vidda-RJ foi fundado em 1989 pelo soci&oacute;logo e ativista Hebert Daniel e atua desde ent&atilde;o na luta por direitos das pessoas que vivem com HIV. &Agrave;s 11h de hoje, o grupo vai promover ato p&uacute;blico na Pra&ccedil;a Mau&aacute;, no centro do Rio de Janeiro, com o tema Viver com o HIV &eacute; poss&iacute;vel. Com o preconceito, n&atilde;o. Entre as principais demandas atuais da popula&ccedil;&atilde;o que vive com HIV, Villard conta que est&atilde;o a assist&ecirc;ncia jur&iacute;dica para garantir direitos previdenci&aacute;rios e trabalhistas. Os problemas incluem processos seletivos que eliminam candidatos que testam positivo para HIV, enquanto essa testagem &eacute; vedada por lei em qualquer exame admissional, peri&oacute;dico ou demissional. Fora esses direitos, as pessoas com HIV tamb&eacute;m procuram a organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental para receber acolhimento afetivo.

 
&ldquo;A maior dificuldade ainda &eacute; a quest&atilde;o do estigma. Quando a pessoa tem esse diagn&oacute;stico, ela tem dificuldade de lidar com ele. E, ao se colocar para a fam&iacute;lia, no trabalho e para os amigos, vai enfrentar discrimina&ccedil;&atilde;o. S&atilde;o raros os casos em que a pessoa consegue viver tranquilamente, independentemente de sua sorologia&rdquo;.

 
Ang&uacute;stia e cura 
A dificuldade de encontrar informa&ccedil;&atilde;o e acolhimento depois do diagn&oacute;stico foi o que moveu o influenciador Jo&atilde;o Geraldo Netto a compartilhar sua experi&ecirc;ncia na internet desde 2008. 
 
&quot;Inicialmente, eu falava de uma maneira mais oculta, n&atilde;o falava especificamente que eu vivia com o v&iacute;rus. Mas a&iacute; eu senti a necessidade de falar sobre isso mais abertamente. Eu descobri que, falando, eu me curava de certa forma. Sentia algo muito positivo quando falava sobre os dramas, os medos que eu tinha de fazer tratamento, de morrer, de adoecer. E eu vi que aquilo era muito bem recebido. Isso foi me dando for&ccedil;a&quot;, conta. 
 
O jornalista acrescenta que a maioria das pessoas que entram em contato nas redes sociais est&aacute; angustiada, seja porque acredita que se exp&ocirc;s ao risco de infec&ccedil;&atilde;o ou porque j&aacute; recebeu o diagn&oacute;stico e est&aacute; tentando lidar com ele. Jo&atilde;o Geraldo acredita que o peso social do HIV afasta as pessoas do teste e do diagn&oacute;stico precoce, porque muitas n&atilde;o se percebem parte de um suposto grupo social que poderia ser infectado e outras preferem n&atilde;o saber o resultado do teste por medo.&nbsp; 
 
&ldquo;A quest&atilde;o do preconceito &eacute; algo t&atilde;o forte que atrapalha de fazer o teste, de procurar ajuda e tratamento e impede que a pessoa tome o medicamento todo dia. Ent&atilde;o, o grande problema do HIV hoje n&atilde;o &eacute; mais um problema cl&iacute;nico, &eacute; um problema social&rdquo;, diz. &ldquo;As pessoas que chegam ao meu canal mais angustiadas s&atilde;o aquelas que passaram por situa&ccedil;&atilde;o que consideram moralmente errada e acreditam que &eacute; uma puni&ccedil;&atilde;o para elas. E a pior puni&ccedil;&atilde;o que elas conseguem imaginar &eacute; uma doen&ccedil;a como a Aids. Ent&atilde;o, isso &eacute; muito doloroso, sabe? Porque voc&ecirc; v&ecirc; que est&aacute; conversando com uma pessoa que acha que a pior coisa que pode acontecer na vida &eacute; o que voc&ecirc; tem&rdquo;. 
 
Em suas postagens nas redes sociais, o influenciador comenta sobre HIV e temas do dia a dia e de sua vida pessoal, como fotos de viagens, reuni&otilde;es com amigos e declara&ccedil;&otilde;es de amor ao namorado. Em um de seus perfis, chamado Superindetect&aacute;vel, ele deixa a seguinte mensagem: &ldquo;Respira fundo! Pela frente ainda tem muito mundo. Agora pode não estar, mas tudo pode ficar bem&rdquo;.

Um paciente de 66 anos diagnosticado com HIV foi considerado curado ap&oacute;s receber transplante com c&eacute;lulas-tronco para tratar leucemia, afirmaram pesquisadores nesta quarta-feira (27).

Embora o transplante tenha sido planejado para o tratamento de c&acirc;ncer no sangue do indiv&iacute;duo apelidado de &ldquo;Cidade da Esperan&ccedil;a&rdquo;, os m&eacute;dicos tamb&eacute;m buscaram um doador que fosse resistente ao v&iacute;rus que causa a Aids, um mecanismo que funcionou primeiramente na cura do chamado &quot;Paciente de Berlim&quot;, Timothy Ray Brown, em 2007.&nbsp;

O paciente mais recente &eacute; o quarto a ser curado dessa maneira. O apelido &quot;Cidade da Esperan&ccedil;a&quot; foi dado por conta da institui&ccedil;&atilde;o norte-americana em Duarte, na Calif&oacute;rnia, onde estava sendo atendido, e porque ele n&atilde;o quis ser identificado.

Al&eacute;m de ser o mais velho a receber o tratamento at&eacute; agora, o paciente tinha HIV h&aacute; mais tempo, tendo sido diagnosticado em 1988 com o que descreveu como uma &quot;senten&ccedil;a de morte&quot;, que matou muitos de seus amigos.

