O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/alan%20sanches" target="_blank">deputado estadual Alan Sanches (Uni&atilde;o Brasil) </a>disse, nesta quinta-feira (25), que o aumento de domic&iacute;lios baianos em situa&ccedil;&atilde;o de inseguran&ccedil;a alimentar, como revelou pesquisa divulgada pelo IBGE, denuncia que o Governo da Bahia tem falhado na execu&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas sociais e no desenvolvimento econ&ocirc;mico do Estado.

&ldquo;O PT j&aacute; governa a Bahia por quase duas d&eacute;cadas, sempre com o discurso de combater a fome, mas o que a gente est&aacute; vendo &eacute; que a fome tem aumentado. J&aacute; s&atilde;o 18 anos do PT e a situa&ccedil;&atilde;o s&oacute; piora&rdquo;, criticou Sanches, que &eacute; l&iacute;der da bancada de Oposi&ccedil;&atilde;o na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).&nbsp;

&ldquo;Isso parece at&eacute; uma piada de mau gosto com a popula&ccedil;&atilde;o, porque eles deixam a situa&ccedil;&atilde;o se agravar e depois eles mesmos prometem combater a fome&rdquo;, acrescentou.&nbsp;

Entre 2018 e 2023, houve aumento de 3,6% (+47 mil) no n&uacute;mero de resid&ecirc;ncias com inseguran&ccedil;a alimentar na Bahia. Os dados s&atilde;o da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios Cont&iacute;nua (PNADC) em parceria com o Minist&eacute;rio do Desenvolvimento e Assist&ecirc;ncia Social, Fam&iacute;lia e Combate &agrave; Fome.

A situa&ccedil;&atilde;o da Bahia tamb&eacute;m piorou no ranking nacional. Segundo o IBGE, em 2017-2018, a Bahia tinha o 14&ordm; maior percentual de domic&iacute;lios com algum grau de inseguran&ccedil;a alimentar, enquanto em 2023 passou a ter a 6&ordf; maior propor&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s.

Sergipe, Par&aacute; e Maranh&atilde;o formam o p&oacute;dio de maior inseguran&ccedil;a alimentar do Brasil, quando na outra ponta Santa Catarina, Paran&aacute; e Rio Grande do Sul apresentaram menores percentuais de domic&iacute;lios em inseguran&ccedil;a alimentar.

Os pa&iacute;ses da Am&eacute;rica Latina e Caribe conseguiram avan&ccedil;ar no combate &agrave; fome e &agrave; inseguran&ccedil;a alimentar nos &uacute;ltimos anos, sobretudo em decorr&ecirc;ncia da melhora nos &iacute;ndices da Am&eacute;rica do Sul.&nbsp;

Na Am&eacute;rica Latina e no Caribe, o &iacute;ndice de fome passou de 7% em 2021 para 6,5% em 2022, o que representa, em n&uacute;meros absolutos, que 43,2 milh&otilde;es de pessoas se encontravam nessa situa&ccedil;&atilde;o. Apesar do recuo, a taxa ainda ficou 0,9% acima da registrada em 2019, ano imediatamente anterior &agrave; pandemia de covid-19. Entre a popula&ccedil;&atilde;o mundial, a taxa se manteve est&aacute;vel em 9,2%.

Os dados fazem parte do Panorama Regional de Seguran&ccedil;a Alimentar e Nutri&ccedil;&atilde;o na Am&eacute;rica Latina e no Caribe 2023, elaborado por cinco ag&ecirc;ncias do sistema da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/onu" target="_blank">Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU)</a>.&nbsp;

O documento foi divulgado hoje (9) e detalha como fatores geopol&iacute;ticos, a exemplo da guerra da Ucr&acirc;nia, a crise sanit&aacute;ria da covid-19 e a crise clim&aacute;tica afetam os n&uacute;meros.

A evolu&ccedil;&atilde;o dos &iacute;ndices na regi&atilde;o sul-americana foi constatada entre 2021 e 2022, embora, ao mesmo tempo, na mesoam&eacute;rica &ndash; que inclui Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicar&aacute;gua e Panam&aacute;, al&eacute;m de por&ccedil;&otilde;es do M&eacute;xico &ndash;, a propor&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o que ainda convive com a fome ou inseguran&ccedil;a alimentar em est&aacute;gio moderado ou grave aumentou.

No ano passado, 247,8 milh&otilde;es de pessoas da regi&atilde;o constitu&iacute;am a parcela com inseguran&ccedil;a alimentar moderada ou grave, total reduzido em 16,5 milh&otilde;es, na compara&ccedil;&atilde;o com o registrado em 2021. A proje&ccedil;&atilde;o para 2022 indica que, do grupo que vive nessa condi&ccedil;&atilde;o, 159 milh&otilde;es de pessoas s&atilde;o da Am&eacute;rica do Sul, 61,9 milh&otilde;es da Am&eacute;rica Central e 26,9 milh&otilde;es do Caribe.

&quot;As persistentes desigualdades da regi&atilde;o t&ecirc;m um impacto significativo na seguran&ccedil;a alimentar dos mais vulner&aacute;veis. A preval&ecirc;ncia da inseguran&ccedil;a alimentar moderada ou grave continua afetando mais as mulheres do que os homens&quot;, ressaltam as ag&ecirc;ncias da ONU no relat&oacute;rio.

Brasil

Segundo os especialistas que compilaram os dados e elaboraram o documento, a propor&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o com experi&ecirc;ncia de subalimenta&ccedil;&atilde;o caiu em uma d&eacute;cada tanto no Brasil, como na Am&eacute;rica Latina e no mundo, por&eacute;m em ritmos distintos.

Na Am&eacute;rica Latina e Caribe o percentual passou de 10,7% no per&iacute;odo de 2000 a 2002, para 6,7%, de 2020 a 2022. No Brasil, a varia&ccedil;&atilde;o foi de 10,7% para 4,7%, no mesmo per&iacute;odo. J&aacute; em termos globais, o &iacute;ndice caiu de 12,9% para 9,2%. O c&aacute;lculo dos dados de 2020-2022 s&atilde;o proje&ccedil;&otilde;es da ONU.

Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; caracteriza&ccedil;&atilde;o da parcela com inseguran&ccedil;a alimentar grave, os primeiros dados da an&aacute;lise datam de 2014 a 2016. Nesse caso, no mundo, o que se verificou foi um aumento no percentual: de 7,8% no bi&ecirc;nio mais antigo, para 11,3% em 2020-2022. Na Am&eacute;rica Latina e Caribe, a varia&ccedil;&atilde;o foi de 7,9% para 13%, enquanto, no Brasil, passou de 1,9% para 9,9%.

Outro dado relevante que consta do relat&oacute;rio diz respeito ao impacto da falta de acesso &agrave; alimenta&ccedil;&atilde;o adequada na vida de crian&ccedil;as. Em todos os recortes geogr&aacute;ficos, houve redu&ccedil;&atilde;o no &iacute;ndice de atraso no crescimento de crian&ccedil;as menores de 5 anos de idade, quando se comparam dados de 2000 e 2022.

No mundo, a porcentagem caiu de 33% e para 22,3%. Na Am&eacute;rica Latina e Caribe, passou de 17,8% em 2000 para 11,5% em 2022. J&aacute; no Brasil, o percentual passou de 9,8% para 7,2%, na mesma base de compara&ccedil;&atilde;o.

Uma apresenta&ccedil;&atilde;o do Neojiba (N&uacute;cleo estadual de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), deu o tom para o lan&ccedil;amento de uma a&ccedil;&atilde;o de enfrentamento &agrave; pobreza, combate &agrave; fome e inclus&atilde;o social. Foi assinado, nesta segunda-feira (6), o Termo de Parceria entre o Governo do Estado, atrav&eacute;s da Secretaria estadual de Assist&ecirc;ncia e Desenvolvimento Social (Seades), e o Instituto Terra Firme, para implanta&ccedil;&atilde;o de bancos de alimentos.&nbsp;

O governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues considera importante que iniciativas como essa sejam fortalecidas, para apoiar o combate ao desperd&iacute;cio e &agrave; fome no estado. &quot;Estamos trabalhando para encontrar pol&iacute;ticas e a&ccedil;&otilde;es permanentes, sustent&aacute;veis de combate &agrave; pobreza, com sa&iacute;das efetivas para que as pessoas n&atilde;o precisem do Estado para angariar uma cesta b&aacute;sica, um prato de comida&quot;.

