O n&uacute;mero de empregados com carteira de trabalho no setor privado atingiu 37,995 milh&otilde;es no trimestre encerrado em fevereiro deste ano. &Eacute; o maior valor da s&eacute;rie hist&oacute;rica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios (Pnad) Cont&iacute;nua, iniciada em 2012 pelo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge" target="_blank">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a>.

Houve um aumento de 0,7% em rela&ccedil;&atilde;o ao trimestre anterior (encerrado em novembro de 2023) Segundo o IBGE, n&atilde;o &eacute; uma varia&ccedil;&atilde;o estatisticamente relevante e significa estabilidade.

&ldquo;Essa estabilidade vem sendo precedida por sucessivos aumentos da popula&ccedil;&atilde;o com carteira de trabalho assinada&rdquo;, afirma a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.

Em rela&ccedil;&atilde;o ao ano anterior (trimestre encerrado em fevereiro de 2023), por exemplo, foi registrado crescimento de 3,2%, ou seja, mais 1,2 milh&atilde;o de trabalhadores com carteira assinada no setor privado.

Esses n&uacute;meros n&atilde;o consideram os trabalhadores dom&eacute;sticos, ainda que tenham carteira assinada. Esses se mantiveram est&aacute;veis (5,9 milh&otilde;es de pessoas) em ambas compara&ccedil;&otilde;es temporais. O mesmo aconteceu com os trabalhadores por conta pr&oacute;pria (25,4 milh&otilde;es) e os empregadores (4,2 milh&otilde;es).

Os empregados sem carteira no setor privado somaram 13,3 milh&otilde;es, estatisticamente est&aacute;vel na compara&ccedil;&atilde;o trimestral. Na compara&ccedil;&atilde;o com o ano anterior, no entanto, houve crescimento de 2,6%, ou seja, mais 331 mil pessoas.

Informalidade

O n&uacute;mero de trabalhadores informais ficou em 38,8 milh&otilde;es, abaixo dos 39,4 milh&otilde;es de trimestre anterior, mas acima dos 38,2 milh&otilde;es de fevereiro de 2023.

A popula&ccedil;&atilde;o ocupada (100,25 milh&otilde;es) manteve-se estatisticamente est&aacute;vel no trimestre, apesar da varia&ccedil;&atilde;o negativa, mas estatisticamente n&atilde;o significante, de 258 mil.

&ldquo;A parte informal da popula&ccedil;&atilde;o ocupada caiu em 581 mil pessoas, ou seja, a informalidade caiu mais do que a popula&ccedil;&atilde;o ocupada como um todo. Ent&atilde;o viramos o ano com uma redu&ccedil;&atilde;o mais acentuada do segmento informal da ocupa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explica a pesquisadora.

A taxa de informalidade que &eacute; o percentual dos trabalhadores informais em rela&ccedil;&atilde;o ao total da popula&ccedil;&atilde;o ocupada ficou em 38,7% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, abaixo dos 39,2% de novembro.

Ocupa&ccedil;&atilde;o

Como a popula&ccedil;&atilde;o ocupada cresceu 2,2% na compara&ccedil;&atilde;o anual, a taxa de informalidade de fevereiro deste ano tamb&eacute;m &eacute; inferior &agrave; registrada em fevereiro do ano passado (38,9%), mesmo que tenha tido um n&uacute;mero absoluto de trabalhadores informais superior (38,8 milh&otilde;es contra 38,2 milh&otilde;es).

O n&iacute;vel de ocupa&ccedil;&atilde;o, que &eacute; o percentual de pessoas ocupadas em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;quelas em idade de trabalhar, ficou em 57,1% em fevereiro deste ano, abaixo dos 57,4% do trimestre anterior mas acima dos 56,4% do ano passado.

Na compara&ccedil;&atilde;o trimestral, os setores com quedas na ocupa&ccedil;&atilde;o foram agricultura (-3,7%) e administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, sa&uacute;de e educa&ccedil;&atilde;o (-2,2%), enquanto transporte, armazenagem e correio foi o &uacute;nico segmento com alta (5,1%).

J&aacute; na compara&ccedil;&atilde;o anual, foi observada queda apenas na agricultura (-5,6%). Altas foram registradas na administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, sa&uacute;de e educa&ccedil;&atilde;o (2,8%), informa&ccedil;&atilde;o e comunica&ccedil;&atilde;o (6,5%), armazenagem e correio (7,7%) e ind&uacute;stria (3,1%).

Desemprego

A taxa de desemprego ficou em 7,8% em fevereiro deste ano, 0,3 ponto percentual acima do trimestre anterior (7,5%). Esse crescimento &eacute; sempre registrado no in&iacute;cio do ano, devido &agrave; base de compara&ccedil;&atilde;o ser o final do ano anterior, quando h&aacute; mais gera&ccedil;&atilde;o de postos de trabalho por conta do Natal.

Apenas em 2022, quando havia o efeito da pandemia de covid-19, n&atilde;o foi registrada alta da taxa de desemprego de novembro para fevereiro. Por outro lado, na compara&ccedil;&atilde;o com fevereiro do ano passado (8,6%), a taxa caiu 0,8 ponto percentual.

A popula&ccedil;&atilde;o desocupada ficou em 8,5 milh&otilde;es, alta de 4,1% na compara&ccedil;&atilde;o trimestral (ou seja, com novembro de 2023) e queda de 7,5% na compara&ccedil;&atilde;o anual (ou seja, com fevereiro do ano passado).

Subutiliza&ccedil;&atilde;o

A pesquisa tamb&eacute;m avalia o total de subutilizados no mercado de trabalho, contingente que soma desempregados, trabalhadores que gostariam de trabalhar mais horas, que gostariam de trabalhar mas estavam impedidos por algum motivo e aqueles que chegaram a buscar emprego mas n&atilde;o queriam trabalhar.

Os subutilizados somaram 20,637 milh&otilde;es de pessoas, ou seja, 3,4% a mais do que no trimestre anterior, mas 4,5% abaixo de fevereiro de 2023. A taxa de subutiliza&ccedil;&atilde;o ficou em 17,8%, 0,5 ponto percentual acima de novembro mas 1 ponto percentual abaixo do ano anterior.

Rendimento

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.110) cresceu 1,1% no trimestre e 4,3% no ano.

A massa de rendimento real habitual (R$ 307,3 bilh&otilde;es) atingiu novo recorde da s&eacute;rie hist&oacute;rica iniciada em 2012. N&atilde;o houve varia&ccedil;&atilde;o significativa no trimestre, mas houve alta de 6,7% (mais R$ 19,3 bilh&otilde;es) na compara&ccedil;&atilde;o anual.

A Bahia apresentou o segundo maior aumento absoluto no n&uacute;mero de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/divorcio" target="_blank">div&oacute;rcios registrados no Brasil entre 2021 e 2022</a>. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE),&nbsp;em 2022, foram 23.712 div&oacute;rcios judiciais ou por escrituras.&nbsp;J&aacute; em 2021, foram 19.244 separa&ccedil;&otilde;es.

Em n&uacute;meros percentuais, o estado cai para a s&eacute;tima posi&ccedil;&atilde;o, com aumento de 23,2% nas separa&ccedil;&otilde;es. Ainda assim, a marca est&aacute; acima da nacional, com aumento de 8,6% no n&uacute;mero de div&oacute;rcios.

Salvador

Assim como a Bahia, Salvador teve o segundo maior aumento absoluto, atr&aacute;s apenas de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Na capital baiana, foram 4.849 div&oacute;rcios judiciais ou por escritura em 2022, 1.523 a mais do que no ano anterior.

Na Bahia, em 2009, as pessoas que se divorciaram tinham ficado casadas, em m&eacute;dia, por 18,5 anos. Em 2019, esse tempo m&eacute;dio caiu para 15,2 anos. J&aacute; em 2022, chegou a 14,9 anos.

Apesar disso, a Bahia &eacute; o s&eacute;timo estado em que os casamentos mais duravam. O ranking &eacute; liderado pelo Rio Grande do Sul, onde as uni&otilde;es duravam 16,8 anos.

Casamentos civis

Ao todo, 60.534 casamentos foram realizados na Bahia em 2022 ante os 61.097 ocorridos em 2021, o que representa uma redu&ccedil;&atilde;o de 0,9%.

Em Salvador, a queda foi mais intensa: -8,2% registros, indo de 13.726 uni&otilde;es formais em 2021 para 12.598 em 2022.

O presidente do PT na Bahia, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/eden%20valadares" target="_blank">&Eacute;den Valadares</a>, comentou a queda na taxa de desocupa&ccedil;&atilde;o na Bahia que fechou o ano de 2023 em 13,2%. &Eacute; a taxa mais baixa para o estado em oito anos, de acordo com dados da PNAD Cont&iacute;nua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE).

Para o dirigente, o resultado se deve aos esfor&ccedil;os realizados pelo governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) para a atra&ccedil;&atilde;o de novos investimentos e o empenho da atual gest&atilde;o para gerar emprego e renda no estado.

&quot;&Eacute; Jer&ocirc;nimo trabalhando cada vez mais pelos baianos&quot;, celebrou &Eacute;den. &ldquo;Desde a campanha eleitoral de 2022 Jer&ocirc;nimo se comprometeu com a popula&ccedil;&atilde;o em melhorar sua qualidade de vida, com gera&ccedil;&atilde;o de mais emprego e renda. E cumprindo sua palavra, o governo baiano convocou de 2 mil jovens para contrata&ccedil;&atilde;o pelo Projeto Primeiro Emprego, em que os jovens s&atilde;o inclu&iacute;dos no mundo do trabalho, com emprego formal em institui&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas&rdquo;, completou o presidente.&nbsp;

De janeiro a setembro deste ano, conforme o dirigente partid&aacute;rio, 49 novos empreendimentos foram implantados no estado, gerando R$ 3,96 bilh&otilde;es em investimentos e 5 mil empregos.&nbsp;

A previs&atilde;o &eacute; de que, nos pr&oacute;ximos anos, sejam gerados 34,5 mil empregos, a partir de 380 empreendimentos, que foram ou est&atilde;o sendo instalados, ou ampliados no estado, com aporte de R$ 127 bilh&otilde;es para o incremento da economia baiana.

&ldquo;Al&eacute;m disso, desde o in&iacute;cio de sua gest&atilde;o Jer&ocirc;nimo tem cumprido extensas agendas internacionais em busca de investimentos. Na China, por exemplo, conseguiu trazer a montadora chinesa Build Your Dreams (BYD), que &eacute; a maior produtora de carros el&eacute;tricos do mundo. S&atilde;o 10 mil postos de trabalho na Bahia, entre empregos diretos e indiretos. Isso &eacute; motivo de alegria para n&oacute;s, do PT Bahia, que temos um governador t&atilde;o dedicado ao nosso povo, que viveu e entende as necessidades do povo que mais precisa&rdquo;, analisou o presidente do PT baiano.

Por &uacute;ltimo, &Eacute;den Valadares relembrou que Jer&ocirc;nimo tamb&eacute;m realizou outras viagens internacionais para apresentar o potencial de investimentos que a Bahia possui. Nos Emirados &Aacute;rabes, assinou termo de coopera&ccedil;&atilde;o com o aporte de R$ 12 bi na Bahia para produ&ccedil;&atilde;o de diesel verde a partir da carna&uacute;ba e do dend&ecirc; na Bahia.

A viagem &agrave; Alemanha foi uma oportunidade para Jer&ocirc;nimo apresentar o potencial que o estado possui, como recursos naturais para produ&ccedil;&atilde;o de energia renov&aacute;vel e grandes projetos que est&atilde;o no PAC-4 dezembro 2023. Agora, em viagem &agrave; Espanha, o governador busca promover o setor tur&iacute;stico e de energia renov&aacute;vel no estado.