O paciente faz a terapia antirretroviral para controlar sua condi&ccedil;&atilde;o por mais de 30 anos.&nbsp;

Os m&eacute;dicos que apresentaram os dados antes do encontro da Sociedade Internacional da Aids de 2022 disseram que o caso abre um potencial para o acesso dos pacientes mais velhos a tratamentos contra o HIV e c&acirc;ncer sangu&iacute;neo, especialmente j&aacute; que o doador de c&eacute;lulas-tronco n&atilde;o era um membro de sua fam&iacute;lia.

O ex-ministro da Sa&uacute;de e deputado Alexandre Padilha (PT-SP) denunciou a aus&ecirc;ncia de dados sobre a popula&ccedil;&atilde;o privada de liberdade nos boletins epidemiol&oacute;gicos tanto do HIV/aids como o das hepatites virais.

Em audi&ecirc;ncia p&uacute;blica na Comiss&atilde;o de Seguridade Social e Fam&iacute;lia da C&acirc;mara dos Deputados nesta quinta-feira (9), ele disse que a falta de dados detalhados e consistentes dificulta tanto o monitoramento como a constru&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas espec&iacute;ficas para essa popula&ccedil;&atilde;o, seus familiares e para os servidores das unidades prisionais. &ldquo;N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel fazer preven&ccedil;&atilde;o, cuidado e tratamento sem uma boa informa&ccedil;&atilde;o em sa&uacute;de&rdquo;, afirmou.

Coordenador de Sa&uacute;de do Departamento Penitenci&aacute;rio Nacional (Depen) do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a e Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Rodrigo Pereira informou que hoje em torno de 33 mil pessoas privadas de liberdade t&ecirc;m o diagn&oacute;stico das doen&ccedil;as infecciosas mais prevalentes no sistema prisional - HIV/aids, hepatite, s&iacute;filis e tuberculose. Ao todo, s&atilde;o mais de 670 mil pessoas divididas em cerca de 1.500 unidades prisionais no Brasil.

Principais doen&ccedil;as transmiss&iacute;veis no sistema prisional:

- HIV: 10.183 (2021)

- S&iacute;filis: 6.168 (2021)

- Hepatite: 2.661 (2021)

Tuberculose: 7.928 (2021)

Ele destaca que a s&iacute;filis, a hepatite e a tuberculose tiveram queda de casos entre 2019 e 2021, mas houve aumento substancial dos casos de HIV na popula&ccedil;&atilde;o privada de liberdade, que passaram de cerca de 8,5 mil para 10,1 mil. Os dados s&atilde;o repassados semestralmente ao Depen pelas secretarias estaduais de Administra&ccedil;&atilde;o Penitenci&aacute;ria.

Segundo ele, est&aacute; em fase de elabora&ccedil;&atilde;o um acordo de coopera&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica entre o Depen e a Secretaria de Vigil&acirc;ncia em Sa&uacute;de e a Secretaria de Aten&ccedil;&atilde;o Prim&aacute;ria &agrave; Sa&uacute;de do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de para que seja feito o cruzamento de dados e informa&ccedil;&otilde;es relevantes para o aprimoramento da pol&iacute;tica de sa&uacute;de do sistema prisional. &ldquo;Estamos trabalhando nisso, e temos esperan&ccedil;a que nos pr&oacute;ximos meses vai ser assinado esse acordo&rdquo;, afirmou.

Casos de Covid-19

Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; Covid-19, Rodrigo Pereira ressaltou que a popula&ccedil;&atilde;o privada de liberdade teve menos &oacute;bitos, proporcionalmente, do que o restante da popula&ccedil;&atilde;o brasileira. Ele atribui isso a uma s&eacute;rie de iniciativas do Depen, com investimento da ordem de R$ 42 milh&otilde;es do Fundo Penitenci&aacute;rio Nacional (Funpen). &ldquo;A gente atuou em tr&ecirc;s campos principais: a produ&ccedil;&atilde;o de normativos e orienta&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica, uma grande compra e doa&ccedil;&atilde;o de insumos, dado que naquele momento existia um desabastecimento mundial e tamb&eacute;m atuamos na parte do desenvolvimento de a&ccedil;&otilde;es de educa&ccedil;&atilde;o em sa&uacute;de&rdquo;, disse.

Ele informou ainda que, entre 2011 e 2019, o Depen investiu mais de R$ 52 milh&otilde;es no aparelhamento de espa&ccedil;os de sa&uacute;de nas unidades prisionais &ndash; parte disso, descentralizando recursos do Funpen para estados e DF.

Problemas

A representante do F&oacute;rum das ONGs/Aids do estado de S&atilde;o Paulo Liliana Cristina Mussi destacou que a popula&ccedil;&atilde;o carcer&aacute;ria tem preval&ecirc;ncia maior de doen&ccedil;as transmiss&iacute;veis, como tuberculose, hepatite C e HIV, do que o restante da popula&ccedil;&atilde;o e que os agentes penitenci&aacute;rios tamb&eacute;m est&atilde;o igualmente mais expostos a risco de infec&ccedil;&otilde;es.

Ela tamb&eacute;m chamou a aten&ccedil;&atilde;o para a aus&ecirc;ncia de dados sobre a popula&ccedil;&atilde;o carcer&aacute;ria nos boletins epidemiol&oacute;gicos dessas doen&ccedil;as, dificultando o monitoramento e a constru&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas espec&iacute;ficas. Para Mussi, essa aus&ecirc;ncia de dados evidencia a exclus&atilde;o dessa popula&ccedil;&atilde;o das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas de sa&uacute;de da popula&ccedil;&atilde;o em geral.