Inserida no &acirc;mbito do programa Bahia Sem Fome, a parceria tem como objetivo principal a implanta&ccedil;&atilde;o de bancos de alimentos que atendam os 27 territ&oacute;rios de identidade da Bahia. A titular da Seades, Fabya Reis, explica que j&aacute; est&aacute; sendo feito o mapeamento das organiza&ccedil;&otilde;es que integrar&atilde;o a grande rede de benfeitoria. &quot;Essa parceria nos abre uma possibilidade de consolida&ccedil;&atilde;o de um planejamento dessa gest&atilde;o, que &eacute; o enfrentamento &agrave; fome e a garantia da seguran&ccedil;a alimentar e nutricional da popula&ccedil;&atilde;o&quot;. A partir deste acordo, a entidade vai coletar nas redes de supermercados, nas feiras livres e outros, produtos que perderam as caracter&iacute;sticas para venda, mas que conservam o valor nutricional e podem ser doados&rdquo;.

Est&aacute; prevista a aquisi&ccedil;&atilde;o de dois ve&iacute;culos para cada um dos bancos, al&eacute;m de itens para o funcionamento das unidades. A presidente do Instituto Terra Firme, Fl&aacute;via Peres, destaca a import&acirc;ncia de firmar essa parceria. &quot;A gente vem com o instituto, como sociedade civil, incorporar e fazer uma ponte, ajudar com que mais pessoas tenham acesso &agrave; alimenta&ccedil;&atilde;o, &agrave; comida, n&atilde;o s&oacute; na Bahia, mas no Brasil todo&quot;. Ela lembra que as a&ccedil;&otilde;es j&aacute; come&ccedil;aram, com a coleta de produtos em algumas redes de supermercado, e sendo entregues em institui&ccedil;&otilde;es que precisam.

A a&ccedil;&atilde;o se consolida como uma importante estrat&eacute;gia entre o poder p&uacute;blico e o setor privado do ramo aliment&iacute;cio. Segundo o coordenador do Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, o instrumento vai ao encontro das diretrizes do programa. &quot;Dentro desse grande pacto federativo, &eacute; importante tamb&eacute;m a gente fazer uma alian&ccedil;a com a iniciativa privada, que, assim como a sociedade civil organizada e o poder p&uacute;blico, tem papel complementar dentro dessa agenda de enfrentamento &agrave; fome&quot;.

Estavam presentes no ato de assinatura, secret&aacute;rios estaduais (de Cultura, Bruno Monteiro, de Comunica&ccedil;&atilde;o, Andr&eacute; Curvelo, e de Meio Ambiente, Eduardo Sodr&eacute;), artistas e autoridades.

Banco de Alimentos

Os bancos de alimentos s&atilde;o equipamentos destinados ao armazenamento e processamento estrat&eacute;gico de alimentos provenientes de doa&ccedil;&otilde;es de produtos, oferecidas por parceiros do setor privado que, por raz&otilde;es variadas, encontra-se fora dos padr&otilde;es de comercializa&ccedil;&atilde;o, mas mant&eacute;m inalteradas suas propriedades nutricionais, n&atilde;o apresentando nenhuma restri&ccedil;&atilde;o de car&aacute;ter sanit&aacute;rio, sem oferecer qualquer risco ao consumo humano, bem como de alimentos adquiridos por a&ccedil;&otilde;es ou programas governamentais.

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/120658,no-g20-lula-cobra-recursos-de-paises-ricos-contra-aquecimento-global" target="_blank">presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva recebeu, neste domingo (10), a presid&ecirc;ncia do G20</a>, durante o encerramento da 18&ordf; C&uacute;pula de Chefes de Governo e Estado do grupo, que ocorre em Nova D&eacute;li, na &Iacute;ndia. Durante a cerim&ocirc;nia, a lideran&ccedil;a do bloco foi transmitida do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para Lula.

A presid&ecirc;ncia brasileira no G20 ter&aacute; tr&ecirc;s prioridades: a inclus&atilde;o social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o enfrentamento das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e a promo&ccedil;&atilde;o do desenvolvimento sustent&aacute;vel em suas dimens&otilde;es econ&ocirc;mica, social e ambiental; e a defesa da reforma das institui&ccedil;&otilde;es de governan&ccedil;a global, que reflita a geopol&iacute;tica do presente.

&ldquo;Todas essas prioridades est&atilde;o contidas no lema da presid&ecirc;ncia brasileira, que diz &lsquo;Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustent&aacute;vel&rsquo;&rdquo;, disse Lula durante discurso no encerramento do encontro. Ele anunciou que ser&atilde;o criadas duas for&ccedil;as-tarefas: a Alian&ccedil;a Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobiliza&ccedil;&atilde;o Global contra a Mudan&ccedil;a do Clima.

O presidente brasileiro lembrou a trag&eacute;dia no Rio Grande do Sul em decorr&ecirc;ncia da passagem de um ciclone extratropical. De acordo com o &uacute;ltimo balan&ccedil;o, divulgado &agrave;s 18h deste s&aacute;bado (9), o estado contabiliza 41 mortes e 46 pessoas seguem desaparecidas. S&atilde;o 88 munic&iacute;pios em estado de calamidade p&uacute;blica.

&ldquo;Isso nos chama a aten&ccedil;&atilde;o porque fen&ocirc;menos como esse t&ecirc;m acontecido nos mais diferentes lugares do nosso planeta&rdquo;, apontou. Ontem (9), durante discurso em outro evento da c&uacute;pula, Lula cobrou recursos de pa&iacute;ses ricos contra aquecimento global. &ldquo;A natureza continua dando demonstra&ccedil;&atilde;o de que n&oacute;s precisamos cuidar dela com muito mais carinho&rdquo;, acrescentou o presidente.&nbsp;

O G20 re&uacute;ne 19 das maiores economias do mundo e a Uni&atilde;o Europeia. A Uni&atilde;o Africana tamb&eacute;m tornou-se membro permanente durante a c&uacute;pula na &Iacute;ndia.

Combate &agrave; fome

&ldquo;Precisamos redobrar os esfor&ccedil;os para alcan&ccedil;ar a meta de acabar com a fome no mundo at&eacute; 2030, caso contr&aacute;rio estaremos diante do maior fracasso multilateral dos &uacute;ltimos anos. Agir para combater a mudan&ccedil;a do clima exige vontade pol&iacute;tica e determina&ccedil;&atilde;o dos governantes, e tamb&eacute;m recursos e transfer&ecirc;ncia de tecnologia&rdquo;, disse Lula, sobre as linhas basilares da presid&ecirc;ncia brasileira.

Ele tamb&eacute;m destacou a necessidade de que pa&iacute;ses emergentes tenham mais participa&ccedil;&atilde;o nas decis&otilde;es do Banco Mundial e do Fundo Monet&aacute;rio Internacional (FMI). &ldquo;A insustent&aacute;vel d&iacute;vida externa dos pa&iacute;ses mais pobres precisa ser equacionada. A OMC [Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial do Com&eacute;rcio] tem que ser revitalizada e seu sistema de solu&ccedil;&atilde;o de controv&eacute;rsias precisa voltar a funcionar. Para recuperar sua for&ccedil;a pol&iacute;tica, o Conselho de Seguran&ccedil;a da ONU precisa contar com a presen&ccedil;a de novos pa&iacute;ses em desenvolvimento entre seus membros permanentes e n&atilde;o permanentes&rdquo;, defendeu.