Ap&oacute;s meio s&eacute;culo, o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge" target="_blank">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a> anunciou, no &uacute;ltimo dia 24 de janeiro, a substitui&ccedil;&atilde;o do termo &quot;aglomerados subnormais&quot; por &quot;favela&quot; e &quot;comunidades urbanas&quot; em suas pesquisas. A mudan&ccedil;a, j&aacute; v&aacute;lida para os Censos Demogr&aacute;ficos, levantamentos, contagens e demais materiais t&eacute;cnicos produzidos pelo IBGE, promete ser mais que uma troca de nomenclaturas.

Marcio Lima, presidente da Central &Uacute;nica das Favelas na Bahia (CUFA-Bahia), destaca que a ado&ccedil;&atilde;o do termo &quot;favelas&quot; proporcionar&aacute; maior visibilidade a esses espa&ccedil;os e contribuir&aacute; para o seu reconhecimento como lugar de viv&ecirc;ncias.

&quot;Havia uma dificuldade de contabilizar esses espa&ccedil;os, ent&atilde;o as pessoas ficavam em situa&ccedil;&atilde;o de car&ecirc;ncia. Quando a gente n&atilde;o fala que existe favela, a gente n&atilde;o mostra que esses lugares existem. As periferias est&atilde;o nas bordas das cidades, os sub&uacute;rbios tamb&eacute;m. Mas as favelas est&atilde;o espalhadas, inclusive dentro dos centros urbanos&quot;, explicou o presidente da CUFA-Bahia.

Mariana Viveiros, coordenadora de divulga&ccedil;&atilde;o do IBGE, tamb&eacute;m acredita que a ado&ccedil;&atilde;o do termo chamar&aacute; aten&ccedil;&atilde;o para a formula&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas por direitos fundamentais.

&quot;Tem muito a ver com uma s&eacute;rie de discuss&otilde;es mais ou menos recentes, que tratam internacionalmente inclusive da import&acirc;ncia do direito &agrave; habita&ccedil;&atilde;o e da valoriza&ccedil;&atilde;o dos recursos utilizados pelas pessoas para terem a sua casa, a sua resid&ecirc;ncia&quot;, explicou.

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Respeito&nbsp;ao povo que vem dela

Al&eacute;m de ampliar a discuss&atilde;o sobre o direito &agrave; moradia, a ado&ccedil;&atilde;o do termo &quot;favela&quot; tamb&eacute;m abre caminhos para a forma como esses espa&ccedil;os e as pessoas que neles residem s&atilde;o socialmente vistos.

&quot;A forma como as pessoas que vivem nesses espa&ccedil;os s&atilde;o tratadas. Quando morre algu&eacute;m, chamam de favela, mas quando &eacute; algo bom, chamam de comunidade. Durante a pandemia, as pessoas que moram nesses espa&ccedil;os deram um exemplo de log&iacute;stica e solidariedade. A favela &eacute; pot&ecirc;ncia, n&atilde;o car&ecirc;ncia&quot;, defendeu.

Para a coordenadora de divulga&ccedil;&atilde;o do IBGE, a substitui&ccedil;&atilde;o do termo &quot;aglomerados subnormais&quot; por &quot;favela e comunidades urbanas&quot; tem reflexo sobre a imagem criada sobre as pessoas que vivem nesses espa&ccedil;os.

&quot;Busca dar uma conota&ccedil;&atilde;o mais positiva, tira do termo a negatividade que o subnormal trazia, o aglomerado trazia. Isso &eacute; muito importante para ajudar na valoriza&ccedil;&atilde;o das pessoas que moram nessas localidades, da pot&ecirc;ncia dessas localidades, em termos de quest&otilde;es positivas, em termos de gera&ccedil;&atilde;o de renda, de pot&ecirc;ncia econ&ocirc;mica, de pot&ecirc;ncia criativa, de pot&ecirc;ncia de trabalho, e refor&ccedil;ando a necessidade urgente de que essas localidades tamb&eacute;m tenham todos os servi&ccedil;os, o saneamento b&aacute;sico, sejam reconhecidas e sejam tratadas com a aten&ccedil;&atilde;o que elas merecem, e os seus moradores tamb&eacute;m&quot;, defendeu.

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Em defesa das favelas de Salvador

At&eacute; dezembro de 2019, o IBGE havia identificado 270 favelas e comunidades urbanas em Salvador. Considerando todos os 734 munic&iacute;pios brasileiros onde foram identificadas favelas e comunidades urbanas at&eacute; dezembro de 2019 (13,2% do total de 5.570), Salvador tinha o 3&ordm; maior n&uacute;mero absoluto de domic&iacute;lios nessas &aacute;reas, ficando atr&aacute;s apenas das cidades de S&atilde;o Paulo (4.104.611) e Rio de Janeiro (2.352.594).

Em mar&ccedil;o de 2021, a C&acirc;mara Municipal de Salvador criou e instalou a Comiss&atilde;o Tempor&aacute;ria Especial em Defesa das Favelas. A iniciativa foi proposta pelo vereador George Pereira (PP), que se autointitula &quot;o gordinho da favela&quot;, seu nome de urna. O colegiado, &agrave; &eacute;poca de sua cria&ccedil;&atilde;o, tinha como principal fun&ccedil;&atilde;o debater a liga&ccedil;&atilde;o entre projetos sociais, projetos de infraestrutura, economia local, com foco nas pessoas que residem nesses espa&ccedil;os.

Para o vereador George Pereira, a mudan&ccedil;a de nomencltura representa o reconhecimento desses espa&ccedil;os geogr&aacute;ficos, mas tamb&eacute;m das pessoas que neles residem. &quot;O que me chama mais aten&ccedil;&atilde;o &eacute; que, para o IBGE, uma das caracter&iacute;sticas das favelas &eacute; aus&ecirc;ncia ou oferta prec&aacute;ria dos servi&ccedil;os b&aacute;sicos, como ilumina&ccedil;&atilde;o, &aacute;gua, esgoto e drenagem. E a&iacute; entra o nosso papel como servidor p&uacute;blico, correr atr&aacute;s dos direitos da nossa popula&ccedil;&atilde;o&quot;, destacou.&nbsp;

Apesar dos trabalhos da comiss&atilde;o, o Portal Salvador FM identificou, em busca realizada no site da C&acirc;mara Municipal, apenas oito proposi&ccedil;&otilde;es de parlamentares envolvendo o termo &quot;favela&quot;. Desse total, duas propostas foram de Projeto de Lei, dois Requerimentos Especiais, tr&ecirc;s Projetos de Incida&ccedil;&atilde;o e uma Mon&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

Projetos de Lei:

<ul>
	<li>PLE-229/2022 - Institui, no Calend&aacute;rio Oficial de Eventos do Munic&iacute;pio de Salvador, o Torneio da Ta&ccedil;a das Favelas - <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/emerson%20penalva" target="_blank">Autoria de Emerson Penalva</a>;&nbsp;</li>
	<li>PLE-269/2011 - Cria o Programa de Preven&ccedil;&atilde;o aos Inc&ecirc;ndios nas Favelas do municipio de Salvador, e d&aacute; outras provid&ecirc;ncias - <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/Andrea%20Mendonca" target="_blank">Autoria de Andrea Mendonca</a>.&nbsp;</li>
</ul>

Requerimentos Especiais:

<ul>
	<li>&nbsp;REP-9/2023 - Requer a Mesa, ouvido o Plen&aacute;rio, cria&ccedil;&atilde;o e instala&ccedil;&atilde;o de Comiss&atilde;o Tempor&aacute;ria Especial em Defesa das Favelas - <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/gordinho%20da%20favela" target="_blank">Autoria de George &quot;O gordinho da Favela&quot;</a>;</li>
	<li>REP-54/2021 - Requer &agrave; Mesa, ouvido o Plen&aacute;rio, cria&ccedil;&atilde;o e instala&ccedil;&atilde;o de Comiss&atilde;o Tempor&aacute;ria Especial em Defesa das Favelas - <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/gordinho%20da%20favela" target="_blank">Autoria George &quot;O Gordinho da Favela&quot;</a>.&nbsp;</li>
</ul>

Projetos de Indica&ccedil;&atilde;o:&nbsp;

<ul>
	<li>PIN-16/2013 - Indica ao Excelent&iacute;ssimo Sr. Prefeito, a cria&ccedil;&atilde;o do Programa de Preven&ccedil;&atilde;o aos Inc&ecirc;ndios nas Favelas, no munic&iacute;pio de Salvador - <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/leo%20prates" target="_blank">Autoria de Leo Prates</a>;</li>
	<li>PIN-864/2017 - Indica ao Exmo. Sr. Prefeito, a promo&ccedil;&atilde;o de um calend&aacute;rio de eventos intitulado &ldquo;Gueto Festival&rdquo;, com o intuito de fomentar as atividades musicais em conjunto com outras pr&aacute;ticas esportivas, art&iacute;sticas e culturais das favelas da cidade - <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/igor%20kannario" target="_blank">Autoria de Igor Kann&aacute;rio</a>;</li>
	<li>PIN-47/2012 - Indica ao Exmo. Prefeito Jo&atilde;o Henrique, a cria&ccedil;&atilde;o do Programa de Preven&ccedil;&atilde;o aos Inc&ecirc;ndios nas Favelas do Municipio de Salvador - <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/Andrea%20Mendonca" target="_blank">Autoria de Andrea Mendonca</a>.</li>
</ul>

Mon&ccedil;&atilde;o:

<ul>
	<li>MOC-93/2021 - Congratula&ccedil;&atilde;o em homenagem a Central &Uacute;nica das Favelas CUFA /BAHIA, presidida pelo senhor M&aacute;rcio Lima dos Santos, pelos relevantes servi&ccedil;os prestados junto a popula&ccedil;&atilde;o baiana principalmente no per&iacute;odo da pandemia - <a href="http://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/emerson%20penalva" target="_blank">Autoria de Emerson Penalva</a>.</li>
</ul>

<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ngYjinMk0e4?si=FCw0YyTc1vN-V4Mz" title="YouTube video player" width="560"></iframe>

A pr&eacute;via da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/inflacao" target="_blank">infla&ccedil;&atilde;o</a>, medida pelo IPCA-15, apresentou um aumento de 0,31% em janeiro, o que representa uma queda de 0,09 ponto percentual em compara&ccedil;&atilde;o com o m&ecirc;s de dezembro, quando a varia&ccedil;&atilde;o foi de 0,40%. Nos &uacute;ltimos 12 meses, o IPCA-15 registrou uma varia&ccedil;&atilde;o de 4,47%, abaixo dos 4,72% do per&iacute;odo anterior. Em janeiro de 2023, o &iacute;ndice subiu 0,55%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), o aumento de 1,53% no grupo de alimenta&ccedil;&atilde;o e bebidas teve um grande impacto no IPCA-15, contribuindo com 0,32 ponto percentual para o &iacute;ndice geral. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela alta no pre&ccedil;o da batata inglesa, que subiu 25,95% e teve o maior impacto individual no m&ecirc;s, contribuindo com 0,05 ponto percentual.

O IPCA-15 tamb&eacute;m mostrou que sete dos nove grupos pesquisados tiveram aumento, com destaque para alimenta&ccedil;&atilde;o e bebidas, que registrou a maior varia&ccedil;&atilde;o (1,53%) e o maior impacto (0,32 ponto percentual). O IBGE informou que o aumento de 2,04% nos pre&ccedil;os dos alimentos para consumo em casa foi impulsionado principalmente pelo aumento no pre&ccedil;o da batata inglesa, do tomate, do arroz, das frutas e das carnes.