Segundo ela, seria importante saber quantas pessoas dentro de cada unidade prisional t&ecirc;m aids, s&iacute;filis, tuberculose e quantas est&atilde;o em tratamento. Outros problemas s&atilde;o a dificuldade de acesso ao diagn&oacute;stico e tratamentos dentro das unidades prisionais.

&ldquo;Agora, por&eacute;m, existe um novo desafio, a Covid-19, que chega num momento em que o sistema de sa&uacute;de prisional ainda enfrenta dificuldades e fragilidades e est&aacute; sobrecarregado. E ainda registramos alta mortalidade por doen&ccedil;as infecciosas potencialmente cur&aacute;veis, como a tuberculose&rdquo;, acrescentou.

Ela pediu resposta mais r&aacute;pida do governo brasileiro para conferir acesso igualit&aacute;rio da popula&ccedil;&atilde;o privada de liberdade &agrave; preven&ccedil;&atilde;o, ao diagn&oacute;stico e ao tratamento das doen&ccedil;as. Al&eacute;m disso, pediu mais articula&ccedil;&atilde;o com a sociedade civil para lidar com os problemas. Hoje, ressaltou, as entidades da sociedade civil t&ecirc;m dificuldades n&atilde;o apenas de acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o, como acessar os locais para apoiar a&ccedil;&otilde;es como de testagem das popula&ccedil;&otilde;es.

Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de

Diretor do Departamento de Doen&ccedil;as de Condi&ccedil;&otilde;es Cr&ocirc;nicas e Infec&ccedil;&otilde;es Sexualmente Transmiss&iacute;veis do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, Gerson Pereira informou que a prioridade da pasta no per&iacute;odo da pandemia foi n&atilde;o deixar faltar insumos da preven&ccedil;&atilde;o, testes e medicamentos &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. &ldquo;N&atilde;o s&oacute; n&atilde;o faltaram medicamentos e insumos, como conseguimos fazer doa&ccedil;&otilde;es humanit&aacute;rias para alguns pa&iacute;ses da Am&eacute;rica Latina e do Caribe&rdquo;, disse. Al&eacute;m disso, destacou, pacientes de HIV, hepatite e imunodeprimidos em geral foram priorit&aacute;rios para vacina&ccedil;&atilde;o de Covid-19.

Conforme o diretor, a &uacute;nica doen&ccedil;a com falta de medicamentos foi a hansen&iacute;ase. Ele ressaltou que o Brasil &eacute; o segundo pa&iacute;s com mais casos de hansen&iacute;ase do mundo e n&atilde;o fabrica medicamentos para a doen&ccedil;a. Segundo Pereira, o minist&eacute;rio agora empreende esfor&ccedil;os para come&ccedil;ar a fabricar esses medicamentos no Pa&iacute;s.

Ele tamb&eacute;m citou o acordo de coopera&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica com o Depen para ampliar as a&ccedil;&otilde;es de preven&ccedil;&atilde;o, diagn&oacute;stico e tratamento do HIV/aids, hepatites virais, s&iacute;filis e outras doen&ccedil;as transmiss&iacute;veis. A inten&ccedil;&atilde;o &eacute; que nesse acordo possa ser atestada a preval&ecirc;ncia de cada doen&ccedil;a em cada pres&iacute;dio e averiguar se as pessoas est&atilde;o sendo tratadas.

Consultor T&eacute;cnico do departamento, Gilvane Casimiro acrescentou que foi realizada, no ano passado, parceria com a Fiocruz/RJ, para detec&ccedil;&atilde;o dessas doen&ccedil;as em cinco pres&iacute;dios femininos no Brasil.

Papel dos munic&iacute;pios 

Assessor t&eacute;cnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Sa&uacute;de &ndash; (Conasems), Alessandro Chagas ressaltou que n&atilde;o &eacute; fun&ccedil;&atilde;o dos munic&iacute;pios executar a&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de no sistema prisional, mas na pr&aacute;tica os munic&iacute;pios fazem a&ccedil;&otilde;es dentro dos pres&iacute;dios, a despeito dos recursos serem repassados para os estados. Para ele, essas quest&otilde;es t&ecirc;m que ser discutidas no &acirc;mbito da gest&atilde;o tripartite do SUS pela Uni&atilde;o, estados e munic&iacute;pios.

O Elevador Lacerda recebeu nesta quinta-feira (2), uma ilumina&ccedil;&atilde;o especial em alus&atilde;o ao Dezembro Vermelho, m&ecirc;s de preven&ccedil;&atilde;o, assist&ecirc;ncia, prote&ccedil;&atilde;o e promo&ccedil;&atilde;o dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV/AIDS e outras infec&ccedil;&otilde;es sexualmente transmiss&iacute;veis.

A campanha, que visa chamar aten&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o para o tema, tem a organiza&ccedil;&atilde;o da Secretaria Municipal de Sa&uacute;de (SMS), atrav&eacute;s da Diretoria de Vigil&acirc;ncia da Sa&uacute;de, e em parceria com a Diretoria de Ilumina&ccedil;&atilde;o da SEMOP.

Al&eacute;m do Elevador, outros pontos hist&oacute;ricos da cidade tamb&eacute;m j&aacute; aderiram &agrave; campanha como as Pra&ccedil;as da S&eacute; e do Campo Grande.

A Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) aprovou um novo medicamento para o tratamento do HIV. Trata-se da combina&ccedil;&atilde;o de duas subst&acirc;ncias &ndash; a lamivudina e o dolutegravir s&oacute;dico &ndash; em um &uacute;nico comprimido.