G20 no Brasil

A presid&ecirc;ncia brasileira come&ccedil;a em 1&ordm; de dezembro de 2023 e se encerra em 30 de novembro de 2024. A agenda do G20 ser&aacute; decidida e implementada pelo governo do Brasil, com apoio direto da &Iacute;ndia, &uacute;ltima ocupante da presid&ecirc;ncia, e da &Aacute;frica do Sul, pa&iacute;s que exercer&aacute; o mandato em 2025. Esse sistema &eacute; conhecido como troika e &eacute; um dos diferenciais do grupo em rela&ccedil;&atilde;o a outros organismos internacionais.

Entre dezembro de 2023 e novembro de 2024, o Brasil dever&aacute; organizar mais de 100 reuni&otilde;es oficiais em v&aacute;rias cidades do pa&iacute;s, que incluem cerca de 20 reuni&otilde;es ministeriais, 50 reuni&otilde;es de alto n&iacute;vel e eventos paralelos. O ponto alto ser&aacute; a 19&ordf; C&uacute;pula de chefes de Estado e governo do G20, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

De acordo com Lula, no G20, o Brasil pretende organizar os trabalhos em torno de tr&ecirc;s orienta&ccedil;&otilde;es gerais. Primeiro, ele prop&otilde;e uma aproxima&ccedil;&atilde;o entre a trilha de pol&iacute;tica, mais ampla e onde se discutem pol&iacute;ticas p&uacute;blicas, e a trilha de finan&ccedil;as, onde se discutem as quest&otilde;es de financiamento, de forma que &ldquo;se coordenem e trabalhem de forma mais integrada&rdquo;. &ldquo;N&atilde;o adianta acordarmos a melhor pol&iacute;tica p&uacute;blica se n&atilde;o alocarmos os recursos necess&aacute;rios para sua implementa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, avaliou.

A presid&ecirc;ncia brasileira deve criar ainda um canal de di&aacute;logo entre os l&iacute;deres e a sociedade civil, assegurando que os grupos de engajamento da sociedade, entidades de classe e &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos tenham a oportunidade de reportar suas conclus&otilde;es e recomenda&ccedil;&otilde;es aos representantes de governo.

Para o presidente, tamb&eacute;m &eacute; preciso evitar discuss&otilde;es sobre quest&otilde;es geopol&iacute;ticas, como guerras, para n&atilde;o esvaziar a agenda de discuss&otilde;es das v&aacute;rias inst&acirc;ncias do bloco. &ldquo;N&atilde;o nos interessa um G20 dividido. S&oacute; com uma a&ccedil;&atilde;o conjunta &eacute; que podemos fazer frente aos desafios dos nossos dias. Precisamos de paz e coopera&ccedil;&atilde;o em vez de conflitos&rdquo;, disse.

Agenda internacional

&Eacute; a primeira vez que o Brasil assume a presid&ecirc;ncia do G20 desde a sua cria&ccedil;&atilde;o, em 1999. O pa&iacute;s esteve presente desde o in&iacute;cio, quando as 20 maiores economias do mundo se reuniram com o objetivo de buscar uma solu&ccedil;&atilde;o para a grave crise financeira que abalou todos os mercados e que levou &agrave; quebra de um n&uacute;mero enorme de bancos e outras companhias.

O grupo reunia, &agrave; &eacute;poca, apenas ministros de finan&ccedil;as e presidentes de bancos centrais. Em 2008, para enfrentar nova crise financeira internacional, passou a ter o formato atual, com chefes de Estado e de governo.

&ldquo;Nossa atua&ccedil;&atilde;o conjunta nos permitiu enfrentar os momentos mais cr&iacute;ticos, mas foi insuficiente para corrigir os equ&iacute;vocos estruturais do neoliberalismo. A arquitetura financeira global mudou pouco e as bases de uma nova governan&ccedil;a econ&ocirc;mica n&atilde;o foram lan&ccedil;adas. Novas urg&ecirc;ncias surgiram, os desafios se acumularam e se agravaram, vivemos num mundo em que a riqueza est&aacute; mais concentrada, em que milh&otilde;es de seres humanos ainda passam fome, em que o desenvolvimento sustent&aacute;vel est&aacute; sempre amea&ccedil;ado, em que as institui&ccedil;&otilde;es de governan&ccedil;a ainda refletem a realidade de meados do s&eacute;culo passado&rdquo;, alertou Lula em seu discurso em Nova D&eacute;li.

Para ele, a redu&ccedil;&atilde;o das desigualdades deve estar no centro da agenda internacional. &ldquo;S&oacute; vamos conseguir enfrentar todos esses problemas se tratarmos da quest&atilde;o da desigualdade. A desigualdade de renda, de acesso &agrave; sa&uacute;de, educa&ccedil;&atilde;o e alimenta&ccedil;&atilde;o, de g&ecirc;nero e ra&ccedil;a e de representa&ccedil;&atilde;o est&aacute; na origem de todas essas anomalias&rdquo;, destacou.

Al&eacute;m dos l&iacute;deres dos pa&iacute;ses-membros do G20 &ndash; &Aacute;frica do Sul, Alemanha, Ar&aacute;bia Saudita, Argentina, Austr&aacute;lia, Brasil, Canad&aacute;, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Fran&ccedil;a, &Iacute;ndia, Indon&eacute;sia, It&aacute;lia, Jap&atilde;o, M&eacute;xico, Reino Unido, R&uacute;ssia, Turquia e Uni&atilde;o Europeia &ndash;, participaram da c&uacute;pula, na condi&ccedil;&atilde;o de convidados da presid&ecirc;ncia indiana, os l&iacute;deres de Bangladesh, Egito, Emirados &Aacute;rabes Unidos, Espanha, Maur&iacute;cio, Nig&eacute;ria, Om&atilde;, Pa&iacute;ses Baixos, Singapura e Uni&atilde;o Africana.

O principal documento resultante da 18&ordf; C&uacute;pula do G20 foi a Declara&ccedil;&atilde;o de L&iacute;deres, que incluiu temas como necessidade do desenvolvimento sustent&aacute;vel, da coopera&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica e cient&iacute;fica, de a&ccedil;&otilde;es contra desigualdade e da redu&ccedil;&atilde;o do sofrimento causado pelas guerras.

A presid&ecirc;ncia da &Iacute;ndia iniciou-se em dezembro de 2022 sob o lema Uma Terra, Uma Fam&iacute;lia, Um Futuro. Durante o per&iacute;odo, o G20 teve como prioridades gerais estilos de vida sustent&aacute;veis, tecnologia, crescimento inclusivo, multilateralismo e lideran&ccedil;a de mulheres.

Enquanto equipes de resgate buscam por desaparecidos em cidades ga&uacute;chas afetadas pela passagem de um ciclone extratropical, que causou temporais e alagamentos esta semana, organiza&ccedil;&otilde;es de assist&ecirc;ncia aos atingidos t&ecirc;m uma preocupa&ccedil;&atilde;o: a seguran&ccedil;a alimentar dos milhares de desabrigados e desalojados, e dos pr&oacute;prios volunt&aacute;rios. Al&eacute;m disso, h&aacute; um alarme para um problema futuro: pequenos agricultores perderam suas lavouras, o que pode colocar em risco a oferta de alimentos na regi&atilde;o.

De acordo com balan&ccedil;o das 12h deste s&aacute;bado (9) da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, s&atilde;o 41 mortes confirmadas e 46 pessoas desaparecidos. O n&uacute;mero de munic&iacute;pios afetados chega a 87. S&atilde;o 3,1 mil pessoas desabrigadas e 8,2 mil desalojadas.