Por outro lado, os pre&ccedil;os da alimenta&ccedil;&atilde;o fora de casa (0,24%) desaceleraram em rela&ccedil;&atilde;o ao m&ecirc;s anterior, com varia&ccedil;&otilde;es menores tanto nas refei&ccedil;&otilde;es (0,32%) quanto nos lanches (0,16%).

*Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasil

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge#!" target="_blank">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a> passar&aacute; a usar a denomina&ccedil;&atilde;o favelas e comunidades urbanas nos censos em substitui&ccedil;&atilde;o &agrave; express&atilde;o aglomerados subnormais. O termo favela era usado historicamente pelo &oacute;rg&atilde;o desde 1950. Segundo &nbsp;o IBGE, a pesquisa censit&aacute;ria daquele ano mostrou diversos desafios referentes &agrave; identifica&ccedil;&atilde;o, ao mapeamento e &agrave; classifica&ccedil;&atilde;o das favelas, come&ccedil;ando pela constru&ccedil;&atilde;o do conceito do termo, original do Rio de Janeiro, que era pouco conhecido em outras regi&otilde;es brasileiras.

&ldquo;Os resultados desse inqu&eacute;rito evidenciaram a relev&acirc;ncia de estudos espec&iacute;ficos sobre esses territ&oacute;rios, uma vez que apuraram que 7,2% da popula&ccedil;&atilde;o do Rio de Janeiro, ent&atilde;o Distrito Federal, j&aacute; naquele ano, residia em favelas&rdquo;, informou o IBGE em nota divulgada nesta ter&ccedil;a-feira (23) sobre a altera&ccedil;&atilde;o.

N&uacute;meros da ONU-Habitat 2022 indicam que aproximadamente 1 bilh&atilde;o de pessoas vivem atualmente em favelas e assentamentos informais, em todo o mundo. Para o IBGE, entretanto, a proje&ccedil;&atilde;o pode estar subestimada, diante das dificuldades de capta&ccedil;&atilde;o dos dados em diversos pa&iacute;ses e &agrave; dinamicidade de forma&ccedil;&atilde;o e dispers&atilde;o desses territ&oacute;rios. &ldquo;De acordo com a ONU-Habitat, em 2021, cerca de 56% da popula&ccedil;&atilde;o do planeta vivia em &aacute;reas urbanas, e essa taxa deve subir para 68% em 2050&rdquo;, completou.

Discuss&otilde;es

Antes da decis&atilde;o sobre o uso do termo favela, que ser&aacute; inclu&iacute;do no Censo 2022, o IBGE fez uma discuss&atilde;o ampla com movimentos sociais, representantes da comunidade acad&ecirc;mica e de diversos &oacute;rg&atilde;os governamentais. &ldquo;N&atilde;o houve altera&ccedil;&atilde;o no conte&uacute;do dos crit&eacute;rios que estruturam a identifica&ccedil;&atilde;o e o mapeamento dessas &aacute;reas e que orientaram a coleta do Censo Demogr&aacute;fico 2022&rdquo;, diz o instituto.

Conforme o coordenador de Geografia da Diretoria de Geoci&ecirc;ncias do IBGE, Cayo de Oliveira Franco, a divulga&ccedil;&atilde;o dos resultados do Censo 2022 no segundo semestre ser&aacute; realizada com base nos crit&eacute;rios utilizados para a identifica&ccedil;&atilde;o, o mapeamento e a coleta censit&aacute;ria. &ldquo;A nova nomenclatura foi escolhida a partir de estudos t&eacute;cnicos e de consultas a diversos segmentos sociais, visando garantir que a divulga&ccedil;&atilde;o dos resultados do Censo 2022 seja realizada a partir da perspectiva dos direitos constitucionais fundamentais da popula&ccedil;&atilde;o &agrave; cidade&rdquo;, afirma Franco na nota publicada no site do IBGE.

O IBGE explica que, na &oacute;tica das estat&iacute;sticas e informa&ccedil;&otilde;es oficiais mundiais, a identifica&ccedil;&atilde;o e a classifica&ccedil;&atilde;o de favelas e comunidades urbanas levam em considera&ccedil;&atilde;o alguns marcos, entre os quais est&atilde;o os Objetivos de Desenvolvimento do Mil&ecirc;nio, de 2000, que no item 7, refere-se &agrave; garantia da sustentabilidade ambiental, com a meta de at&eacute; 2020, melhorar significativamente a vida de pelo menos 100 milh&otilde;es de habitantes de favelas.

Desde 2003, o IBGE vinha realizando atividades de consulta para revis&atilde;o da nomenclatura. Em 2021, foi formado o Grupo de Trabalho de Favelas e Comunidades Urbanas. A inten&ccedil;&atilde;o era subsidiar o aprimoramento do Censo 2022 nas etapas da pesquisa e estruturar um novo processo de consulta para retomar a agenda de reformula&ccedil;&atilde;o do conceito Aglomerado Subnormal, usado at&eacute; aquele momento. A discuss&atilde;o continuou e, em setembro do ano passado, foi realizado o Encontro Nacional de Produ&ccedil;&atilde;o, An&aacute;lise e Dissemina&ccedil;&atilde;o de Informa&ccedil;&otilde;es sobre as Favelas e Comunidades Urbanas no Brasil.

O chefe do Setor de Territ&oacute;rios Sociais do IBGE, Jaison Luis Cervi, informou que, entre as decis&otilde;es estabelecidas depois dos processos de consulta, est&aacute; a aceita&ccedil;&atilde;o un&acirc;nime do termo favela, vinculado &agrave; reivindica&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica por reconhecimento e identidade dos movimentos populares. Al&eacute;m disso, chegou-se &agrave; conclus&atilde;o de que o termo deveria ser acompanhado de um complemento. O conceito deveria tamb&eacute;m ter acep&ccedil;&atilde;o positiva e ser um elemento de afirma&ccedil;&atilde;o, e n&atilde;o de estigmas, refor&ccedil;ando a sociabilidade, a identidade e as formas pr&oacute;prias de organiza&ccedil;&atilde;o de tais territ&oacute;rios.

&ldquo;Tamb&eacute;m se estabeleceu a import&acirc;ncia de que o conceito se refira a territ&oacute;rios com direitos n&atilde;o atendidos, em vez de territ&oacute;rios em desacordo com a legisla&ccedil;&atilde;o. Embora seja central evidenciar a pot&ecirc;ncia desses territ&oacute;rios, foi mencionado o desafio de que a desassist&ecirc;ncia de direitos seja tamb&eacute;m evidenciada pelas estat&iacute;sticas p&uacute;blicas&rdquo;, afirmou Cervi.

Com todas as conclus&otilde;es, o IBGE preparou a nova proposta de reda&ccedil;&atilde;o dos crit&eacute;rios e selecionou alternativas poss&iacute;veis para uma nova nomenclatura. As duas mais aceitas foram: favelas e comunidades urbanas e favelas e territ&oacute;rios populares.

Por fim, no processo de reuni&otilde;es internas e externas, a denomina&ccedil;&atilde;o &ldquo;favelas e comunidades urbanas&quot; foi a mais aderente &agrave;s discuss&otilde;es realizadas, por ser, inclusive, habitualmente utilizada pelas lideran&ccedil;as comunit&aacute;rias envolvidas nesse debate. Segundo o IBGE, ficou evidente a popularidade do termo, especialmente fora da Regi&atilde;o Sudeste, e a relev&acirc;ncia de um nome fortemente embasado nas pr&aacute;ticas sociais e comunit&aacute;rias desses territ&oacute;rios.

&ldquo;Valoriza-se, assim, os modos de criar, fazer e viver, reconhecidos no Artigo 216 da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal, por meio de um nome dotado de maior identifica&ccedil;&atilde;o com a popula&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse o chefe do Setor de Territ&oacute;rios Sociais.

A denomina&ccedil;&atilde;o favelas se manteve no Censo seguinte, em 1960, como refer&ecirc;ncia a esses territ&oacute;rios. &ldquo;Na compara&ccedil;&atilde;o com o Censo de 1950, o n&uacute;mero de favelas do Rio de Janeiro aumentou de 58 para 147. Foi neste Censo que o IBGE, pela primeira vez, passou a elaborar cartogramas pr&oacute;prios para a realiza&ccedil;&atilde;o da pesquisa nas cidades em substitui&ccedil;&atilde;o aos cadastros prediais e domiciliares. Com a acelera&ccedil;&atilde;o do processo de urbaniza&ccedil;&atilde;o, esse tema ganhou maior dimens&atilde;o e complexidade&rdquo;, revelou o IBGE.

A terminologia aglomerados urbanos excepcionais foi adotada no Censo de 1970. &ldquo;Apesar da mudan&ccedil;a de terminologia, o novo conceito reproduzia praticamente o mesmo conceito empregado para as favelas do Censo de 1950. O tratamento dos setores urbanos excepcionais no Censo de 1970 buscava atender a necessidade de realiza&ccedil;&atilde;o de levantamentos amostrais diferenciados e de tabula&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas&rdquo;, acrescentou o &oacute;rg&atilde;o.

A express&atilde;o foi mantida no Censo de 1980, embora tenha sido retirada a palavra excepcional do conceito, que passou a ser chamado setor especial de aglomerado urbano. Naquele ano, foram anotadas 2.280.063 pessoas residindo em 487.729 domic&iacute;lios particulares permanentes ocupados em favelas.

A primeira pesquisa a adotar o conceito aglomerado subnormal foi a do Censo 1990, adiado para 1991, que mantida ao lado do conceito uma observa&ccedil;&atilde;o entre par&ecirc;nteses: favelas e similares. &ldquo;Este &eacute; o censo em que o crit&eacute;rio da irregularidade fundi&aacute;ria torna-se a principal identifica&ccedil;&atilde;o dos aglomerados, sendo sempre associado a pelo menos uma precariedade de padr&otilde;es urban&iacute;sticos ou de atendimento por servi&ccedil;os p&uacute;blicos essenciais. Foram contadas 4.482.637 pessoas residindo em 1.028.911 domic&iacute;lios nestas &aacute;reas&rdquo;, informou o IBGE.

Naquele censo, foram criadas as comiss&otilde;es censit&aacute;rias municipais, que tinham o papel de ajudar na mobiliza&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o em cada munic&iacute;pio e dar apoio &agrave; etapa de coleta. Tamb&eacute;m foi criada a comiss&atilde;o consultiva, formada por especialistas que opinaram sobre o conte&uacute;do dos question&aacute;rios, a amostra e os m&eacute;todos de apura&ccedil;&atilde;o, entre outros aspectos.

O Censo 2000 marcou o fortalecimento da discuss&atilde;o com a sociedade civil sobre a produ&ccedil;&atilde;o de estat&iacute;sticas p&uacute;blicas, mantendo a denomina&ccedil;&atilde;o aglomerados subnormais para fazer refer&ecirc;ncia &agrave;s &aacute;reas conhecidas como favelas, comunidades, vilas, loteamentos, grotas e palafitas, entre outras. Foram contadas 6.535.634 pessoas residindo em 1.662.868 domic&iacute;lios particulares permanentes em aglomerados subnormais (favelas e similares).