Para a Anvisa, a aprova&ccedil;&atilde;o representa um avan&ccedil;o no tratamento, j&aacute; que re&uacute;ne em uma dose di&aacute;ria dois antirretrovirais. &ldquo;A possibilidade de doses &uacute;nicas simplifica o tratamento e a ades&atilde;o de pacientes&rdquo;, informou, por meio de nota.

De acordo com a bula aprovada pela Anvisa, o novo medicamento reduz a quantidade de HIV no organismo, mantendo-a em um n&iacute;vel considerado baixo. Al&eacute;m disso, o rem&eacute;dio promove o aumento da contagem de c&eacute;dulas CD4, que exercem papel importante na manuten&ccedil;&atilde;o de um sistema imune saud&aacute;vel, ajudando a combater infec&ccedil;&otilde;es.

O novo medicamento ser&aacute; indicado como um regime complemento para o tratamento da infec&ccedil;&atilde;o pelo v&iacute;rus da imunodefici&ecirc;ncia humana tipo 1 (HIV-1) em adultos e adolescentes acima de 12 anos pesando pelo menos 40 quilos, sem hist&oacute;rico de tratamento antirretroviral pr&eacute;vio ou em substitui&ccedil;&atilde;o ao regime antirretroviral atual em pessoas com supress&atilde;o virol&oacute;gica. O registro foi concedido ao laborat&oacute;rio GlaxoSmithKline Brasil Ltda.

Um estudo sugere que a prote&ccedil;&atilde;o da CoronaVac, vacina contra a Covid-19, &eacute; menor entre pessoas infectadas pelo HIV, v&iacute;rus causador da aids. Diante disso, a orienta&ccedil;&atilde;o para vacina&ccedil;&atilde;o tem que ser mantida, inclusive com prioridade para doses de refor&ccedil;o nesse grupo. No entanto, o estudo n&atilde;o analisou como se comportam as outras vacinas que v&ecirc;m sendo usadas no Brasil.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de S&atilde;o Paulo (FMUSP) compararam a prote&ccedil;&atilde;o da CoronaVac em pessoas infectadas pelo HIV e naquelas n&atilde;o infectadas. O estudo mostrou que, depois de receber a CoronaVac, uma pessoa sem o HIV tem 3,21 mais chances de desenvolver anticorpos contra a covid-19 do que uma n&atilde;o infectada por esse v&iacute;rus.

&ldquo;Significa que a resposta &agrave; vacina &eacute; um pouco pior entre pessoas que vivem com o HIV. Ela [a vacina] &eacute; muito importante, mas a pot&ecirc;ncia dela para gerar resposta &eacute; inferior em pessoas que vivem com HIV, em compara&ccedil;&atilde;o &agrave;quelas que n&atilde;o t&ecirc;m HIV&rdquo;, disse uma das autoras do estudo, a professora da Faculdade de Medicina da USP Vivian Avelino-Silva.

Apesar de n&iacute;veis de prote&ccedil;&atilde;o menores, isso n&atilde;o quer dizer que pessoas com HIV devam deixar de se vacinar. De acordo com a professora, a menor prote&ccedil;&atilde;o refor&ccedil;a que esse &eacute; um grupo priorit&aacute;rio e que pode precisar de maior refor&ccedil;o no esquema vacinal.

&ldquo;&Eacute; o tipo de situa&ccedil;&atilde;o que justamente esclarece para n&oacute;s que, se tiver algu&eacute;m para priorizar, seriam as pessoas com HIV. Isso sugere que talvez as pessoas que vivem com HIV precisem de mais refor&ccedil;os, mais precoces ou em maior n&uacute;mero, em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s pessoas que n&atilde;o t&ecirc;m HIV&rdquo;, disse Vivian.

O n&uacute;mero de c&eacute;lulas de defesa do organismo, chamadas de CD4, pode ajudar a explicar a dificuldade na produ&ccedil;&atilde;o de defesas contra o novo coronav&iacute;rus. Pessoas com HIV, mas com maior n&uacute;mero de c&eacute;lulas de defesa, t&ecirc;m o dobro de chances (2,26 vezes mais) de desenvolver os anticorpos que pessoas em est&aacute;gios mais avan&ccedil;ados da infec&ccedil;&atilde;o pelo HIV.

O estudo foi publicado como preprint, que &eacute; uma esp&eacute;cie de esbo&ccedil;o em que o trabalho permanece aberto para receber a contribui&ccedil;&atilde;o de outros cientistas antes da publica&ccedil;&atilde;o definitiva.

Procurado pela Ag&ecirc;ncia Brasil, o Instituto Butantan informou que dois estudos cient&iacute;ficos publicados por pesquisadores do Brasil e da China evidenciaram que a CoronaVac &ldquo;&eacute; segura e capaz de gerar n&iacute;veis elevados de prote&ccedil;&atilde;o contra o SARS-CoV-2 em pessoas infectadas pelo v&iacute;rus HIV, causador da AIDS&rdquo;. Um desses estudo &eacute; o da FMUSP, citado acima.

&ldquo;Quatro semanas ap&oacute;s a segunda dose da vacina, a porcentagem de participantes com positividade para anticorpos neutralizantes SC e NAb foi alta tanto para o grupo com HIV quanto no grupo controle. Nenhuma rea&ccedil;&atilde;o adversa s&eacute;ria foi relatada durante o estudo, seja entre pessoas com HIV ou nos participantes n&atilde;o imunossuprimidos&rdquo;, diz o informe do instituto.

O Butantan acrescenta, no informe, que os pesquisadores encontraram diferen&ccedil;as nos par&acirc;metros de imunogenicidade entre as pessoas com HIV, sendo que o grupo com o sistema imunol&oacute;gico mais enfraquecido teve imunogenicidade mais baixa contra o v&iacute;rus da covid-19 quando comparados &agrave;queles com contagem maior de c&eacute;lulas de defesa, ap&oacute;s a aplica&ccedil;&atilde;o de duas doses da vacina.