Algumas das cidades mais afetadas s&atilde;o Mu&ccedil;um, Roca Sales, Nova Bassano, Estrela, Ibiraiaras, Passo Fundo, Mato Castelhano, Encantado, Lajeado e Arroio do Meio. &nbsp;

Diversas campanhas foram lan&ccedil;adas para arrecadar materiais de primeira necessidade e alimentos n&atilde;o perec&iacute;veis. No entanto, como grande parte da estrutura das cidades foi devastada, h&aacute; dificuldade at&eacute; para preparar os alimentos para as fam&iacute;lias atingidas. &nbsp;

&quot;Falta local para armazenamento adequado [da comida]&quot;, alerta Jacira Dias Ruiz, secret&aacute;ria-executiva da Caritas Regional RS. &quot;Uma demanda importante &eacute; espa&ccedil;o para fazer comida quente e mais nutritiva. Nos munic&iacute;pios onde os danos foram graves, n&atilde;o tem onde cozinhar&quot;, contou &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil.

O presidente do Conselho Estadual de Seguran&ccedil;a Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (Consea-RS), Juliano de S&aacute;, articula a montagem de cozinhas de campanha para minimizar a situa&ccedil;&atilde;o. &nbsp;

&ldquo;&Eacute; um problema urgente, s&atilde;o mais de 10 mil fam&iacute;lias e centenas de volunt&aacute;rios que est&atilde;o com dificuldades para alimenta&ccedil;&atilde;o. As doa&ccedil;&otilde;es chegam em alimentos n&atilde;o perec&iacute;veis ou em lanches, por&eacute;m, as pessoas n&atilde;o t&ecirc;m como cozinhar. Estamos tentando articular a montagem de cozinhas de campanha para produ&ccedil;&atilde;o de alimentos para distribui&ccedil;&atilde;o no formato de marmitas.&rdquo;&nbsp;

&ldquo;Conversei por telefone com o ministro Wellington Dias, do Minist&eacute;rio do Desenvolvimento e Assist&ecirc;ncia Social, e ele se comprometeu em garantir alimentos para as cozinhas que conseguirmos organizar. Conversei tamb&eacute;m com a Secretaria de Assist&ecirc;ncia Social do Rio Gande do Sul, que se comprometeu em ajudar a viabilizar a log&iacute;stica&rdquo;, relata Juliano de S&aacute;.

Agricultura

A preocupa&ccedil;&atilde;o com pequenos agricultores motivou o Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ) a lan&ccedil;ar uma campanha para a aquisi&ccedil;&atilde;o de sementes que ser&atilde;o doadas aos produtores rurais.

&ldquo;A situa&ccedil;&atilde;o &eacute; desesperadora e ca&oacute;tica. Perdas inestim&aacute;veis e irrepar&aacute;veis. Perderam plantios, animais, galp&otilde;es, m&aacute;quinas, casas&rdquo;, descreveu &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil o Frei S&eacute;rgio G&ouml;rgen, diretor do ICPJ. &ldquo;Com a campanha vamos tentar repor um pouco do que perderam e levar conforto e solidariedade&rdquo;, completa.

&ldquo;A situa&ccedil;&atilde;o est&aacute; bem dif&iacute;cil, pois agricultores perderam tudo o que plantaram. Isso ter&aacute; consequ&ecirc;ncias a curto e m&eacute;dio prazo no que se refere &agrave; produ&ccedil;&atilde;o de alimentos e cria&ccedil;&atilde;o de animais. Ser&aacute; necess&aacute;ria uma pol&iacute;tica de reparo para essas fam&iacute;lias voltarem a trabalhar, algo que levar&aacute; um certo tempo at&eacute; se reestabelecerem as coisas&rdquo;, avalia o presidente do Consea-RS.

Por causa da dificuldade de acesso &agrave;s &aacute;reas mais afetadas &ndash; mais notadamente na Regi&atilde;o dos Vales, no centro do estado, que re&uacute;ne quatro vales de rios: Vale do Jacu&iacute;, Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari e Vale do Ca&iacute; &ndash; os organizadores da campanha n&atilde;o conseguem dizer exatamente quantos pequenos produtores precisam de ajuda. &nbsp;

A campanha Miss&atilde;o: Sementes de Solidariedade &eacute; uma extens&atilde;o emergencial de um programa que existe h&aacute; alguns anos e leva sementes e insumos agroecol&oacute;gicos para comunidades camponesas. Neste ano, a a&ccedil;&atilde;o j&aacute; havia sido conclu&iacute;da, mas ap&oacute;s relatos de agricultores tendo perdido suas lavouras, a a&ccedil;&atilde;o voltou &agrave; ativa. &nbsp;

Al&eacute;m do ICPJ, participam da mobiliza&ccedil;&atilde;o o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), C&aacute;ritas Brasileira e C&aacute;ritas RS, Instituto Koin&oacute;s, Comiss&atilde;o Pastoral da Terra (CPT-RS), Movimento dos Atingidos e Atingidas Por Barragens (MAB) e Justi&ccedil;a, Paz e Integridade da Cria&ccedil;&atilde;o (JPIC/Franciscanos). &nbsp;

&ldquo;Na pr&oacute;xima semana come&ccedil;aremos a prepara&ccedil;&atilde;o das pessoas que entrar&atilde;o em contato com as fam&iacute;lias camponesas para identificar necessidades para que possamos adquirir e distribuir as sementes e, se poss&iacute;vel, algum equipamento para replantar os ro&ccedil;ados&rdquo;, detalha Jacira Dias Ruiz.

&ldquo;Entendemos que &eacute; uma forma de plantar um pouco de esperan&ccedil;a para essas fam&iacute;lias. Uma forma de terem comida e continuarem colocando alimentos em nossas mesas tamb&eacute;m&rdquo;, ressalta a representante da C&aacute;ritas RS. &nbsp;

Comitiva federal

O presidente em exerc&iacute;cio, Geraldo Alckmin, anunciou o repasse de recursos da Uni&atilde;o para as prefeituras do Rio Grande do Sul com as situa&ccedil;&otilde;es de calamidade e de emerg&ecirc;ncia devidamente reconhecidas. Para c&aacute;lculo do repasse, o governo vai considerar o valor de R$ 800 por pessoa afetada pelas consequ&ecirc;ncias da passagem do ciclone extratropical. Uma comitiva do governo federal visitar&aacute; o estado no domingo (10).

Campanha de doa&ccedil;&atilde;o

Campanha Sementes de Solidariedade

Pix (CNPJ) da C&aacute;ritas Brasileira: 33654419001007

Dep&oacute;sito banc&aacute;rio: Conta Corrente 55.450-2, Ag&ecirc;ncia 1248-3 (Banco do Brasil)

Defesa Civil &nbsp;

O chefe da Casa Militar e Prote&ccedil;&atilde;o e Defesa Civil, coronel Luciano Chaves Boeira, ressaltou que alguns itens est&atilde;o sendo mais demandados pelas fam&iacute;lias atingidas. &ldquo;Roupas &iacute;ntimas, fraldas e roupas de cama (como len&ccedil;&oacute;is, travesseiros, cobertores e fronhas) talvez sejam a grande ajuda humanit&aacute;ria para os munic&iacute;pios neste momento&rdquo;.

As entregas podem ser feitas em pontos de refer&ecirc;ncia da Defesa Civil e quart&eacute;is do Corpo de Bombeiros. Todas as doa&ccedil;&otilde;es precisam estar em boas condi&ccedil;&otilde;es de uso, al&eacute;m de higienizadas.

O chefe da Divis&atilde;o de Rela&ccedil;&otilde;es Comunit&aacute;rias da Defesa Civil, tenente-coronel Lu&iacute;s Omar, afirma ser importante identificar, nas embalagens, o que est&aacute; sendo doado a fim de facilitar o trabalho.

&ldquo;Quanto mais organizado o material chega para n&oacute;s, mais rapidamente podemos direcionar&rdquo;, explicou.