Conforme o IBGE, &eacute; importante destacar que o Censo Demogr&aacute;fico 2000 foi a campo em per&iacute;odos pr&oacute;ximos &agrave;s pesquisas Munic [Pesquisas de Informa&ccedil;&otilde;es B&aacute;sicas Municipais] de 1999 e 2001, que revelaram um quantitativo de munic&iacute;pios com presen&ccedil;a de &ldquo;favelas e assemelhados&rdquo; &ndash; 1,269 &ndash; superior &agrave;quele demonstrado pela Base Territorial do Censo 2000, que contava com setores censit&aacute;rios de aglomerados subnormais em 225 munic&iacute;pios. As diverg&ecirc;ncias entre a Munic e o Censo 2000 ocorriam tamb&eacute;m nos quantitativos de favelas referenciados nos cadastros municipais e nos quantitativos de domic&iacute;lios presentes nessas &aacute;reas, &nbsp;segundo a compila&ccedil;&atilde;o das informa&ccedil;&otilde;es municipais, o que daria origem posteriormente a diversos esfor&ccedil;os institucionais para o aperfei&ccedil;oamento dos procedimentos de identifica&ccedil;&atilde;o e mapeamento dessas &aacute;reas.

A express&atilde;o favelas e assemelhados foi retirada no Censo 2010, o que, para o IBGE, trouxe grande avan&ccedil;o na identifica&ccedil;&atilde;o dos aglomerados subnormais, mantendo a nomenclatura principal utilizada nos censos de 1991 e 2000. &ldquo;Foram contadas 11.431.619 pessoas residindo em 3.229.434 domic&iacute;lios particulares permanentes em aglomerados subnormais.&rdquo;

Na pesquisa demogr&aacute;fica de 2010, em publica&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas, o IBGE ressaltou a import&acirc;ncia de diferenciar as condi&ccedil;&otilde;es socioecon&ocirc;micas da popula&ccedil;&atilde;o, &ldquo;com &ecirc;nfase na sua distribui&ccedil;&atilde;o no territ&oacute;rio nacional e no aproveitamento m&aacute;ximo das vari&aacute;veis do question&aacute;rio b&aacute;sico e do question&aacute;rio da amostra&rdquo;. Neste censo, o IBGE detalhou os resultados relativos a cada aglomerado, &ldquo;o que teve grande relev&acirc;ncia para os estudos urbanos no Brasil e para o desenvolvimento de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas locais.

De acordo com o IBGE, os resultados obtidos entre 1980 e 2010 refletem o aperfei&ccedil;oamento metodol&oacute;gico e operacional da pesquisa, que permitiu identificar com mais precis&atilde;o esses territ&oacute;rios em todo o pa&iacute;s. Apesar disso, o &oacute;rg&atilde;o destacou que os n&uacute;meros n&atilde;o permitem conclus&otilde;es a respeito da din&acirc;mica do surgimento, expans&atilde;o ou remo&ccedil;&atilde;o/reassentamento de favelas, dificultando a comparabilidade dos resultados.

&ldquo;O IBGE est&aacute; analisando, para a publica&ccedil;&atilde;o dos resultados do Censo Demogr&aacute;fico 2022, a comparabilidade com os resultados de 2010, identificando os territ&oacute;rios que j&aacute; existiam e n&atilde;o foram identificados, naquele ano, bem como os territ&oacute;rios que sofreram expans&atilde;o ou remo&ccedil;&atilde;o&rdquo;, conclui a institui&ccedil;&atilde;o.

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge#!" target="_blank">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) </a>atualizou o total das popula&ccedil;&otilde;es de ind&iacute;genas e de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/quilombolas" target="_blank">quilombolas</a> no pa&iacute;s, a partir dos dados das &uacute;ltimas apura&ccedil;&otilde;es do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/117575,censo-2022-do-ibge-traz-noticia-ruim-para-salvador-saiba-qual" target="_blank">Censo Demogr&aacute;fico 2022</a>. A popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena no pa&iacute;s &eacute; de 1.694.836, ou seja, 1.301 a mais do que os 1.693.535 da primeira apura&ccedil;&atilde;o, divulgada em agosto deste ano.&nbsp;

J&aacute; a popula&ccedil;&atilde;o quilombola &eacute; de 1.330.186, isto &eacute;, 2.384 a mais do que os 1.327.802 da primeira apura&ccedil;&atilde;o, divulgada em julho deste ano pelo IBGE.&nbsp;

Ind&iacute;genas&nbsp; 
Os ind&iacute;genas representam 0,83% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira (203,1 milh&otilde;es). E, segundo os dados mais recentes, 1,07 milh&atilde;o deles vivem fora de terras delimitadas (63,25% do total), enquanto apenas 623 mil vivem nessas &aacute;reas (36,75%).&nbsp;

A Amaz&ocirc;nia Legal tem 868,4 mil ind&iacute;genas, ou 51,23% do total. Entre as regi&otilde;es, a Norte concentra 753,8 mil deles (44,48% do total). Em seguida, aparecem as regi&otilde;es Nordeste (com 529,1 mil, ou 31,22%), Centro-Oeste (com 200,2 mil ou 11,81%), Sudeste (com 123,4 mil ou 7,28%) e Sul (com 88,3 mil ou 5,21%).&nbsp;

O Norte tamb&eacute;m tem a maior propor&ccedil;&atilde;o de ind&iacute;genas em sua popula&ccedil;&atilde;o total (4,34%), enquanto o Sudeste tem a menor (0,15%). J&aacute; o maior percentual vivendo em terras ind&iacute;genas ficou com o Centro-Oeste (57,06%). No Norte, a parcela &eacute; de 42,03%.&nbsp;

Amazonas &eacute; o estado com maior popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena (490,9 mil), seguido pela Bahia (229,4 mil). Roraima tem a maior propor&ccedil;&atilde;o dessas pessoas em rela&ccedil;&atilde;o ao total de sua popula&ccedil;&atilde;o (15,34%).

A terra ind&iacute;gena com maior popula&ccedil;&atilde;o &eacute; TI Yanomami, com 27.178. Os ind&iacute;genas se espalham por 4.833 munic&iacute;pios brasileiros, sendo que Manaus tem a maior popula&ccedil;&atilde;o absoluta (71,7 mil) e Uiramut&atilde; (RR), a maior popula&ccedil;&atilde;o relativa (96,6% do total dos habitantes).&nbsp;

Quilombolas&nbsp;

Os quilombolas representam 0,66% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira. A propor&ccedil;&atilde;o de pessoas vivendo fora de territ&oacute;rios quilombolas oficialmente reconhecidos &eacute; de 87,39% (1,07 milh&atilde;o).

A maioria da popula&ccedil;&atilde;o quilombola vive no Nordeste (906,3 mil ou 68,14% do total). No Sudeste, s&atilde;o 182,4 mil (13,71%), enquanto no Norte s&atilde;o 167,3 mil (12,58%). Com popula&ccedil;&otilde;es menores, aparecem o Centro-Oeste (com 45 mil ou 3,38%) e Sul (com 29,1 mil ou 2,19%).&nbsp;

Entre os estados, a Bahia tem a maior popula&ccedil;&atilde;o de quilombolas (397,5 mil), mas &eacute; o Maranh&atilde;o que tem a maior propor&ccedil;&atilde;o dessas pessoas entre sua popula&ccedil;&atilde;o total (3,97%).&nbsp;

H&aacute; presen&ccedil;a de quilombolas em 1.700 munic&iacute;pios brasileiros, dos quais se destacam Senhor do Bonfim (BA), com 16 mil, Salvador, com 15,9 mil, e Alc&acirc;ntara (MA), com 15,6 mil. O munic&iacute;pio maranhense, ali&aacute;s, tem a maior propor&ccedil;&atilde;o quilombola no total de sua popula&ccedil;&atilde;o (84,52%).&nbsp;

O n&uacute;mero de pessoas pardas no Brasil superou o de brancas pela primeira vez desde 1872. No ano passado, 92,1 milh&otilde;es de pessoas se reconheciam pardas, enquanto 88,3 milh&otilde;es, brancas. Os dados est&atilde;o no Censo 2022 e foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a>.&nbsp;

Entre os recenseamentos de 2010 e 2022, a popula&ccedil;&atilde;o branca caiu de 47,7% para 43,5%, deixando de ser majorit&aacute;ria. Por outro lado, os pardos aumentaram a participa&ccedil;&atilde;o de 43,1% para 45,3%.&nbsp;

A popula&ccedil;&atilde;o preta saltou de 7,6% para 10,2%. Em 2022 eram 20,7 milh&otilde;es de pessoas. A ra&ccedil;a ind&iacute;gena tamb&eacute;m aumentou a participa&ccedil;&atilde;o no total de habitantes do pa&iacute;s, de 0,4% para 0,6%, alcan&ccedil;ando 1,7 milh&atilde;o.

Al&eacute;m da popula&ccedil;&atilde;o branca, a amarela tamb&eacute;m apresentou recuo, de 1,1% para 0,4%, somando 850 mil pessoas.&nbsp;

Crit&eacute;rios

O IBGE tem como padr&atilde;o agrupar as pessoas em cinco categorias, de acordo com a ra&ccedil;a ou cor: branca, preta, amarela (de origem oriental), parda (inclui quem se identifica com a mistura de duas ou mais cores, exceto amarela) e ind&iacute;gena. A coleta de dados &eacute; feita por meio de autodeclara&ccedil;&atilde;o.

&Eacute; uma percep&ccedil;&atilde;o que a pessoa tem dela mesma. As pessoas usam a quest&atilde;o da cor da pele, da apar&ecirc;ncia, quest&otilde;es socioecon&ocirc;micas&rdquo;, explica o pesquisador do IBGE Leonardo Athias.&nbsp;

O instituto explica que utiliza o conceito de ra&ccedil;a como categoria socialmente constru&iacute;da na intera&ccedil;&atilde;o social e n&atilde;o como conceito biol&oacute;gico.

Outra ressalva feita pelo estudo &eacute; que a popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena no recenseamento &eacute; composta pelas pessoas que se declaram ind&iacute;genas no quesito de cor ou ra&ccedil;a &ndash; independentemente de viverem em terra ind&iacute;gena - e tamb&eacute;m pelas que se consideram ind&iacute;genas, mesmo se identificando com outra das quatro cores. Por exemplo, uma pessoa parda que mora em um territ&oacute;rio ind&iacute;gena e se considera parte da comunidade.&nbsp;

Assim, enquanto o Censo identifica 0,6% da popula&ccedil;&atilde;o (1,2 milh&atilde;o) como sendo da ra&ccedil;a ind&iacute;gena, a popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena &eacute; estimada em 0,8% (1,7 milh&atilde;o). &nbsp;

Trajet&oacute;ria hist&oacute;rica

Quando o primeiro censo foi realizado, em 1872, a popula&ccedil;&atilde;o parda (38,3%) era levemente superior &agrave; branca (38,1%). Ao longo das d&eacute;cadas, a popula&ccedil;&atilde;o branca foi se tornando majorit&aacute;ria at&eacute; alcan&ccedil;ar o pico de 63,5% em 1940 e entrar em tend&ecirc;ncia decrescente.

Tamb&eacute;m em 1940, os pardos atingiram a menor participa&ccedil;&atilde;o, 21,2%. Desde ent&atilde;o, seguiram trajet&oacute;ria de crescimento at&eacute; virarem majorit&aacute;rios em 2022 - apesar de recuo entre 1991 e 2000.