&ldquo;Uma abordagem poss&iacute;vel &eacute; usar uma dose de vacina de refor&ccedil;o ou mesmo administrar t&iacute;tulos de ant&iacute;geno mais altos por dose de vacina&rdquo;, divulgou o instituto sobre a conclus&atilde;o dos pesquisadores.

Pessoas que t&ecirc;m imunossupress&atilde;o grave, como doen&ccedil;as cong&ecirc;nitas, c&acirc;ncer, transplantados, HIV positivo, entre outros, j&aacute; podem receber a dose adicional contra a covid-19 sem necessidade de agendar atendimento nos estados do Distrito Federal, Par&aacute; e S&atilde;o Paulo. A medida come&ccedil;a a valer a partir desta segunda-feira (11). Confira a lista dos pontos de vacina&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

Desde que come&ccedil;ou a aplica&ccedil;&atilde;o da dose de refor&ccedil;o neste p&uacute;blico era feita a partir de um agendamento pr&eacute;vio no p&aacute;gina da Secretaria de Sa&uacute;de. Agora, basta a pessoa comparecer em um dos pontos de vacina&ccedil;&atilde;o indicados para este p&uacute;blico, levando cart&atilde;o de vacina, documento de identidade com foto e laudo ou relat&oacute;rio m&eacute;dico.

Diferentemente da dose de refor&ccedil;o para idosos e profissionais de sa&uacute;de, que requer um intervalo m&iacute;nimo de seis meses ap&oacute;s a segunda dose (ou dose &uacute;nica), a dose adicional para imunossuprimidos graves &eacute; aplicada a partir do 28&ordm; dia ap&oacute;s a segunda dose. O imunizante utilizado &eacute; preferencialmente o do laborat&oacute;rio Pfizer-BioNTech.

A dose adicional foi acrescentada especificamente para esse p&uacute;blico ap&oacute;s an&aacute;lises de uma menor resposta imune desses pacientes, mesmo depois do recebimento da segunda dose ou dose &uacute;nica.

Estima-se que, no DF, as pessoas com algum tipo de imunossupress&atilde;o somem uma popula&ccedil;&atilde;o de 26 mil pessoas. No entanto, at&eacute; agora, pouco mais de 6 mil compareceram aos postos para tomar a dose de refor&ccedil;o. &nbsp;

O Instituto Couto Maia (ICOM), depois de 17 meses de dedica&ccedil;&atilde;o exclusiva aos pacientes com Covid-19, completa a retomada de atendimento aos pacientes de doen&ccedil;as infectocontagiosas e infectoparasit&aacute;rias, em especial, os portadores de HIV e com hansen&iacute;ase. O ambulat&oacute;rio est&aacute; com um trabalho especial com os pacientes portadores de HIV que desenvolveram tuberculose.

A coordenadora de enfermagem do ambulat&oacute;rio, enfermeira Cenize Cant&atilde;o, explica que durante a pandemia, por receio de se contaminarem, muitos pacientes deixaram de realizar suas visitas e consultas peri&oacute;dicas nas unidades de sa&uacute;de para onde os pacientes do ICOM foram redirecionados. Desse modo, muitos tiveram sua condi&ccedil;&atilde;o agravada.

Para retomar a assist&ecirc;ncia a estes pacientes, em especial aqueles com HIV e hansen&iacute;ase, a equipe de enfermagem do ambulat&oacute;rio, em conjunto com as equipes da farm&aacute;cia e do servi&ccedil;o social, far&aacute; uma busca ativa, entrando em contato com cada um dos 220 pacientes faltosos para que retornem ao hospital para continuidade do seu tratamento.

Como ter acesso ao ambulat&oacute;rio do ICOM

S&atilde;o atendidos no ambulat&oacute;rio do ICOM os pacientes egressos, ou seja, que j&aacute; tenham sido internados no hospital e depois necessitam de acompanhamento. Tamb&eacute;m recebem assist&ecirc;ncia no ICOM os pacientes referenciados encaminhados por m&eacute;dicos de outras unidades de sa&uacute;de do SUS e que precisem de assist&ecirc;ncia nas especialidades em que o hospital &eacute; refer&ecirc;ncia.

Para saber se voc&ecirc; est&aacute; no perfil de pacientes a serem atendidos pelo ICOM, mande uma mensagem para o whastsapp do ambulat&oacute;rio: 71.3103-7168 ou pelo telefone 71.3103.7150.

Cozinheira de um hospital da Chapada de Diamantina que foi dispensada por ser soropositivo &nbsp;receber&aacute; indeniza&ccedil;&atilde;o de R$ 5 mil por ter sido dispensada de forma discriminat&oacute;ria por ter HIV. Esta foi a decis&atilde;o das desembargadoras que comp&otilde;em a 3&ordf; Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5&ordf; Regi&atilde;o (TRT5-BA).

Segundo a ex-funcion&aacute;ria, ela foi internada em um hospital da regi&atilde;o no dia 14 de fevereiro de 2017, com fortes dores abdominais. Duas semanas depois se constatou que ela era portadora do v&iacute;rus HIV, e o empregador foi informado disso por telefone. Ainda conforme a cozinheira, no per&iacute;odo de licen&ccedil;a-m&eacute;dica, no dia 9 de mar&ccedil;o de 2017, a diretora do hospital em que ela trabalhava foi at&eacute; a sua casa e a dispensou. Para a trabalhadora, o fim do v&iacute;nculo se deveu ao fato de ela ser portadora do v&iacute;rus. O hospital negou os fatos.