Com o tema &ldquo;Caminhos para a Reconstru&ccedil;&atilde;o do Sistema &Uacute;nico de Assist&ecirc;ncia Social &ndash; SUAS no Brasil: O desafio coletivo na elimina&ccedil;&atilde;o da fome e da pobreza&rdquo;, Salvador ser&aacute; sede, entre os dias 14 e 16 de agosto, do o 23&ordm; Encontro Regional do Colegiado Nacional de Gestoras/es Municipais de Assist&ecirc;ncia Social (Congemas), na regi&atilde;o Nordeste.

O evento ser&aacute; ser&aacute; realizado no Centro de Conven&ccedil;&otilde;es da capital baiana, localizado no bairro da Boca do Rio e &eacute; considerada uma etapa preparat&oacute;ria para o Encontro Nacional do Congemas, que ser&aacute; nos dias 24, 25 e 26 de outubro de 2023, em Olinda, no estado de Pernambuco.&nbsp;

A expectativa da organiza&ccedil;&atilde;o &eacute; receber mais de 1.300 participantes, dos nove estados nordestinos, para discutir e debater a realidade e os desafios da assist&ecirc;ncia social no territ&oacute;rio.

O evento contar&aacute; com a participa&ccedil;&atilde;o do Secret&aacute;rio Nacional de Assist&ecirc;ncia Social, Andr&eacute; Quint&atilde;o; do Presidente do Congemas, Elias Oliveira; representantes do Minist&eacute;rio do Desenvolvimento e Assist&ecirc;ncia Social, Fam&iacute;lia e Combate &agrave; Fome; e&nbsp;presidentes dos Colegiados Estaduais de Gestoras/es Municipais de Assist&ecirc;ncia Social (Coegemas) dos nove estados nordestinos.

No primeiro dia do encontro, &agrave;s 19h, haver&aacute; a participa&ccedil;&atilde;o de Frei Betto, refer&ecirc;ncia na &aacute;rea de direitos humanos e defesa dos direitos sociais, na Confer&ecirc;ncia de Abertura, com o tema &ldquo;O desafio coletivo na elimina&ccedil;&atilde;o da fome e da pobreza&quot;: Ampliar a Prote&ccedil;&atilde;o Social e Fortalecer a Democracia.

Na ter&ccedil;a-feira (15), os participantes ter&atilde;o acesso a doze oficinas simult&acirc;neas de capacita&ccedil;&atilde;o. Na quarta-feira (16), dia de encerramento, no per&iacute;odo da manh&atilde;, ser&atilde;o realizados seis pain&eacute;is simult&acirc;neos com assuntos relacionados ao fortalecimento do SUAS. No per&iacute;odo da tarde haver&aacute; uma apresenta&ccedil;&atilde;o e discuss&atilde;o das experi&ecirc;ncias municipalistas e o encerramento do Encontro do Congemas na regional Nordeste.

&ldquo;O encontro Nordeste &eacute; o maior evento da assist&ecirc;ncia social da regi&atilde;o. Os nove estados de m&atilde;os dadas para construir um momento coletivo de fortalecimento da assist&ecirc;ncia social. &Eacute; um privil&eacute;gio receber e acolher todos e todas na Bahia, nesse momento de reconstru&ccedil;&atilde;o da assist&ecirc;ncia social em nosso pa&iacute;s, juntamente aos demais estados nordestinos&rdquo;, afirma a presidenta do Coegemas/BA, Ediana Dourado.

O encontro tamb&eacute;m &eacute; aberto para t&eacute;cnicos, pesquisadores, estudantes universit&aacute;rios e p&uacute;blico interessado nas discuss&otilde;es sobre assist&ecirc;ncia social e o fortalecimento do SUAS.&nbsp;As inscri&ccedil;&otilde;es podem ser realizadas atrav&eacute;s <a href="https://www.even3.com.br/23encontronordestecongemas/">deste link</a>.

O&nbsp;presidente Luiz In&aacute;cio&nbsp;Lula&nbsp;da Silva convidou o papa Francisco para uma visita ao Brasil, atrav&eacute;s de&nbsp;liga&ccedil;&atilde;o telef&ocirc;nica nesta quarta-feira (31).&nbsp;&nbsp;A conversa foi confirmada pelo presidente nas redes sociais.

Na publica&ccedil;&atilde;o, o presidente disse ainda ter discutido com o pont&iacute;fice sobre o conflito entre Ucr&acirc;nia e R&uacute;ssia.

&quot;Conversei agora h&aacute; pouco por telefone com o Papa Francisco. Cumprimentei o Papa pelos esfor&ccedil;os na defesa na paz na Ucr&acirc;nia e no combate &agrave; pobreza. Agradeci os gestos na defesa da democracia em nosso pa&iacute;s nos &uacute;ltimos anos. Devemos ter uma audi&ecirc;ncia no Vaticano nos pr&oacute;ximos meses e convidei o Santo Padre para visitar o Brasil.&quot;

&nbsp;

<blockquote class="twitter-tweet">
Conversei agora h&aacute; pouco por telefone com o Papa Francisco. Cumprimentei o Papa pelos esfor&ccedil;os na defesa na paz na Ucr&acirc;nia e no combate &agrave; pobreza. Agradeci os gestos na defesa da democracia em nosso pa&iacute;s nos &uacute;ltimos anos. Devemos ter uma audi&ecirc;ncia no Vaticano nos pr&oacute;ximos meses e&hellip;
&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1663926833295794180?ref_src=twsrc%5Etfw">May 31, 2023</a></blockquote>
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O governo Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) espera anunciar no segundo semestre um n&uacute;mero simb&oacute;lico de redu&ccedil;&atilde;o da mis&eacute;ria no pa&iacute;s.

De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S&atilde;o Paulo, c&aacute;lculos do&nbsp;Minist&eacute;rio do Desenvolvimento Social&nbsp;mostram que &eacute; poss&iacute;vel retirar 8,5 milh&otilde;es de fam&iacute;lias da mis&eacute;ria ainda este ano. Esse n&uacute;mero &eacute; de aproximadamente 20 milh&otilde;es de pessoas.

&quot;Isso j&aacute; &eacute; o resultado da retomada do Bolsa Fam&iacute;lia e dos novos benef&iacute;cios previstos no programa&quot;, diz o ministro Wellington Dias.

O programa, reeditado por Lula, prev&ecirc; m&iacute;nimo de R$ 600 por fam&iacute;lia, al&eacute;m de R$ 150 por crian&ccedil;a at&eacute; 6 anos de idade e R$ 50 por crian&ccedil;a ou adolescente.

Hoje, a estimativa do governo &eacute; que 62 milh&otilde;es de pessoas vivam abaixo da linha da pobreza. &quot;Evidentemente que para erradicar totalmente a pobreza, &eacute; preciso combinar as pol&iacute;ticas sociais com gera&ccedil;&atilde;o de emprego e fomento ao empreendedorismo&quot;, afirmou Dias a coluna.

A nova secret&aacute;ria de Desenvolvimento Social da Bahia, Fabya Reis listou medidas emergenciais que o Governo da Bahia deve adotar nos pr&oacute;ximos meses<a href="https://portalsalvadorfm.com.br/noticias/105836,levantamento-aponta-que-24percent-dos-brasileiros-afirmam-nao-ter-comida-suficiente-em-casa" target="_blank"> para minimizar a crise da fome</a> no estado.

Uma das propostas &eacute; ampliar o n&uacute;mero de restaurantes populares, que vendem refei&ccedil;&otilde;es pelo valor simb&oacute;lico de R$ 1. Em Salvador, hoje existem dois estabelecimentos do tipo, um na Liberdade e outro no Com&eacute;rcio.

Fabya revelou nesta sexta-feira (27) em entrevista ao programa Fora do Plen&aacute;rio, da r&aacute;dio Salvador FM, que o <a href="https://portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/jeronimo" target="_blank">governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT</a>) j&aacute; reservou amplia&ccedil;&atilde;o de repasses para a &aacute;rea.