A popula&ccedil;&atilde;o preta somava 19,7% dos habitantes em 1872 e apresentou seguidas perdas de participa&ccedil;&atilde;o at&eacute; 1991, quando chegou &agrave; menor marca, 5%. Desde ent&atilde;o, mais que dobrou at&eacute; o Censo 2022, 10,2%.&nbsp;

O pesquisador Leonardo Athias explica que as mudan&ccedil;as no perfil da popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o ocorrem apenas pela quest&atilde;o demogr&aacute;fica, ou seja, nascimento ou morte de pessoas. Mas tamb&eacute;m por outros fen&ocirc;menos.&nbsp;

&ldquo;Essas varia&ccedil;&otilde;es t&ecirc;m a ver com a percep&ccedil;&atilde;o. Cor ou ra&ccedil;a &eacute; uma percep&ccedil;&atilde;o que as pessoas t&ecirc;m de si mesmas. &Eacute; um processo relacional, tem a ver com contexto socioecon&ocirc;micos, contextos das rela&ccedil;&otilde;es interraciais. &Eacute; sempre importante a gente frisar a multidimensionalidade do fen&ocirc;meno&rdquo;, contextualiza.&nbsp;

&ldquo;Mostra toda essa diversidade, variabilidade no tempo, no espa&ccedil;o, em rela&ccedil;&atilde;o ao pertencimento racial no Brasil&rdquo;, completa.&nbsp;

2010 a 2022

Ao analisar a tend&ecirc;ncia mais recente no perfil &eacute;tnico-racial da popula&ccedil;&atilde;o brasileira, entre os recenseamentos de 2010 e 2022, a popula&ccedil;&atilde;o preta apresenta 42,3% de crescimento proporcional, seguida pela parda (11,9%). A ind&iacute;gena teve a maior evolu&ccedil;&atilde;o percentual, 89%, sendo que na regi&atilde;o da Amaz&ocirc;nia Legal, o crescimento foi de 100%. &nbsp;

Para efeito de compara&ccedil;&atilde;o, a popula&ccedil;&atilde;o brasileira como um todo cresceu 6,5%. Brancos (-3,1%) e amarelos (-59,2%) apresentaram quedas.&nbsp;

Regi&otilde;es

Os dados do IBGE apresentam recortes por regi&otilde;es, estados e munic&iacute;pios. No Sul e no Sudeste, a popula&ccedil;&atilde;o branca &eacute; majorit&aacute;ria, chegando a 72,6% no Sul.&nbsp;

J&aacute; o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste t&ecirc;m maioria parda, com destaque para o Norte, com propor&ccedil;&atilde;o de 67,2%.&nbsp;

Entre os estados, o Rio Grande do Sul apresenta a maior propor&ccedil;&atilde;o de brancos, 78,4%. O Par&aacute; tem o maior &iacute;ndice de pardos, 69,9%. &nbsp;

A Bahia &eacute; o estado com maior percentual de pretos, 22,4%. Roraima tem a maior participa&ccedil;&atilde;o de ind&iacute;genas (14,1%), e S&atilde;o Paulo &eacute; onde os amarelos s&atilde;o mais numerosos, 1,2% dos habitantes do estado.&nbsp;

Munic&iacute;pios

A regi&atilde;o Sul, S&atilde;o Paulo e a parte sul de Minas Gerais &eacute; onde existem mais munic&iacute;pios com popula&ccedil;&atilde;o predominantemente branca. As cidades com maior participa&ccedil;&atilde;o de brancos entre seus habitantes s&atilde;o as ga&uacute;chas Morrinhos do Sul e Forquetinha, com 97,4% e 97,2% respectivamente.

As demais regi&otilde;es do pa&iacute;s s&atilde;o compostas por munic&iacute;pios com popula&ccedil;&atilde;o de maioria parda, com exce&ccedil;&otilde;es, principalmente, em &aacute;reas de fronteira na regi&atilde;o Norte e no sudeste do Par&aacute;, onde se destacam os ind&iacute;genas.&nbsp;

&quot;Tem uma concentra&ccedil;&atilde;o no norte de Roraima, mas tamb&eacute;m no Vale do Rio Negro e o Alto Solim&otilde;es&quot;, exemplifica o pesquisador do IBGE Fernando Damasco.&nbsp;

Uiramut&atilde;, em Roraima; e Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas, s&atilde;o os munic&iacute;pios com maior participa&ccedil;&atilde;o de ind&iacute;genas entre os habitantes, 96,6% e 96,2%.&nbsp;

Em todos os 5.570 munic&iacute;pios brasileiros, apenas nove t&ecirc;m popula&ccedil;&atilde;o majoritariamente preta. S&atilde;o oito na Bahia (Ant&ocirc;nio Cardoso, Cachoeira, Concei&ccedil;&atilde;o da Feira, Ouri&ccedil;angas, Pedr&atilde;o, Santo Amaro, S&atilde;o Francisco do Conde e S&atilde;o Gon&ccedil;alo dos Campos) e um no Maranh&atilde;o - Serrano do Maranh&atilde;o, com 58,5%. &nbsp;

Em valores absolutos, os munic&iacute;pios com mais pretos s&atilde;o, na ordem, S&atilde;o Paulo (1,16 milh&atilde;o), Rio de Janeiro (968 mil) e Salvador (825 mil). Entre as dez cidades com mais popula&ccedil;&atilde;o preta absoluta, a &uacute;nica que n&atilde;o &eacute; capital &eacute; a baiana Feira de Santana, com 180 mil pessoas.&nbsp;

Idade

Os dados coletados pelos recenseadores revelam que entre 2010 e 2022, a presen&ccedil;a de pardos cresceu em todos os grupos de idade pesquisados. Por outro lado, a popula&ccedil;&atilde;o branca teve redu&ccedil;&atilde;o em todas as faixas et&aacute;rias.

O IBGE apresenta ainda o &iacute;ndice de envelhecimento &ndash; n&uacute;mero de pessoas com 60 anos ou mais em rela&ccedil;&atilde;o a um grupo de 100 pessoas de at&eacute; 14 anos. Quanto maior o indicador, mais envelhecida &eacute; a popula&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

Enquanto no Brasil como um todo a rela&ccedil;&atilde;o &eacute; de 80 idosos para cada 100 jovens, a popula&ccedil;&atilde;o amarela apresenta 256,5 para cada 100 jovens. Em seguida aparecem os pretos, com indicador de 108,3. Brancos (98), pardos (60,6) e ind&iacute;genas (35,6) completam a sequ&ecirc;ncia.

Sexo

O Censo 2022 faz tamb&eacute;m uma rela&ccedil;&atilde;o entre cor e sexo. O Brasil tem 94,2 homens para cada 100 mulheres. Entre a popula&ccedil;&atilde;o preta, essa rela&ccedil;&atilde;o se inverte, sendo 103,9 homens para cada 100 mulheres.

Pardos (96,4) e ind&iacute;genas (97,1) tamb&eacute;m apresentam raz&atilde;o de sexo acima da m&eacute;dia nacional. Entre brancos e amarelos o indicador &eacute; de 89,9 e 89,2, respectivamente.&nbsp;

A expectativa de vida ao nascer no Brasil, em 2022, ficou em 75,5 anos, segundo dados das T&aacute;buas da Mortalidade, divulgados nesta quarta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE). O dado que projeta a longevidade dos brasileiros teve uma recupera&ccedil;&atilde;o parcial no ano passado ap&oacute;s dois anos seguidos de quedas em 2021 e 2020, quando a pandemia de covid-19 fez mais v&iacute;timas. &nbsp;

O estudo foi constru&iacute;do com base no Censo Demogr&aacute;fico de 2022, diferentemente dos anos anteriores, em que a expectativa de vida era calculada a partir de proje&ccedil;&otilde;es populacionais revisadas em 2018, que eram baseadas no Censo de 2010.&nbsp;

A informa&ccedil;&atilde;o mostra, pela primeira vez, os impactos da pandemia de covid-19 na expectativa de vida do brasileiro, e, com isso, o IBGE tamb&eacute;m revisou a esperan&ccedil;a de vida ao nascer divulgada nos anos anteriores. Os n&uacute;meros preliminares apontam que a expectativa de vida em 2020 foi de 74,8 anos, portanto, dois anos a menos do que o estimado anteriormente, de 76,8 anos. Em 2021, ano da pandemia com mais mortes, a proje&ccedil;&atilde;o foi de de 72,8 anos, ou seja, 4,2 anos a menos que os 77 anos publicados na divulga&ccedil;&atilde;o passada.

&ldquo;A gente fez uma estimativa n&atilde;o prevendo uma crise sanit&aacute;ria que afetasse os &oacute;bitos&rdquo;, explicou Izabel Marri, pesquisadora do IBGE, sobre os n&uacute;meros que foram publicados antes da revis&atilde;o.&nbsp;

Esperan&ccedil;a recuperada 
&ldquo;A esperan&ccedil;a de vida de 2022 &eacute; como se a gente recuperasse um pouco a esperan&ccedil;a de vida em rela&ccedil;&atilde;o ao pior ano da pandemia. Passado o pior ano, com o maior aumento de &oacute;bitos do mundo, a gente consegue recuperar um c&aacute;lculo de esperan&ccedil;a de vida ao nascer&quot;, afirma Marri.&nbsp;

Em rela&ccedil;&atilde;o aos anos pr&eacute;-pandemia, a revis&atilde;o do IBGE aponta para as seguintes expectativas de vida: 2019 (76,2 anos), 2018 (76,1 anos), 2017 (75,6 anos) e 2016 (75,3 anos). Portanto, com a revis&atilde;o do IBGE, a esperan&ccedil;a de vida ao nascer em 2022 &eacute; a menor desde 2017, excluindo os anos com maior mortalidade durante a pandemia (2020 e 2021) .

Marri acredita que, em 2023, cujos dados sair&atilde;o apenas em 2024, a expectativa de vida continuar&aacute; crescendo, recuperando as perdas ocorridas durante a pandemia. &ldquo;A gente j&aacute; recuperou um pouco o n&iacute;vel de esperan&ccedil;a de vida ao nascer e a gente tende a recuperar um pouco mais no pr&oacute;ximo ano&rdquo;, argumenta a pesquisadora.&nbsp;

Sexo&nbsp;

Em rela&ccedil;&atilde;o aos sexos, a expectativa de vida das mulheres ficou em 79 anos, abaixo dos 80,1 anos de 2019, enquanto a dos homens ficou em 72 anos, taxa tamb&eacute;m inferior aos 73,1 anos de 2019.&nbsp;

A probabilidade de morte do rec&eacute;m-nascido - registrada em 2022 - ficou em 12,84 por mil nascidos vivos, acima dos 11,94 por mil de 2019. Entre os homens, a taxa foi de 13,94 (superior aos 12,85 de 2019), enquanto entre as mulheres foi 11,69 (maior que os 10,98 de 2019).

A massa de rendimento salarial dos trabalhadores <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/23/brasil">brasileiros </a>registrou um novo aumento. De acordo com o&nbsp;Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE),&nbsp;houve um&nbsp;crescimento de 2,7% em compara&ccedil;&atilde;o com os tr&ecirc;s meses anteriores.

Desta forma, o terceiro trimestre do ano fechou em R$293 bilh&otilde;es, valor que faz o pa&iacute;s atingir&nbsp;o patamar mais elevado desde o in&iacute;cio da s&eacute;rie hist&oacute;rica em 2012. O crescimento se deu devido a evolu&ccedil;&atilde;o do rendimento m&eacute;dio dos trabalhadores, que encerrou o per&iacute;odo em R$ 2.982, marcando um aumento de 1,7% em rela&ccedil;&atilde;o ao trimestre anterior. Esse valor &eacute; o mais alto desde marco de 2021, quando era de R$ 2.992.