Como n&atilde;o houve pedido de reintegra&ccedil;&atilde;o, a relatora, L&eacute;a Nunes, deferiu o pedido de pagamento de indeniza&ccedil;&atilde;o por dano moral, decorrente da despedida discriminat&oacute;ria, no valor arbitrado de R$ 5 mil. A decis&atilde;o foi seguida &agrave; unanimidade pelas desembargadoras Yara Trindade e V&acirc;nia Chaves, integrantes da Turma.

O n&uacute;mero do processo, bem como o nome da reclamante e do reclamado n&atilde;o ser&atilde;o informados para proteger a privacidade da parte.

<img alt="Resultado de imagem para SUS vai incorporar antirretroviral como prevenção ao HIV" 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style="float:left; height:213px; margin-left:5px; margin-right:5px; width:350px" />O Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) vai come&ccedil;ar a oferecer a profilaxia pr&eacute;-exposi&ccedil;&atilde;o (PrEP) para grupos considerados de risco para exposi&ccedil;&atilde;o ao HIV. A estrat&eacute;gia consiste no consumo di&aacute;rio do medicamento Truvada &ndash; uma combina&ccedil;&atilde;o do tenofovir com a entricitabina &ndash; por pessoas que n&atilde;o t&ecirc;m o v&iacute;rus, mas que est&atilde;o mais expostas &agrave; infec&ccedil;&atilde;o, como profissionais de sa&uacute;de, homossexuais, homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e casais sorodiscordantes (um dos parceiros &eacute; soropositivo e o outro, n&atilde;o).

O an&uacute;ncio foi feito hoje (24) pelo ministro da Sa&uacute;de, Ricardo Barros, durante a 7&ordf; Assembleia Mundial da Sa&uacute;de, em Genebra, na Su&iacute;&ccedil;a. A PrEP deve passar a ser distribu&iacute;da em at&eacute; 180 dias ap&oacute;s a publica&ccedil;&atilde;o do protocolo cl&iacute;nico de diretrizes terap&ecirc;uticas, prevista para a pr&oacute;xima segunda-feira (29). Na mesma data, a Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) deve publicar a altera&ccedil;&atilde;o do registro do Truvada, permitindo que ele seja utilizado no tratamento de pessoas infectadas pelo HIV e tamb&eacute;m de forma preventiva.

De acordo com Barros, com a medida, o Brasil se torna o primeiro pa&iacute;s da Am&eacute;rica Latina a adotar a estrat&eacute;gia de preven&ccedil;&atilde;o como pol&iacute;tica de sa&uacute;de p&uacute;blica. A PrEP j&aacute; &eacute; utilizada em na&ccedil;&otilde;es como Estados Unidos, B&eacute;lgica, Esc&oacute;cia, Peru e Canad&aacute;, onde &eacute; comercializada na rede privada, al&eacute;m de Fran&ccedil;a e &Aacute;frica do Sul, onde foi incorporada ao sistema p&uacute;blico de sa&uacute;de. O investimento inicial do governo brasileiro, segundo o ministro, ser&aacute; de US$ 1,9 milh&atilde;o para a aquisi&ccedil;&atilde;o de 2,5 milh&otilde;es de comprimidos. A quantia deve atender a demanda pelo per&iacute;odo de um ano.

Preven&ccedil;&atilde;o combinada

A estimativa da pasta &eacute; que a estrat&eacute;gia no Brasil seja utilizada por cerca de 7 mil pessoas que integram as chamadas popula&ccedil;&otilde;es-chave, no primeiro ano de implanta&ccedil;&atilde;o. A diretora do Departamento de Infec&ccedil;&otilde;es Sexualmente Transmiss&iacute;veis, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken, lembrou que a PrEP se insere como uma estrat&eacute;gia adicional dentro de um conjunto de a&ccedil;&otilde;es preventivas que inclui a testagem regular, a profilaxia p&oacute;s-exposi&ccedil;&atilde;o, a testagem durante o pr&eacute;-natal e o uso de preservativo, entre outros.

Fazer parte de um dos grupos, segundo ela, n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico crit&eacute;rio para indica&ccedil;&atilde;o da PrEP &ndash; ser&aacute; feita ainda, por profissionais de sa&uacute;de, uma esp&eacute;cie de an&aacute;lise de vulnerabilidade do paciente, levando em considera&ccedil;&atilde;o o comportamento sexual e outros contextos. A previs&atilde;o &eacute; que, de imediato, a estrat&eacute;gia seja adotada em 12 capitais onde j&aacute; h&aacute; experi&ecirc;ncia nesse tipo de tratamento e, at&eacute; o fim do primeiro ano de implanta&ccedil;&atilde;o, em todas as capitais brasileiras.

Estudos

As evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas dispon&iacute;veis, de acordo com Adele, demonstram que o uso de antirretrovirais pode reduzir o risco de infec&ccedil;&atilde;o por HIV em mais de 90%, desde que o medicamento seja tomado corretamente, j&aacute; que a efic&aacute;cia est&aacute; diretamente relacionada &agrave; ades&atilde;o. A PrEP, entretanto, n&atilde;o substitui o uso da camisinha. &ldquo;N&atilde;o &eacute; um medicamento que se pode tomar de vez em quando. Tem que ser diariamente. E ele s&oacute; come&ccedil;a a fazer efeito sete dias para exposi&ccedil;&atilde;o por rela&ccedil;&atilde;o anal e 20 dias para exposi&ccedil;&atilde;o por rela&ccedil;&atilde;o vaginal&rdquo;, explicou.