&quot;Estamos com um aporte de recursos para ampliar e assegurar, fazer a&ccedil;&otilde;es integradas com a rede de agricultura familiar, fortalecimento pelo repasse por este fundo, com uma previs&atilde;o de R$ 75 milh&otilde;es para apoiar a rela&ccedil;&atilde;o estado-munic&iacute;pio&quot;, explicou a titular da pasta.

Al&eacute;m da parceria com a agricultura familiar, Fabya acredita que tamb&eacute;m h&aacute; espa&ccedil;o para apoio da iniciativa privada.

&quot;Convocar tamb&eacute;m rede de empres&aacute;rios, institui&ccedil;&otilde;es e sociedade civil, para darmos imediatamente essa assist&ecirc;ncia emergencial no combate &agrave; fome&quot;, contemporizou.

Assista:
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0t6f8YuZh5o" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen></iframe>

O discurso do presidente eleito no Brasil, Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT), na COP27, confer&ecirc;ncia sobre mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas da ONU, &eacute; bastante aguardado.&nbsp;

Em uma empreitada para retirar de novo o pa&iacute;s do mapa da fome, o petista deve relacionar o problema &agrave; crise ambiental e clim&aacute;tica, destacando que as duas quest&otilde;es s&atilde;o ligadas uma &agrave; outra.

Ele deve cobrar de lideran&ccedil;as pol&iacute;ticas internacionais um maior envolvimento na causa,&nbsp;e pedir a colabora&ccedil;&atilde;o de pa&iacute;ses que s&atilde;o maiores respons&aacute;veis pelo impacto ambiental de suas atividades, para ajudar aqueles com menos recursos.

Segundo interlocutores, Lula deve relembrar cat&aacute;strofes e trag&eacute;dias ambientais na hist&oacute;ria recente do Brasil como a seca extrema e chuvas devastadoras no em Petr&oacute;polis, Belo Horizonte, Recife e no sul da Bahia.

A expectativa &eacute; que a visibilidade seja utilizada para firmar compromissos com o combate ao garimpo, ao desmatamento e tamb&eacute;m revitaliza&ccedil;&atilde;o de &aacute;reas destru&iacute;das por pr&aacute;ticas predat&oacute;rias.

Tamb&eacute;m se espera men&ccedil;&otilde;es e at&eacute; novidades acerca de medidas para prote&ccedil;&atilde;o dos povos origin&aacute;rios brasileiros.

L&iacute;der do PT no Congresso, o senador Jean Paul Prates (RN) compartilhou uma foto no evento com Lula, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e outros senadores como Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL).

Confira:

<blockquote class="twitter-tweet">
Encontro com nossos queridos colegas parlamentares e o presidente <a href="https://twitter.com/LulaOficial?ref_src=twsrc%5Etfw">@LulaOficial</a> na COP 27. Foi uma boa ocasi&atilde;o para conversarmos sobre como o governo brasileiro vai tratar o meio ambiente! Na oportunidade, destaquei a import&acirc;ncia de focarmos na transi&ccedil;&atilde;o energ&eacute;tica. <a href="https://t.co/0tFw0FMhfB">pic.twitter.com/0tFw0FMhfB</a>
&mdash; Jean Paul Prates (@senadorjean) <a href="https://twitter.com/senadorjean/status/1592563122472161282?ref_src=twsrc%5Etfw">November 15, 2022</a></blockquote>
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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (28) mostra que 24% dos brasileiros afirmam n&atilde;o ter comida suficiente em casa para alimentar a fam&iacute;lia.

Segundo o levantamento, a parcela de brasileiros que avalia a quantidade de comida na sua resid&ecirc;ncia como insuficiente nos &uacute;ltimos meses diminuiu, ao mesmo tempo em que a parcela que avalia que foi mais que o suficiente vem aumentando.

24% responderam n&atilde;o ter a quantidade de comida necess&aacute;ria (27% em setembro). Por sua vez, a maioria, 56%, afirmou que tem alimento suficiente (57% em setembro) e 20% disseram que t&ecirc;m mais do que o suficiente (16% em setembro).

O Datafolha ouviu 4.580 pessoas, entre 25 e 27 de outubro, em 252 munic&iacute;pios. A margem de erro &eacute; de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro do n&iacute;vel de confian&ccedil;a de 95%. A pesquisa foi registrada na Justi&ccedil;a Eleitoral sob o n&uacute;mero BR-04208/2022.

Na avalia&ccedil;&atilde;o do ministro Paulo Guedes (Economia) &eacute; imposs&iacute;vel que o Brasil tenha 33 milh&otilde;es de pessoas passando fome. Nesta quarta-feira (21), ele disse considerar que o dado &eacute; falso, em evento do setor automotivo em S&atilde;o Paulo.

Guedes defendeu que, na compara&ccedil;&atilde;o com outras grandes economias, o desempenho brasileiro est&aacute; melhor. &ldquo;Isso s&atilde;o fatos econ&ocirc;micos, n&atilde;o adianta. A t&aacute;tica pol&iacute;tica &eacute; de barulho: 33 milh&otilde;es de pessoas passando fome. &Eacute; mentira, &eacute; falso. N&atilde;o s&atilde;o esses os n&uacute;meros.&rdquo;

O ministro n&atilde;o disse, no entanto, quais seriam os n&uacute;meros corretos, na avalia&ccedil;&atilde;o dele. O dado questionado por Guedes consta no Inqu&eacute;rito Nacional sobre Inseguran&ccedil;a Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, que aponta a exist&ecirc;ncia de 33,1 milh&otilde;es de pessoas vivendo em situa&ccedil;&atilde;o de inseguran&ccedil;a alimentar grave, quando n&atilde;o h&aacute; garantia de acesso &agrave; alimenta&ccedil;&atilde;o em quantidade suficiente.

&ldquo;O consumo dos mais fr&aacute;geis est&aacute; garantido com a transfer&ecirc;ncia de renda. Por isso, &eacute; imposs&iacute;vel que tenha 33 milh&otilde;es de pessoas passando fome. Elas est&atilde;o recebendo tr&ecirc;s vezes mais do que recebiam antes. E mesmo que tenha tido infla&ccedil;&atilde;o e aumento de pre&ccedil;o, n&atilde;o multiplicou por tr&ecirc;s, ent&atilde;o o poder de compra est&aacute; mais do que preservado&rdquo;, afirmou.

Ele disse ainda que as pol&iacute;ticas atuais de transfer&ecirc;ncia de renda, como o Aux&iacute;lio Brasil, correspondem a 1,5% do PIB. Segundo Guedes, antes, esse percentual era de 0,4%.

&ldquo;N&oacute;s estamos transferindo tr&ecirc;s vezes mais recursos para os fr&aacute;geis&rdquo;, completou.

O ministro tamb&eacute;m disse que o percentual de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza vem caindo no Brasil, enquanto cresce no resto do mundo.

A afirma&ccedil;&atilde;o &eacute; similar &agrave;s conclus&otilde;es de um estudo publicado pelo presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econ&ocirc;mica Aplicada), Erik Alencar de Figueiredo, em agosto. A publica&ccedil;&atilde;o, criticada por servidores do &oacute;rg&atilde;o e por especialistas, defende que um aumento no n&uacute;mero de brasileiros com fome deveria ter resultado em um &ldquo;choque expressivo&rdquo; no aumento de interna&ccedil;&otilde;es por doen&ccedil;as decorrentes da desnutri&ccedil;&atilde;o. Figueiredo foi subsecret&aacute;rio de Pol&iacute;tica Fiscal do Minist&eacute;rio da Economia.

Em julho, quando o governo negociou a aprova&ccedil;&atilde;o de uma emenda constitucional para abrir espa&ccedil;o no Or&ccedil;amento e pagar o aumento de R$ 200 no Aux&iacute;lio Brasil, Guedes defendeu a medida, que era apontada como eleitoreira. Na ocasi&atilde;o, ele entendia que havia gente com fome.