Os dados s&atilde;o um reflexo do&nbsp;aumento da popula&ccedil;&atilde;o ocupada, um total de 99,8 milh&otilde;es de profissionais, atingindo o maior n&iacute;vel da s&eacute;rie hist&oacute;rica.&nbsp;A expans&atilde;o salarial dos trabalhadores no terceiro trimestre foi impulsionada pelo aumento das remunera&ccedil;&otilde;es m&eacute;dias oferecidas pela ind&uacute;stria (5,3%, correspondente a um acr&eacute;scimo de R$ 149) e pela administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica (1,7%, equivalente a um acr&eacute;scimo de R$ 71).

Na ocupa&ccedil;&atilde;o, vale destacar os profissionais com carteira de trabalho assinada (1,9%, ou mais R$ 51), funcion&aacute;rios do setor p&uacute;blico, inclusive servidor estatut&aacute;rio e militar (2,1%, ou mais R$ 93), e trabalhadores por conta pr&oacute;pria (2.3%, ou mais R$ 54).

A taxa de desocupa&ccedil;&atilde;o ficou em 7,7% no terceiro trimestre, com varia&ccedil;&atilde;o de -0,4 ponto percentual (p.p.) na compara&ccedil;&atilde;o com os tr&ecirc;s meses anteriores. &Eacute; o menor n&iacute;vel desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (7,5%). O n&uacute;mero de desempregados recuou 3,8% no trimestre, chegando a 8,3 milh&otilde;es de pessoas. J&aacute; o n&uacute;mero de ocupados atingiu um patamar recorde na s&eacute;rie hist&oacute;rica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios Cont&iacute;nua (Pnad Cont&iacute;nua), iniciada em 2012: 99,8 milh&otilde;es de pessoas. Os dados foram divulgados nesta ter&ccedil;a-feira (31) pelo IBGE.

&ldquo;A queda na taxa de desocupa&ccedil;&atilde;o foi induzida pelo crescimento expressivo no n&uacute;mero de pessoas trabalhando e pela retra&ccedil;&atilde;o de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023&rdquo;, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domic&iacute;lios do IBGE, Adriana Beringuy.

Na compara&ccedil;&atilde;o com o trimestre anterior, o n&uacute;mero de ocupados cresceu 0,9%, o que representa 929 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. Com isso, o n&iacute;vel da ocupa&ccedil;&atilde;o foi estimado em 57,1%, com crescimento de 0,4 p.p. na mesma compara&ccedil;&atilde;o. Essa taxa representa o percentual de ocupados na popula&ccedil;&atilde;o em idade de trabalhar.

A maior parte desse aumento no n&uacute;mero de ocupados (587 mil pessoas) veio da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, que, com o acr&eacute;scimo de 1,6%, chegou a 37,4 milh&otilde;es de trabalhadores. Essa foi a &uacute;nica categoria investigada pela pesquisa que apresentou crescimento significativo. As demais permaneceram est&aacute;veis frente ao trimestre anterior. Na compara&ccedil;&atilde;o com o mesmo per&iacute;odo do ano passado, o aumento dessa categoria foi de 1,1 milh&atilde;o de pessoas (3,0%).

&ldquo;Em rela&ccedil;&atilde;o ao trimestre m&oacute;vel anterior, mais da metade das pessoas que foram inseridas no mercado de trabalho foram provenientes do crescimento da carteira assinada. Isso fez com que a expans&atilde;o da ocupa&ccedil;&atilde;o formal fosse muito maior que a da informal&rdquo;, destaca. No trimestre, o mercado de trabalho absorveu 631 mil trabalhadores formais e 299 mil informais. A taxa de informalidade chegou a 39,1% do total de ocupados, o que representa estabilidade frente ao trimestre encerrado em junho. Ao todo, foram estimados 39 milh&otilde;es de trabalhadores informais no pa&iacute;s.

Em rela&ccedil;&atilde;o aos setores econ&ocirc;micos analisados pela pesquisa, o &uacute;nico que registrou aumento significativo no seu n&uacute;mero de ocupados foi o de informa&ccedil;&atilde;o, comunica&ccedil;&atilde;o e atividades financeiras, imobili&aacute;rias, profissionais e administrativas (3,5%, ou mais 420 mil pessoas). As outras nove atividades ficaram est&aacute;veis na compara&ccedil;&atilde;o com o trimestre m&oacute;vel encerrado em junho.

&ldquo;De modo geral, as atividades econ&ocirc;micas n&atilde;o tiveram redu&ccedil;&atilde;o de trabalhadores, n&atilde;o houve processo de dispensa. No setor de informa&ccedil;&atilde;o, comunica&ccedil;&atilde;o e atividades financeiras, imobili&aacute;rias, profissionais e administrativas, os destaques foram os segmentos de servi&ccedil;os financeiros e de loca&ccedil;&atilde;o de m&atilde;o de obra. Embora essa atividade tenha se destacado no p&oacute;s-pandemia por causa dos servi&ccedil;os de tecnologia da informa&ccedil;&atilde;o, agora tem registrado expans&otilde;es seguidas n&atilde;o s&oacute; relacionadas a esse segmento, mas tamb&eacute;m aos servi&ccedil;os de loca&ccedil;&atilde;o de m&atilde;o de obra, administrativos, jur&iacute;dicos e financeiros. Al&eacute;m disso, boa parte do crescimento do trabalho com carteira assinada no trimestre veio por meio dessa atividade&rdquo;, ressalta Beringuy.

O n&uacute;mero de pessoas dentro da for&ccedil;a de trabalho, em que s&atilde;o somados ocupados e desocupados, chegou a 108,2 milh&otilde;es, com alta de 597 mil pessoas no trimestre. No mesmo per&iacute;odo, a popula&ccedil;&atilde;o fora da for&ccedil;a, estimada em 66,8 milh&otilde;es, ficou est&aacute;vel, assim como o n&uacute;mero daqueles que est&atilde;o na for&ccedil;a de trabalho potencial (6,5 milh&otilde;es). Esse grupo re&uacute;ne as pessoas que n&atilde;o estavam ocupadas nem em busca de trabalho, mas tinham potencial de se transformarem em for&ccedil;a de trabalho.

J&aacute; os desalentados, subgrupo da for&ccedil;a de trabalho potencial, somaram 3,5 milh&otilde;es, o menor contingente desde o trimestre encerrado em 2016 (3,5 milh&otilde;es). Foi uma queda de 4,6% na compara&ccedil;&atilde;o com o trimestre m&oacute;vel anterior, o que representa 168 mil pessoas a menos.

Rendimento cresce 1,7% frente ao trimestre anterior

O rendimento m&eacute;dio real foi estimado em R$2.982, um crescimento de 1,7% em rela&ccedil;&atilde;o ao trimestre encerrado em junho e de 4,2% frente ao mesmo per&iacute;odo do ano passado. &ldquo;Na compara&ccedil;&atilde;o com o trimestre anterior, houve aumento no rendimento m&eacute;dio dos empregados com carteira no setor privado, empregados no setor p&uacute;blico e trabalhadores por conta pr&oacute;pria. Entre as atividades, houve expans&atilde;o significativa do rendimento dos trabalhadores da ind&uacute;stria e da administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, defesa, seguridade social, educa&ccedil;&atilde;o, sa&uacute;de humana e servi&ccedil;os sociais&rdquo;, diz Beringuy.

Acompanhando o aumento do rendimento m&eacute;dio, a massa de rendimento atingiu novamente o maior patamar da s&eacute;rie hist&oacute;rica da pesquisa, ao ser estimada em R$ 293 bilh&otilde;es. Frente aos tr&ecirc;s meses anteriores, o aumento foi de 2,7%. &ldquo;Diante de uma expans&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o ocupada, temos como resultado o aumento da massa de rendimento real. Essa alta pode ter influ&ecirc;ncia da maior participa&ccedil;&atilde;o de trabalhadores formais no mercado de trabalho, que t&ecirc;m, em m&eacute;dia, rendimentos maiores&rdquo;, analisa a pesquisadora.

Considerado a pr&eacute;via da infla&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/23/brasil">Brasil</a>, o&nbsp;<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ipca">&Iacute;ndice Nacional de Pre&ccedil;os ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15)</a>&nbsp;registrou desacelera&ccedil;&atilde;o e ficou em 0,21% em outubro. Os dados foram divulgados na manh&atilde; desta quinta-feira (26), pelo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE).</a>

Em setembro, o &iacute;ndice foi de 0,35% em setembro. J&aacute; em&nbsp;agosto ficou em 0,28%. Em julho, houve defla&ccedil;&atilde;o de 0,07%, a primeira em 10 meses.

No acumulado de 12 meses at&eacute; outubro, o IPCA-15 ficou em 5,05%, acelerando em rela&ccedil;&atilde;o aos 5% registrados at&eacute; setembro. A proje&ccedil;&atilde;o do consenso Refinitiv era a de que o &iacute;ndice ficasse em 5,04%. No acumulado do ano, at&eacute; outubro, o IPCA-15 ficou em 3,96%.

Ainda de acordo com a pesquisa,&nbsp;sete dos nove grupos avaliados registraram alta durante o m&ecirc;s, senda a&nbsp;maior varia&ccedil;&atilde;o e impacto nos transportes, com a disparada dos pre&ccedil;os das passagens a&eacute;reas, que avan&ccedil;aram 23,75% (com impacto de 0,16 ponto percentual).

J&aacute; Transporte por aplicativo (5,64%) e emplacamento e licen&ccedil;a (1,64%) tamb&eacute;m registraram alta.&nbsp;Em rela&ccedil;&atilde;o aos combust&iacute;veis, houve queda da gasolina (-0,56%), do etanol (-0,27%) e do g&aacute;s veicular (-0,27%), enquanto o &oacute;leo diesel (1,55%) subiu.

Os grupos de sa&uacute;de e cuidados pessoais (0,28%) e habita&ccedil;&atilde;o (0,26%) tamb&eacute;m registraram alta.

J&aacute; entre os grupos em queda, houve redu&ccedil;&atilde;o pelo quinto m&ecirc;s seguido do grupo de alimenta&ccedil;&atilde;o e bebidas (-0,31%). Os demais grupos ficaram entre a queda de comunica&ccedil;&atilde;o (-0,29%) e a alta de despesas pessoais (0,31%).

A redu&ccedil;&atilde;o populacional verificada em algumas cidades brasileiras no Censo 2022 tem gerado protestos e preocupa&ccedil;&otilde;es entre as prefeituras afetadas devido aos cortes nos recursos do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/fpm">Fundo de Participa&ccedil;&atilde;o dos Munic&iacute;pios (FPM)</a>.&nbsp;

Durante uma audi&ecirc;ncia p&uacute;blica realizada na <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/camara%20dos%20deputados">C&acirc;mara dos Deputados</a> nesta quarta-feira (20), a comiss&atilde;o externa respons&aacute;vel pelo assunto constatou que 757 munic&iacute;pios foram atingidos, resultando em uma perda total de R$ 1,5 bilh&atilde;o no primeiro semestre deste ano. As regi&otilde;es Norte e Nordeste s&atilde;o as mais impactadas, com 23% e 17% das cidades afetadas, respectivamente.

O deputado federal <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/gabriel%20nunes">Gabriel Nunes (PSD-BA)</a>, relator da comiss&atilde;o especial, dirigiu duras cr&iacute;ticas ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), que esteve representado na audi&ecirc;ncia por assessores e diretores.&nbsp;

&quot;Infelizmente, o IBGE n&atilde;o conseguiu responder tantos relatos importantes, tanta preocupa&ccedil;&atilde;o que estamos tendo com os reflexos desse Censo t&atilde;o mal feito, onde quase 800 munic&iacute;pios tiveram uma perda populacional t&atilde;o grande&quot;, declarou Nunes.