HIV no Brasil

Dados do &uacute;ltimo boletim epidemiol&oacute;gico do minist&eacute;rio revelam que 827 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil atualmente. Desse total, 372 mil ainda n&atilde;o est&atilde;o em tratamento, sendo que 260 mil j&aacute; sabem que est&atilde;o infectadas e 112 mil n&atilde;o sabem que t&ecirc;m o v&iacute;rus. A aids, no pa&iacute;s, &eacute; considerada uma doen&ccedil;a estabilizada, com taxa de detec&ccedil;&atilde;o em torno de 19,1 casos para cada 100 mil habitantes. Ainda assim, o n&uacute;mero representa cerca de 40 mil novos casos ao ano.

Agencia Brasil

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&nbsp;

O projeto Fique Sabendo nos circuitos da folia j&aacute; realizou 1.428 testes r&aacute;pidos para detec&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus HIV, s&iacute;filis e hepatite C no primeiro dia de funcionamento. Desse total, 54 exames foram positivos para s&iacute;filis, 15 para HIV e um reagente para hepatite C. Os homens foram os respons&aacute;veis por todos os casos positivos de HIV, com idades entre 17 e 57 anos.

O Fique Sabendo incentiva durante o Carnaval a&nbsp;detec&ccedil;&atilde;o precoce das doen&ccedil;as sexualmente transmiss&iacute;veis (DSTs)&nbsp;atrav&eacute;s da realiza&ccedil;&atilde;o de testes r&aacute;pidos realizados em 30 minutos, colaborando assim para a interrup&ccedil;&atilde;o da cadeia de transmiss&atilde;o.

Os servi&ccedil;os s&atilde;o oferecidos gratuitamente ao p&uacute;blico atrav&eacute;s de duas unidades: no Multicentro Carlos Gomes, no Circuito Osmar, sempre das 10h &agrave;s 21h, e num m&oacute;dulo montado exclusivamente para estrat&eacute;gia na Rua Dias D&#39;&Aacute;vila, pr&oacute;ximo ao Farol da Barra, no Circuito Dod&ocirc;, das 10h &agrave;s 22h.

Ano passado 
Durante todo o Carnaval de 2016, o Fique Sabendo realizou 6.150 testes r&aacute;pidos, com 57 diagn&oacute;sticos positivos para HIV, 228 reagentes para s&iacute;filis e 20 para Hepatite C. Os pacientes com diagn&oacute;stico positivo para s&iacute;filis iniciam o tratamento no pr&oacute;prio circuito com a aplica&ccedil;&atilde;o de penicilina.

Baianos e turistas que est&atilde;o em Salvador em raz&atilde;o dos jogos ol&iacute;mpicos j&aacute; realizaram 39 testes para HIV e s&iacute;filis, numa parceria entre a Prefeitura e o Programa Conjunto das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre o HIV/AIDS (UNAIDS). Desses, tr&ecirc;s testes tiveram resultado positivo para s&iacute;filis. A unidade m&oacute;vel onde s&atilde;o realizados os testes at&eacute; ent&atilde;o estava instalada dentro da Arena Fonte Nova, onde s&atilde;o realizadas as partidas de futebol, mas a partir desta pr&oacute;xima quarta-feira (10) o ve&iacute;culo ficar&aacute; posicionado fora do est&aacute;dio, permanecendo assim at&eacute; o final do torneio em Salvador.

S&atilde;o apenas 30 minutos para a realiza&ccedil;&atilde;o do procedimento, que visa o diagn&oacute;stico precoce das doen&ccedil;as sexualmente transmiss&iacute;veis (DSTs). Os servi&ccedil;os s&atilde;o oferecidos gratuitamente aos interessados. Al&eacute;m dos testes r&aacute;pidos, os profissionais realizam a distribui&ccedil;&atilde;o de preservativos femininos e masculinos, al&eacute;m de prestar orienta&ccedil;&otilde;es sobre a import&acirc;ncia da pr&aacute;tica do sexo seguro para colaborar com a interrup&ccedil;&atilde;o da cadeia de transmiss&atilde;o das doen&ccedil;as.

Fonte: Agecom - Salvador

<img alt="" src="/fotos/gcma_noticias/13225/mg/África do Sul testará vacina contra HIV.jpg" style="float:right; height:195px; margin:5px; width:400px" />Os testes de uma nova vacina contra o HIV (sigla em ingl&ecirc;s do v&iacute;rus da imunodefici&ecirc;ncia humana, causador da Aids) v&atilde;o come&ccedil;ar este ano na &Aacute;frica do Sul, depois de ensaios preliminares em 2015 terem mostrado resultados promissores.

A vacina experimental veio depois de um medicamento similar, chamado RV144, ter sido testado na Tail&acirc;ndia em 2009. Este foi o primeiro sucesso depois de anos de tentativas para criar uma vacina. Um ano ap&oacute;s os testes de 2009, a efic&aacute;cia da RV144 foi avaliada com 60%. No entanto, ap&oacute;s tr&ecirc;s anos e meio de vacina&ccedil;&atilde;o, a efic&aacute;cia caiu para cerca de 31%.

A vacina anterior foi modificada para aumentar a resposta imunit&aacute;ria do organismo. Os pesquisadores tamb&eacute;m a modificaram para lidar com uma estirpe do HIV end&ecirc;mico ao continente africano.

Cerca de 250 pessoas participaram do teste preliminar de HVTN100 em 2015. Neste ano, a vacina ser&aacute; testada em 5.400 pessoas, em quatro cidades na &Aacute;frica do Sul, e continuar&aacute; por tr&ecirc;s anos.

&ldquo;Esperamos que este possa ser o primeiro regime de vacina&ccedil;&atilde;o oficial no mundo&rdquo;, declarou hoje (20) Gail Bekker, vice-diretor do Centro de HIV, e presidente eleito da Sociedade Internacional de HIV. &ldquo;Vamos ter uma vacina para combater [a epidemia de HIV]&rdquo;.