&ldquo;Se h&aacute; fome no Brasil, se as pessoas est&atilde;o cozinhando &agrave; lenha, esse programa n&atilde;o &eacute; eleitoreiro. Ou ele &eacute; eleitoreiro e n&atilde;o tinha ningu&eacute;m passando fome&rdquo;, disse, na &eacute;poca.

Segundo Guedes, com reformas, marcos regulat&oacute;rios e um plano de reindustrializa&ccedil;&atilde;o, o Brasil tem um &ldquo;crescimento contratado&rdquo; para os pr&oacute;ximos anos.

Guedes tamb&eacute;m voltou a criticar proje&ccedil;&otilde;es que ele considera ruins sobre o crescimento do Brasil para os pr&oacute;ximos anos, como j&aacute; havia feito nesta semana, em entrevista &agrave; r&aacute;dio Gua&iacute;ba.

Mais de uma vez, disse que essas previs&otilde;es s&atilde;o &ldquo;milit&acirc;ncia pol&iacute;tica&rdquo; e que apostam em &ldquo;rolagem de desgra&ccedil;a&rdquo;. Segundo o ministro, parte dos erros deve-se ao que ele chamou de modelo econ&ocirc;mico antigo, quando o crescimento dependia de investimentos p&uacute;blicos.

&ldquo;O eixo da economia mudou e agora est&aacute; voltado para o investimento privado&rdquo;, afirmou. &ldquo;Apesar do investimento p&uacute;blico colapsar para quase zero, os investimentos privados est&atilde;o chegando a quase 19% do PIB. Isso garante uma taxa de crescimento mais forte. Esse &eacute; o crescimento estrutural, org&acirc;nico, contratado.&rdquo;

Segundo Guedes, em 2022 o Brasil ainda est&aacute; crescendo menos devido aos juros altos, necess&aacute;rios para combater a infla&ccedil;&atilde;o. O Copom (Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria) se re&uacute;ne nesta quarta e a expectativa do mercado &eacute; que o ciclo de aperto seja interrompido e que a Selic (taxa b&aacute;sica de juros da economia) seja mantida nos atuais 13,75% ao ano.

Com a expectativa de queda da infla&ccedil;&atilde;o a partir do pr&oacute;ximo ano, Paulo Guedes disse esperar que tamb&eacute;m os juros comecem a cair.

De acordo com a Folha, o&nbsp;ministro da Economia fez o discurso de encerramento da cerim&ocirc;nia de abertura de um congresso da Fenabrave (Federa&ccedil;&atilde;o Nacional da Distribui&ccedil;&atilde;o de Ve&iacute;culos Automotores), no SP Expo, em S&atilde;o Paulo.

Como tem acontecido em outras agendas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus ministros, Guedes embutiu em sua fala men&ccedil;&otilde;es ao ex-ministro da Infraestrutura Tarc&iacute;sio Freitas, que &eacute; candidato ao governo de S&atilde;o Paulo nas elei&ccedil;&otilde;es deste ano.

&ldquo;Mesmo sem falar de pol&iacute;tica, voc&ecirc;s sabem que pode ser que ele v&aacute; fazer um novo trabalho extraordin&aacute;rio a&iacute; em outro lugar&rdquo;, afirmou. Foi aplaudido na sequ&ecirc;ncia.

Em visita &agrave; cidade de Vit&oacute;ria da Conquista, na Bahia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou atr&aacute;s e admitiu que o Brasil &quot;passa fome&quot;. A declara&ccedil;&atilde;o neste s&aacute;bado (27) surge menos de 24 horas ap&oacute;s falar em entrevista que ningu&eacute;m sofria do problema no pa&iacute;s.

&quot;Com uma pandemia e uma guerra, o Brasil passa fome. N&oacute;s temos o dever de defender o interesse de cada um de voc&ecirc;s&quot;, disse o presidente ap&oacute;s participar de ato com motos e carros na cidade do sudoeste baiano.

Nesta sexta-feira (26), em entrevista ao P&acirc;nico, ele tentou negar os dados de comprovam que mais de 30 milh&otilde;es de brasileiros est&atilde;o hoje abaixo da linha da pobreza.

&quot;Algu&eacute;m v&ecirc; algu&eacute;m pedindo p&atilde;o no caixa da padaria? Voc&ecirc; n&atilde;o v&ecirc;, p&ocirc;&quot;, disse.

Uma aposta da sua campanha &eacute; conquistar votos no Nordeste. Ao lado dele no ato de hoje estavam o candidato ao Governo da Bahia, Jo&atilde;o Roma (PL), sua vice na chapa, Leon&iacute;dia Umbelina e a candidata ao Senado, Ra&iacute;ssa Soares (PL).

&quot;Voc&ecirc;s sabem que n&oacute;s tamb&eacute;m olhamos e muito para os mais humildes e mais pobres&quot;, alegou Bolsonaro.

O total de pessoas afetadas pela fome em todo o mundo aumentou em 150 milh&otilde;es desde o in&iacute;cio da pandemia do novo coronav&iacute;rus, alcan&ccedil;ando 828 milh&otilde;es, em 2021.

&Eacute; o que revela o relat&oacute;rio O Estado de Seguran&ccedil;a Alimentar e Nutri&ccedil;&atilde;o no Mundo, lan&ccedil;ado hoje (6) por cinco ag&ecirc;ncias da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU): Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Alimenta&ccedil;&atilde;o e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agr&iacute;cola (FIDA), o Fundo das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Inf&acirc;ncia (Unicef), o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP) e a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS).

Na avalia&ccedil;&atilde;o dos chefes das cinco ag&ecirc;ncias da ONU, o relat&oacute;rio destaca a intensifica&ccedil;&atilde;o dos principais fatores de inseguran&ccedil;a alimentar e m&aacute; nutri&ccedil;&atilde;o que s&atilde;o &ldquo;conflitos, choques clim&aacute;ticos e choques econ&ocirc;micos, combinados com as crescentes desigualdades&quot;. Eles ratificaram que devem ser tomadas medidas mais ousadas para construir resili&ecirc;ncia contra choques futuros.

O documento sinaliza que o mundo est&aacute; se afastando ainda mais da meta de acabar com a fome, a inseguran&ccedil;a alimentar e a m&aacute; nutri&ccedil;&atilde;o em todas as suas formas at&eacute; 2030. Depois de permanecer relativamente inalterada desde 2015, a propor&ccedil;&atilde;o de pessoas afetadas pela fome, que era da ordem de 8% em 2019, cresceu para 9,3% em 2020 e continuou a subir em 2021, chegando a 9,8% da popula&ccedil;&atilde;o mundial.

Outro dado preocupante &eacute; que cerca de 2,3 bilh&otilde;es de pessoas no mundo (29,3% do total) enfrentaram inseguran&ccedil;a alimentar moderada ou severa no ano passado, o que corresponde a 350 milh&otilde;es a mais em compara&ccedil;&atilde;o com o per&iacute;odo pr&eacute;-pandemia. Cerca de 924 milh&otilde;es de pessoas (11,7% da popula&ccedil;&atilde;o global) enfrentaram a inseguran&ccedil;a alimentar em n&iacute;veis severos, alta de 207 milh&otilde;es de pessoas em dois anos.

Mulheres e crian&ccedil;as

A inseguran&ccedil;a alimentar continuou a aumentar em 2021, na quest&atilde;o por g&ecirc;nero. Cerca de 32% das mulheres no mundo enfrentaram inseguran&ccedil;a alimentar moderada ou severa, ante 27,6% dos homens. A diferen&ccedil;a foi de mais de quatro pontos percentuais, em compara&ccedil;&atilde;o aos tr&ecirc;s pontos percentuais observados em 2020.

Segundo o relat&oacute;rio, em torno de 45 milh&otilde;es de crian&ccedil;as menores de cinco anos sofriam de baixo peso para a estatura (wasting), que &eacute; a forma mais mortal de m&aacute; nutri&ccedil;&atilde;o, o que aumenta o risco de morte das crian&ccedil;as em at&eacute; 12 vezes. Al&eacute;m disso, 149 milh&otilde;es de crian&ccedil;as menores de cinco anos tiveram crescimento e desenvolvimento atrofiados (stunting) devido &agrave; falta cr&ocirc;nica de nutrientes essenciais em suas dietas. Por outro lado, 39 milh&otilde;es estavam acima do peso.

