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Maria Fernanda C&acirc;ndido esteve em Salvador, na noite desta ter&ccedil;a-feira (1&ordm;), para a pr&eacute;-estreia do filme &ldquo;Meu Amigo Hindu&rdquo;, uma esp&eacute;cie de autobiografia do diretor Hector Babenco, que &eacute; tamb&eacute;m um tributo metalingu&iacute;stico ao cinema. Na obra, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (3), a atriz vive Laura, protagonista do longa-metragem, ao lado do ator norte-americano Willem Dafoe, int&eacute;rprete do diretor de cinema Diego, que sofre de uma doen&ccedil;a fatal e tenta prolongar a vida negociando com a morte (Selton Mello). &ldquo;Esse filme ele tem elementos autobiogr&aacute;ficos do diretor, mas acredito que as quest&otilde;es que ele aborda est&atilde;o acima disso. E &eacute; isso que o faz ser bastante interessante. Apesar de tratar desse tema da doen&ccedil;a e da morte, ele para mim &eacute; um filme que fala essencialmente sobre a vida&rdquo;, conta Maria Fernanda C&acirc;ndido, destacando ainda o car&aacute;ter de tributo &agrave; s&eacute;tima arte. &ldquo;Essa quest&atilde;o metalingu&iacute;stica que voc&ecirc; me perguntou, ela se traduz em uma grande homenagem ao cinema. Voc&ecirc; vai poder perceber claramente que o cinema est&aacute; sendo homenageado, a arte est&aacute; sendo homenageada&rdquo;.&nbsp;No elenco, al&eacute;m de Maria Fernanda e Dafoe, est&atilde;o nomes como Barbara Paz, Selton Mello, Guilherme Weber, Reynaldo Gianecchini, Tuna Duek e Dan Stulbach. 
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A artista revelou que o processo de prepara&ccedil;&atilde;o foi curto, mas o trabalho intenso. &ldquo;Quando Hector me chamou faltavam apenas tr&ecirc;s semanas para a gente come&ccedil;ar a rodar, ent&atilde;o &eacute; isso. Esse filme n&atilde;o &eacute; de prepara&ccedil;&atilde;o, &eacute; de muita presen&ccedil;a no set, de muita sensibilidade, porque s&atilde;o personagens muito reais. No caso dos protagonistas, eles est&atilde;o ali vivenciando situa&ccedil;&otilde;es muito dif&iacute;ceis, ent&atilde;o eu acho que esse filme n&atilde;o &eacute; de grandes constru&ccedil;&otilde;es, e sim de grande abertura e de grande disponibilidade para poder vivenciar essas situa&ccedil;&otilde;es de muita dor, sofrimento, enfim, com muita sensibilidade que precisava levar para o set&rdquo;, diz Maria Fernanda, que assim como os demais atores do elenco, teve que utilizar a l&iacute;ngua inglesa. &ldquo;Essas tr&ecirc;s semanas foram muito dedicadas aos ensaios que eu fiz com o Willem, leituras, para poder realmente ter um contato mais profundo com o texto, com o que o texto propunha. E o ingl&ecirc;s &eacute; isso, acho que quando a gente est&aacute; trabalhando em outro idioma tem um desafio a mais, al&eacute;m de todos que a gente j&aacute; tem normalmente. Porque o ator precisa estar muito inteiro na cena, mas tem quest&otilde;es t&eacute;cnicas que acompanham sempre. &Eacute; marca&ccedil;&atilde;o, &eacute; o cen&aacute;rio, &eacute; a luz, &eacute; o ponto certo que voc&ecirc; precisa &agrave;s vezes parar, ent&atilde;o isso tudo j&aacute; existe, j&aacute; s&atilde;o dificuldades que o ator tem que conviver, porque faz parte do trabalho. E de repente aparece um idioma diferente, ou seja, mais uma dificuldade. E a&iacute; a gente precisa s&oacute; cuidar, para essa quest&atilde;o do idioma n&atilde;o atrapalhe a cena, para que n&atilde;o fique maior que a pr&oacute;pria cena. E vendo filme acredito que isso foi alcan&ccedil;ado&rdquo;, afirma a artista paranaense.&nbsp;

Maria Fernanda C&acirc;ndido destacou ainda a oportunidade de trabalhar com um artista renomado e mundialmente conhecido. &ldquo;Fui maravilhoso. Willem &eacute; um grande ator, e isso a gente j&aacute; sabe, conhece a experi&ecirc;ncia toda que ele tem. Ele j&aacute; trabalhou com todos os grandes diretores do mundo. Mas, al&eacute;m disso, o que me encantou foi a generosidade, a disponibilidade e o compromisso dele com a obra e com as cenas. Isso me inspirou muito. Eu acabei me lembrando muito dos porqu&ecirc;s e das raz&otilde;es de ter escolhido essa profiss&atilde;o. Foi um grande prazer, uma honra enorme de trabalhar com ele e tamb&eacute;m com todo o elenco&rdquo;, elogia a atriz que entre o fim deste ano e o in&iacute;cio de 2017 estrelar&aacute; um novo filme: &ldquo;Bio&rdquo;, do diretor ga&uacute;cho Carlos Gerbase. Maria Fernanda C&acirc;ndido revelou tamb&eacute;m que voltar&aacute; ao teatro ainda no primeiro semestre de 2016. &ldquo;Daqui a alguns meses come&ccedil;o a ensaiar uma pe&ccedil;a nova, que n&atilde;o posso ainda falar o nome&rdquo;, conta, adiantando ainda que retornar&aacute; &agrave; TV com a miniss&eacute;rie &ldquo;Dois Irm&atilde;os&rdquo;, de Luiz Fernando Carvalho, inspirada no livro de Milton Hatoum. &ldquo;Eu n&atilde;o sei ainda a data que vai ao ar, mas &eacute; bastante interessante. Fa&ccedil;o uma personagem chamada Estelita, que n&atilde;o &eacute; protagonista, &eacute; perif&eacute;rica, mas &eacute; bastante interessante, uma mulher exc&ecirc;ntrica, meio felliniana, bem bacana&rdquo;, diz a atriz.

Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o

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Maria Fernanda Cândido contracena com Willem Dafoe em novo filme de Babenco

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