Nunes acrescentou: &quot;Isso vem trazendo preju&iacute;zos enormes para os prefeitos e prefeitas. Na comiss&atilde;o, trabalhamos muito para que possa ser reduzido esses reflexos t&atilde;o perversos aos munic&iacute;pios e que possam responder o que aconteceu com esse Censo e como a popula&ccedil;&atilde;o teve uma redu&ccedil;&atilde;o t&atilde;o significativa.&quot; O relator enfatizou a unidade da bancada municipalista em busca do fortalecimento dos munic&iacute;pios e do apoio aos prefeitos e prefeitas que est&atilde;o enfrentando essa situa&ccedil;&atilde;o.

A representante da Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional dos Munic&iacute;pios (CNM), Thalyta Alves, tamb&eacute;m presente na audi&ecirc;ncia, destacou que o FPM &eacute; a principal receita de 64% dos munic&iacute;pios brasileiros e expressou preocupa&ccedil;&atilde;o com a falta de financiamento adequado para a realiza&ccedil;&atilde;o do Censo 2022. &quot;N&oacute;s trabalhamos em prol do or&ccedil;amento para que o censo fosse realizado com recursos suficientes e que ele fosse, de fato, refletir a realidade dos nossos munic&iacute;pios&quot;, afirmou.

Ela enfatizou a import&acirc;ncia do censo n&atilde;o apenas para os munic&iacute;pios, mas para todas as estruturas de governo, j&aacute; que todos os programas federais dependem ou consideram o porte populacional para a distribui&ccedil;&atilde;o dos recursos. A audi&ecirc;ncia p&uacute;blica deixou claro que o debate em torno dos cortes no FPM e da precis&atilde;o do Censo 2022 continuar&aacute; sendo uma quest&atilde;o priorit&aacute;ria para as prefeituras e parlamentares envolvidos.

Na ocasi&atilde;o, o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Pereira, defendeu o censo e disse que as diretrizes para a realiza&ccedil;&atilde;o do levantamento foram tra&ccedil;adas pela Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas. Pereira afirmou ainda que o Brasil &eacute; refer&ecirc;ncia para outros pa&iacute;ses na execu&ccedil;&atilde;o desse protocolo.

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/stf">Supremo Tribunal Federal (STF)</a> fixou prazo at&eacute; 30 de junho de 2025 para que o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/congresso%20nacional">Congresso Nacional</a> edite lei complementar, prevista na Constitui&ccedil;&atilde;o Federal, que <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/117591,populacao-da-bahia-cresce-pouco-e-estado-pode-perder-duas-vagas-na-camara-dos-deputados-entenda">permita revisar a distribui&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de cadeiras de deputados federais em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; popula&ccedil;&atilde;o de cada unidade da federa&ccedil;&atilde;o</a>.

A decis&atilde;o un&acirc;nime foi tomada na sess&atilde;o virtual encerrada na &uacute;ltima sexta-feira (25), na A&ccedil;&atilde;o Direta de Inconstitucionalidade por Omiss&atilde;o (ADO) 38, ajuizada pelo governo do Par&aacute;. Por unanimidade, foi seguido o voto do relator, ministro Luiz Fux.

Na a&ccedil;&atilde;o, o governo do Par&aacute; apontou omiss&atilde;o do Congresso Nacional em editar a lei complementar prevista no artigo 45, par&aacute;grafo 1&ordm;, da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal.&nbsp;

O dispositivo estabelece que &ldquo;o n&uacute;mero total de deputados, bem como a representa&ccedil;&atilde;o por estado e pelo Distrito Federal, ser&aacute; estabelecido por lei complementar, proporcionalmente &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, procedendo-se aos ajustes necess&aacute;rios, no ano anterior &agrave;s elei&ccedil;&otilde;es, para que nenhuma daquelas unidades da Federa&ccedil;&atilde;o tenha menos de oito ou mais de setenta deputados&rdquo;.

A distribui&ccedil;&atilde;o dos 513 deputados federais foi estabelecida em 1993 pela Lei Complementar (LC) 78, e o Estado do Par&aacute; argumentou que teria direito &agrave; representa&ccedil;&atilde;o parlamentar de mais quatro deputados desde 2010.

Assimetria representativa

Em seu voto, Fux afirmou que o n&atilde;o cumprimento da regra sobre a revis&atilde;o peri&oacute;dica da proporcionalidade na rela&ccedil;&atilde;o deputado/popula&ccedil;&atilde;o ofende a Constitui&ccedil;&atilde;o Federal e viola o direito pol&iacute;tico fundamental ao sufr&aacute;gio e ao princ&iacute;pio democr&aacute;tico, na medida em que cria uma &quot;assimetria representativa&quot;.

Ele explicou que a exist&ecirc;ncia de proporcionalidade entre o n&uacute;mero de deputados federais e a popula&ccedil;&atilde;o de cada estado &eacute; decorr&ecirc;ncia do bicameralismo adotado pela Constitui&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que cabe &agrave; C&acirc;mara dos Deputados representar o povo, ao passo que ao Senado cabe a representa&ccedil;&atilde;o dos estados.&nbsp;

Fux lembrou, inclusive, que a Constitui&ccedil;&atilde;o Federal fixa o n&uacute;mero de deputados federais como a base de c&aacute;lculo para o n&uacute;mero de deputados estaduais e distritais.

Mora legislativa

O ministro Luiz Fux observou que, desde a edi&ccedil;&atilde;o da Lei Complementar 78/1993, que fixou em 513 o n&uacute;mero atual de deputados federais, jamais houve a revis&atilde;o peri&oacute;dica.&nbsp;

Ao seu ver, a omiss&atilde;o do Congresso Nacional em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; mat&eacute;ria resulta em &ldquo;mau funcionamento do sistema democr&aacute;tico, relacionado &agrave; sub-representa&ccedil;&atilde;o das popula&ccedil;&otilde;es de alguns estados na C&acirc;mara dos Deputados em grau n&atilde;o admitido pela Constitui&ccedil;&atilde;o&rdquo;.

TSE

Caso o Congresso Nacional n&atilde;o cumpra a determina&ccedil;&atilde;o de editar lei sobre a mat&eacute;ria no prazo fixado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poder&aacute; fixar, at&eacute; 1&ordm; de outubro de 2025, o n&uacute;mero de deputados federais de cada estado e do Distrito Federal para a legislatura que se iniciar&aacute; em 2027, bem como o consequente n&uacute;mero de deputados estaduais e distritais.&nbsp;

No caso, dever&atilde;o ser observados o piso e o teto constitucional por circunscri&ccedil;&atilde;o, bem como os dados demogr&aacute;ficos coletados pelo IBGE no Censo 2022 e a metodologia utilizada em resolu&ccedil;&atilde;o do TSE sobre o tema (Resolu&ccedil;&atilde;o-TSE 23.389/2013).&nbsp;

A taxa de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/desemprego" target="_blank">desemprego </a>caiu na segundo trimestre de 2023 na Bahia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge" target="_blank">IBGE</a>). Apesar do saldo positivo, o estado segue em segundo no ranking de entes da federa&ccedil;&atilde;o com mais desempregados, atr&aacute;s apenas de Pernambuco.

A taxa de desocupa&ccedil;&atilde;o mede a propor&ccedil;&atilde;o de pessoas de 14 anos ou mais de idade que est&atilde;o desocupadas (n&atilde;o trabalharam e procuraram trabalho) em rela&ccedil;&atilde;o ao total de pessoas que est&atilde;o na for&ccedil;a de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).

Mesmo com a melhora nos n&uacute;meros, a taxa de desocupa&ccedil;&atilde;o na Bahia segue bem <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/118834,desemprego-recua-para-8percent-no-segundo-trimestre" target="_blank">acima da nacional (8,0% no 2&ordm; trimestre)</a> e equivale a quase seis vezes a menor, registrada em Rond&ocirc;nia (2,4%).&nbsp;

De acordo com o IBGE, a taxa de desocupa&ccedil;&atilde;o na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador ficou em 16,6%, mantendo-se como a segunda maior entre as regi&otilde;es metropolitanas, abaixo da RM de Recife.&nbsp;

J&aacute; Salvador tamb&eacute;m apresentou queda no n&uacute;mero de desempregados - com 16% da popula&ccedil;&atilde;o sem trabalho. &Eacute;, no trimestre, a segunda capital do pa&iacute;s em desocupa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

O IBGE aponta que a alta do n&uacute;mero de trabalhadores do 1&ordm; para o 2&ordm; trimestre/23, na Bahia, foi puxada pelo aumento no n&uacute;mero de empregados do setor privado com carteira assinada (+4,6% ou mais 70 mil) e no setor p&uacute;blico (+6,0% ou mais 47 mil).

O setor de servi&ccedil;os no <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/brasil">Brasil</a> encerrou o primeiro semestre de 2023 com alta de 4,7% em sua atividade econ&ocirc;mica, mostrou nesta quinta-feira (10) a Pesquisa Mensal de Servi&ccedil;os, divulgada pelo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a>.&nbsp;

O resultado foi obtido com a alta de 0,2% na passagem de maio para junho, puxada pela recupera&ccedil;&atilde;o parcial dos servi&ccedil;os profissionais, administrativos e complementares.

O volume de servi&ccedil;os prestados no pa&iacute;s chegou em junho a patamar 12,1% maior que o de fevereiro de 2020, refer&ecirc;ncia da atividade econ&ocirc;mica pr&eacute;-pandemia de covid-19. Apesar disso, o montante ainda est&aacute; 1,5% abaixo do &aacute;pice atingido na s&eacute;rie hist&oacute;rica, em dezembro do ano passado.

O aumento no volume de servi&ccedil;os se deu em 16 unidades da Federa&ccedil;&atilde;o. S&atilde;o Paulo (0,3%), Paran&aacute; (1,9%), Distrito Federal (2,9%) e Minas Gerais (0,9%) foram as que mais influenciaram positivamente o indicador nacional. A principal contribui&ccedil;&atilde;o negativa veio do Rio de Janeiro (-2,4%).

A compara&ccedil;&atilde;o com junho do ano passado mostra crescimento de 4,1%, a 28&ordf; taxa positiva seguida nesse indicador.

Segmentos

Entre os setores que contribu&iacute;ram para a varia&ccedil;&atilde;o positiva de junho est&atilde;o as empresas de atividades jur&iacute;dicas, as de administra&ccedil;&atilde;o de cart&otilde;es de desconto e de programas de fidelidade e as de engenharia. Esses prestadores de servi&ccedil;os fizeram com que os servi&ccedil;os profissionais, administrativos e complementares interrompessem a queda contabilizada em maio e abril.

Os servi&ccedil;os prestados &agrave;s fam&iacute;lias acumulam ganho de 4,1% nos &uacute;ltimos tr&ecirc;s meses, sendo 1,9% apenas em junho. O IBGE associa esse desempenho ao crescimento da receita de empresas de restaurantes e de espet&aacute;culos teatrais e musicais.

Tr&ecirc;s das cinco atividades investigadas pela pesquisa cresceram em junho, e a terceira a crescer foi a dos servi&ccedil;os de informa&ccedil;&atilde;o e comunica&ccedil;&atilde;o. Do lado negativo est&atilde;o as atividades de transportes e outros servi&ccedil;os.

No caso dos transportes, houve queda de 0,3% ap&oacute;s aumento de 2,2% em maio. Puxaram a varia&ccedil;&atilde;o para baixo os segmentos de gest&atilde;o de portos e terminais, transporte a&eacute;reo de passageiros, transporte rodovi&aacute;rio coletivo de passageiros e transporte por navega&ccedil;&atilde;o interior de carga.