Os pesquisadores advertem, no entanto, que uma vacina por si s&oacute; n&atilde;o ser&aacute; suficiente para fornecer prote&ccedil;&atilde;o contra a doen&ccedil;a, sendo necess&aacute;rio manter as medidas existentes, incluindo preven&ccedil;&atilde;o, tratamento e interven&ccedil;&atilde;o social.

Reprodu&ccedil;&atilde;o: Ag&ecirc;ncia Brasil

1.314 testes r&aacute;pidos para detec&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus HIV, s&iacute;filis e hepatite C foram realizados no primeiro dia de funcionamento do Projeto Fique Sabendo nos circuitos da folia. Desse total, 49 exames foram positivos para s&iacute;filis, 17 para HIV e 14 reagentes para hepatite C. A estrat&eacute;gia visa a detec&ccedil;&atilde;o precoce das doen&ccedil;as sexualmente transmiss&iacute;veis (DST&rsquo;s) atrav&eacute;s da realiza&ccedil;&atilde;o de exames gratuitos, com o resultado divulgado em apenas 30 minutos. 
 
Este ano, o fato preocupante &eacute; que 65% dos pacientes com identifica&ccedil;&atilde;o soropositiva para HIV tinham entre 17 e 30 anos. &quot;Enquanto a Aids no Brasil tem uma leve tend&ecirc;ncia de queda, nessa faixa et&aacute;ria o n&uacute;mero de casos est&aacute; aumentando. Os jovens t&ecirc;m mais parceiros, se protegem menos e t&ecirc;m a falsa sensa&ccedil;&atilde;o de que o HIV &eacute; controlado&quot;, explicou Olivete Borba, coordenadora do projeto no Carnaval. 
 
Onde fazer os testes 
 
Os interessados em realizar os exames podem se dirigir aos dois postos do projeto Fique Sabendo instalados pela Prefeitura na Rua Marques de Le&atilde;o, na Barra, das 10 &agrave;s 22 horas, e na Pra&ccedil;a Municipal, em frente ao Elevador Lacerda, das 9 &agrave;s 21 horas, at&eacute; a ter&ccedil;a-feira (09).

Somente no s&aacute;bado (6), primeiro dia de funcionamento dos postos &nbsp;para testagem de DSTs, Aids e hepatites virais, mantidos pela Prefeitura de Salvador, 17 pessoas foram diagnosticadas com HIV, 49 com s&iacute;files e outras quatro com hepatite do tipo C. foram realizados 1.314 testes r&aacute;pidos.

Os dados foram divulgados na manh&atilde; deste domingo (7) pelo secret&aacute;rio municipal de Sa&uacute;de de Salvador, Jos&eacute; Ant&ocirc;nio Rodrigues Alves, durante entrevista coletiva para balan&ccedil;o do quarto dia de Carnaval.

Os dois postos do &quot;Fique Sabendo&quot;, ficam um na Rua Afonso Celso (Barra), em frente ao Beco da Off, e outro na Pra&ccedil;a Municipal, ao lado do Elevador Lacerda. &nbsp;&quot;O atendimento de ontem nas unidades &eacute; recorde, n&oacute;s nunca fizemos tantos testem em um &uacute;nico dia&quot;, disse o secret&aacute;rio, que atribui o aumento no n&uacute;mero de testes realizados &agrave; maior confian&ccedil;a das pessoas no sistema.

&quot;Essas unidades s&atilde;o dotadas de bioqu&iacute;micos, enfermeiros, psic&oacute;logos, assistentes sociais, que fazem o acompanhamento desses pacientes quando eles recebem o diagn&oacute;stico para que possam, de imediato, come&ccedil;ar o tratamento&quot;, explica Jos&eacute; Ant&ocirc;nio.

Os testes completos duram entre 30 e 40 minutos e o diagn&oacute;stico n&atilde;o &eacute; compartilhado com familiares ou acompanhantes do paciente - apenas se o pr&oacute;prio paciente solicitar a presen&ccedil;a de algu&eacute;m. O espa&ccedil;o, segundo o secret&aacute;rio, &eacute; bastante discreto e, se decidir, o foli&atilde;o que receber o diagn&oacute;stico positivo pode at&eacute; mesmo sair por uma outra porta da unidade.

Um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Infec&ccedil;&otilde;es do Jap&atilde;o descobriu que uma prote&iacute;na encontrada em seres humanos tem efeitos inibidores sobre o v&iacute;rus HIV, informou hoje (25) a emissora p&uacute;blica de televis&atilde;o NHK.

As c&eacute;lulas nas quais se encontra esse tipo de prote&iacute;na &ndash; denominada March8 &ndash; n&atilde;o infectam as c&eacute;lulas s&atilde;s, segundo as conclus&otilde;es do grupo de pesquisa.

Kenzo Tokunaga, um dos cientistas, espera que seja desenvolvido um medicamento que ajude o corpo humano a produzir essa prote&iacute;na com a qual podem ser tratados pacientes com o HIV.

Essa descoberta poderia beneficiar os 36,9 milh&otilde;es de portadores do v&iacute;rus em todo o mundo, a grande maioria na &Aacute;frica, de acordo com dados do Programa Conjunto das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre o HIV.

Nessa ter&ccedil;a-feira em Genebra, as Na&ccedil;&otilde;es Unidas anunciaram que pretendem duplicar o n&uacute;mero de tratamentos antirretrovirais de pessoas infectadas com o v&iacute;rus da aids at&eacute; 2020. Atualmente, pouco menos da metade das pessoas que vivem com o HIV tem acesso a esse tipo de tratamento.

O dia 1&ordm; de dezembro &eacute; o Dia Mundial de Luta contra a Aids.

Fonte: Ag&ecirc;ncia Brasil Foto: Ilustra&ccedil;&atilde;o

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