A pesquisa tamb&eacute;m revelou que o &iacute;ndice de atividades tur&iacute;sticas variou -0,4% de maio para junho, mas havia acumulado ganho de 4,3% no primeiro semestre. Segundo o IBGE, o volume de servi&ccedil;os no turismo se mant&eacute;m 4,9% acima do patamar pr&eacute;-pandemia e se encontra 2,6% abaixo do ponto mais alto da s&eacute;rie, alcan&ccedil;ado em fevereiro de 2014.

A nomea&ccedil;&atilde;o do economista <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/marcio%20pochmann">Marcio Pochmann</a> na presid&ecirc;ncia do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a> foi oficializada pelo governo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Lula (PT)</a>, nesta ter&ccedil;a-feira (8), ap&oacute;s publica&ccedil;&atilde;o no Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o (DOU).

Segundo a Folha, a decis&atilde;o de escolher o economista - filiado ao PT - foi tomada em meio a resist&ecirc;ncias de uma ala do Minist&eacute;rio do Planejamento, que abriga o &oacute;rg&atilde;o. No entanto, o economista foi anunciado ap&oacute;s a ministra do Planejamento, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/simone%20tebet">Simone Tebet</a>, dizer a interlocutores que n&atilde;o iria impor obst&aacute;culos &agrave; nomea&ccedil;&atilde;o.

Ap&oacute;s a forte repercuss&atilde;o da indica&ccedil;&atilde;o, Lula veio &agrave; p&uacute;blico para sair em defesa do economista. O mandat&aacute;rio disse que &ldquo;n&atilde;o &eacute; aceit&aacute;vel que as pessoas tentem criar uma imagem negativa&rdquo; de seu escolhido para comandar o &oacute;rg&atilde;o de pesquisa.

Lauro de Freitas, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/112375,lauro-de-freitas-e-a-2a-cidade-brasileira-que-mais-gerou-postos-de-trabalho-em-2022" target="_blank">na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador</a>,&nbsp;e Barreiras,<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/113189,pre-candidato-a-prefeitura-de-barreiras-eures-ribeiro-teve-menos-de-500-votos-na-cidade" target="_blank"> no oeste do estado</a>, e aparecem entre as cinco cidades do Nordeste com melhores servi&ccedil;os urbanos e qualidade vida, segundo levantamento feito pela Bright Cities, plataforma tecnol&oacute;gica que avalia servi&ccedil;os urbanos prestados pelos munic&iacute;pios.

O estudo avaliou cidades com mais de 100 mil habitantes, totalizando 326 munic&iacute;pios, a partir de dados do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/117575,censo-2022-do-ibge-traz-noticia-ruim-para-salvador-saiba-qual" target="_blank">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a> de 2021. A pesquisa auditou 40 indicadores&nbsp;essenciais e de apoio e ranqueou as cinco melhores cidades de cada regi&atilde;o do Brasil: prosperidade, gest&atilde;o, bem-estar, seguran&ccedil;a e infraestrutura e servi&ccedil;os b&aacute;sicos.

No item prosperidade, por exemplo, foram usados indicadores econ&ocirc;micos como, n&uacute;mero de novas patentes, emprego em tempo integral, conectividade a&eacute;rea, popula&ccedil;&atilde;o da cidade vivendo abaixo da linha de pobreza, n&uacute;mero de acessos &agrave; Internet e a celular.&nbsp;

Na Bahia, as cinco melhores cidades no ranking foram Barreiras com 5,7, Lauro de Freitas 5,64, Salvador com 5,37, Itabuna com 5,34 e Feira de Santana com 5,32. No entanto, apenas Barreiras e Lauro de Freitas ficaram entre as 5 mais bem avaliadas na Regi&atilde;o Nordeste.&nbsp;

Na Regi&atilde;o Nordeste, a cidade de Sobral, no Cear&aacute;, lidera o ranking, com 5,98, seguido de Recife, em Pernambuco, Barreiras e Lauro de Freitas, na Bahia, e Aracaju, em Sergipe. Salvador aparece em 12&ordm; lugar, com 5,37, atr&aacute;s de cidades como Fortaleza, Teresina, S&atilde;o Lu&iacute;s e outras.

Segundo o estudo, no ranking geral, a regi&atilde;o Norte do Brasil &eacute; a que mais carece de melhorias. As 31 cidades da regi&atilde;o com popula&ccedil;&atilde;o superior a 100 mil habitantes apresentaram uma pontua&ccedil;&atilde;o m&eacute;dia de 4,74 &mdash; no Paran&aacute;, a m&eacute;dia foi de 6,48 pontos. J&aacute; o Estado com os piores indicadores &eacute; o Amap&aacute;, em que foram consideradas apenas duas cidades, as &uacute;nicas com mais de 100 mil habitantes: Macap&aacute; e Santana.

Veja o ranking das cidades baianas:

<img alt="" src="https://api.radiosalvadorfm.com.br//fotos/gcma_noticias/119273/mg/cidades baianas.png" style="width: 500px; height: 384px;" />

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O ministro da Secretaria de Comunica&ccedil;&atilde;o, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/Paulo%20Pimenta" target="_blank">Paulo Pimenta (PT)</a>, anunciou na &uacute;ltima quarta-feira (26) &nbsp;que o economista Marcio Pochmann ser&aacute; o novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), que est&aacute; temporariamente em condu&ccedil;&atilde;o pelo pesquisador Cimar Azeredo.&nbsp;

O an&uacute;ncio foi feito ap&oacute;s encontro do ministro com o presidente Lula. Segundo Pimenta, a op&ccedil;&atilde;o de Pochamann para a presid&ecirc;ncia do IBGE n&atilde;o teve nenhum veto do chefe do Executivo Federal. A dada da posse, no entanto, ainda n&atilde;o foi definida.

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/censo">Censo Demogr&aacute;fico 2022</a> mostrou que a popula&ccedil;&atilde;o quilombola residente no Brasil &eacute; de 1.327.802 pessoas, correspondendo a 0,65% da popula&ccedil;&atilde;o. H&aacute; 1.696 munic&iacute;pios com popula&ccedil;&atilde;o quilombola e 473.970 domic&iacute;lios particulares permanentes com moradores quilombolas. Dados da pesquisa Censo 2022 - Quilombolas: Primeiros Resultados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ibge">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a>.

A regi&atilde;o que concentra a maior quantidade &eacute; o Nordeste, com 905.415 quilombolas, correspondendo a 68,2% da popula&ccedil;&atilde;o quilombola, seguida do Sudeste com 182.305 pessoas e o Norte com 166.069 pessoas, ambas contabilizando 26,24% da popula&ccedil;&atilde;o quilombola. Com 5,57% da popula&ccedil;&atilde;o quilombola, as regi&otilde;es Centro-Oeste e Sul t&ecirc;m 44.957 e 29.056 pessoas, respectivamente.

A Bahia &eacute; o estado com maior quantitativo de popula&ccedil;&atilde;o quilombola &ndash; 397.059 pessoas &ndash;,o que corresponde a 29,90% da popula&ccedil;&atilde;o quilombola recenseada. Em seguida vem o Maranh&atilde;o, com 269.074 pessoas, o que corresponde a 20,26% da popula&ccedil;&atilde;o quilombola recenseada. Somando a popula&ccedil;&atilde;o quilombola da Bahia e do Maranh&atilde;o, tem-se 50,17% da popula&ccedil;&atilde;o quilombola concentrada nesses dois estados. Roraima e Acre n&atilde;o t&ecirc;m presen&ccedil;a quilombola.

Dos 5.568 munic&iacute;pios brasileiros, 1.696 tinham moradores quilombolas. Senhor do Bonfim (BA) destaca-se por ser o munic&iacute;pio com a maior quantidade absoluta de pessoas quilombolas, com 15.999, seguido de Salvador, com 15.897, Alc&acirc;ntara (MA) com 15.616 e de Janu&aacute;ria (MG) com 15 mil pessoas.

Segundo Marta Antunes, respons&aacute;vel pelo Projeto de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, a distribui&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica dos quilombos tem v&iacute;nculo com todo o processo de coloniza&ccedil;&atilde;o e escraviza&ccedil;&atilde;o, mas tamb&eacute;m com a resist&ecirc;ncia a essa situa&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica que levou a v&aacute;rias ocupa&ccedil;&otilde;es territoriais com concentra&ccedil;&atilde;o perto e ao longo dos rios.

&ldquo;A popula&ccedil;&atilde;o quilombola se identifica n&atilde;o s&oacute; pelo processo de escraviza&ccedil;&atilde;o, mas principalmente pela resist&ecirc;ncia &agrave; opress&atilde;o hist&oacute;rica como est&aacute; no Decreto 4887&rdquo;, disse.

Do universo de 72,4 milh&otilde;es domic&iacute;lios particulares permanentes ocupados recenseados no Brasil, 473.970 t&ecirc;m pelo menos um morador quilombola, correspondendo a 0,65% dos domic&iacute;lios do pa&iacute;s. Nas resid&ecirc;ncias onde h&aacute; pelo menos uma pessoa quilombola, a m&eacute;dia de moradores &eacute; mais alta (3,17) do que no total de domic&iacute;lios do pa&iacute;s (2,79).

No universo das pessoas quilombolas residentes no pa&iacute;s, as pessoas localizadas nos 494 territ&oacute;rios quilombolas oficialmente delimitados representam 12,59% dessa popula&ccedil;&atilde;o (167.202 pessoas), de modo que 1.160.600 (87,41%) pessoas quilombolas encontram-se fora de &aacute;reas formalmente delimitadas e reconhecidas.

Amaz&ocirc;nia Legal

Foram contabilizadas 426.449 pessoas quilombolas nos munic&iacute;pios da Amaz&ocirc;nia Legal, o que representa 1,60% da popula&ccedil;&atilde;o residente total da regi&atilde;o, sendo 32,11% do total da popula&ccedil;&atilde;o quilombola residente no Brasil.

Foram recenseados 80.899 quilombolas residindo em territ&oacute;rios oficialmente delimitados, o que representa 48,38% da popula&ccedil;&atilde;o quilombola nacional residindo em &aacute;reas oficialmente delimitadas, o que mostra um maior avan&ccedil;o do processo de regulariza&ccedil;&atilde;o fundi&aacute;ria na Amaz&ocirc;nia Legal em rela&ccedil;&atilde;o ao restante do pa&iacute;s.

A presen&ccedil;a da popula&ccedil;&atilde;o quilombola residente na Amaz&ocirc;nia Legal nos territ&oacute;rios oficialmente delimitados &eacute; superior ao cen&aacute;rio nacional: enquanto na Amaz&ocirc;nia Legal 18,97% da popula&ccedil;&atilde;o quilombola reside em territ&oacute;rios delimitados, para o conjunto do pa&iacute;s esse percentual &eacute; de 12,59%

&ldquo;Pela primeira vez em um levantamento censit&aacute;rio brasileiro, a popula&ccedil;&atilde;o quilombola foi identificada, enquanto grupo &eacute;tnico, no mais importante retrato demogr&aacute;fico, geogr&aacute;fico e socioecon&ocirc;mico do pa&iacute;s&rdquo;, disse, em nota, o presidente substituto do IBGE, Cimar Azeredo.

A coleta de informa&ccedil;&otilde;es contou com o apoio das lideran&ccedil;as comunit&aacute;rias quilombolas, que atuaram no apoio ao mapeamento das comunidades e como guias para os recenseadores, garantindo que todos os territ&oacute;rios fossem visitados.

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