Um dado positivo informado pelo relat&oacute;rio &eacute; que, no relativo ao aleitamento materno exclusivo, est&atilde;o ocorrendo progressos. Quase 44% dos beb&ecirc;s com menos de seis meses de idade foram amamentados exclusivamente em todo o mundo, em 2020. Mas o n&uacute;mero ainda est&aacute; abaixo da meta de 50%, prevista at&eacute; 2030. Outra grande preocupa&ccedil;&atilde;o &eacute; que duas em cada tr&ecirc;s crian&ccedil;as n&atilde;o recebem a dieta m&iacute;nima diversificada de que precisam para crescer e desenvolver seu potencial m&aacute;ximo, indica a publica&ccedil;&atilde;o.

No sentido negativo, aproximadamente 3,1 bilh&otilde;es de pessoas n&atilde;o conseguiram pagar por uma alimenta&ccedil;&atilde;o saud&aacute;vel em 2020, com expans&atilde;o de 112 milh&otilde;es em rela&ccedil;&atilde;o ao ano anterior, reflexo dos efeitos da infla&ccedil;&atilde;o nos pre&ccedil;os dos alimentos ao consumidor, em decorr&ecirc;ncia dos impactos econ&ocirc;micos da pandemia de covid-19 e das medidas postas em pr&aacute;tica para cont&ecirc;-la.

&ldquo;A escala sem precedentes da crise da m&aacute; nutri&ccedil;&atilde;o exige uma resposta sem precedentes&rdquo;, salientou a diretora executiva do Unicef, Catherine Russell. Afirmou que os esfor&ccedil;os de todos devem ser redobrados, para garantir que as crian&ccedil;as mais vulner&aacute;veis tenham acesso a dietas nutritivas, seguras e acess&iacute;veis, e servi&ccedil;os para a preven&ccedil;&atilde;o precoce, detec&ccedil;&atilde;o e tratamento da m&aacute; nutri&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Com a vida e o futuro de tantas crian&ccedil;as em jogo, este &eacute; o momento de intensificar nossa ambi&ccedil;&atilde;o pela nutri&ccedil;&atilde;o infantil. N&atilde;o temos tempo a perder&quot;, indicou.

Guerra

Os representantes das cinco ag&ecirc;ncias da ONU observaram que, neste momento, em que o relat&oacute;rio est&aacute; sendo publicado, h&aacute; uma guerra em curso na Ucr&acirc;nia, envolvendo dois dos maiores produtores globais de cereais b&aacute;sicos, oleaginosas e fertilizantes. O conflito est&aacute; interrompendo as cadeias de suprimentos internacionais e elevando os pre&ccedil;os de gr&atilde;os, fertilizantes, energia, bem como alimentos terap&ecirc;uticos prontos para uso por crian&ccedil;as com m&aacute; nutri&ccedil;&atilde;o grave.

As cadeias de suprimentos j&aacute; est&atilde;o sendo afetadas negativamente por eventos clim&aacute;ticos extremos cada vez mais frequentes, em especial em pa&iacute;ses de baixa renda, com implica&ccedil;&otilde;es severas para a seguran&ccedil;a alimentar e nutri&ccedil;&atilde;o globais, destacaram as ag&ecirc;ncias.

O relat&oacute;rio aponta que o apoio mundial ao setor aliment&iacute;cio e agr&iacute;cola totalizou quase US$ 630 bilh&otilde;es por ano, entre 2013 e 2018. A maior parte dos recursos &eacute; destinada aos agricultores individuais, por meio de pol&iacute;ticas comerciais e de mercado e subs&iacute;dios fiscais. De acordo com o estudo, entretanto, este apoio &eacute; distorcido pelo mercado, bem como n&atilde;o est&aacute; atingindo muitos agricultores, o que prejudica o meio ambiente e n&atilde;o promove a produ&ccedil;&atilde;o de alimentos nutritivos que comp&otilde;em uma alimenta&ccedil;&atilde;o saud&aacute;vel.

Isso acontece, em parte, porque os subs&iacute;dios visam, muitas vezes, a produ&ccedil;&atilde;o de alimentos b&aacute;sicos, latic&iacute;nios e outros alimentos de origem animal, especialmente em pa&iacute;ses de alta e m&eacute;dia renda, enquanto frutas, legumes e verduras s&atilde;o menos apoiados, particularmente em pa&iacute;ses de baixa renda.

As ag&ecirc;ncias da ONU que assinam o relat&oacute;rio consideram que, com as amea&ccedil;as de uma recess&atilde;o global iminente e suas implica&ccedil;&otilde;es sobre as receitas e despesas p&uacute;blicas, uma forma de apoiar a recupera&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica seria atrav&eacute;s da redefini&ccedil;&atilde;o do apoio alimentar e agr&iacute;cola para alimentos nutritivos direcionados onde o consumo per capita, isto &eacute;, por indiv&iacute;duo, n&atilde;o corresponde ainda aos n&iacute;veis recomendados para dietas saud&aacute;veis.

Cabe aos governos repensarem a destina&ccedil;&atilde;o dos recursos usados para incentivar a produ&ccedil;&atilde;o, o fornecimento e o consumo de alimentos nutritivos, de modo a tornar as alimenta&ccedil;&otilde;es saud&aacute;veis mais baratas, mais acess&iacute;veis e equitativas para todas as pessoas. O documento recomenda que os governos poderiam reduzir as barreiras comerciais para alimentos nutritivos, como frutas, legumes, verduras e leguminosas.

Para o diretor-geral da FAO, QU Dongyu, &quot;os pa&iacute;ses de baixa renda, onde a agricultura &eacute; fundamental para a economia, os empregos e os meios de subsist&ecirc;ncia rurais, t&ecirc;m poucos recursos p&uacute;blicos para reaproveitar. A FAO est&aacute; comprometida em continuar trabalhando em conjunto com esses pa&iacute;ses para explorar oportunidades para aumentar a presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os p&uacute;blicos para todos os atores em todos os sistemas agroalimentares&quot;.

Futuro

O cen&aacute;rio projetado para 2030 n&atilde;o &eacute; otimista, de acordo com o relat&oacute;rio. As proje&ccedil;&otilde;es s&atilde;o que cerca de 670 milh&otilde;es de pessoas (8% da popula&ccedil;&atilde;o mundial) ainda enfrentar&atilde;o a fome em 2030, &ldquo;mesmo que uma recupera&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica global seja levada em considera&ccedil;&atilde;o&rdquo;. O n&uacute;mero &eacute; semelhante ao de 2015, quando o objetivo de acabar com a fome, a inseguran&ccedil;a alimentar e a m&aacute; nutri&ccedil;&atilde;o at&eacute; o final desta d&eacute;cada foi lan&ccedil;ado sob a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustent&aacute;vel.

O presidente do FIDA, Gilbert F. Houngbo, considerou os n&uacute;meros deprimentes para a humanidade. &ldquo;Continuamos nos afastando da nossa meta de acabar com a fome at&eacute; 2030. Os efeitos da crise alimentar global provavelmente piorar&atilde;o o resultado novamente no pr&oacute;ximo ano. Precisamos de uma abordagem mais intensa para acabar com a fome e o FIDA est&aacute; pronto para fazer sua parte, aumentando suas opera&ccedil;&otilde;es e impacto. Estamos ansiosos para ter o apoio de todas as pessoas&quot;, afirmou.

Na avalia&ccedil;&atilde;o do diretor executivo do WFP, David Beasley, existe um perigo real que os n&uacute;meros subam ainda mais nos pr&oacute;ximos meses. Ele estimou que os aumentos globais de pre&ccedil;os de alimentos, combust&iacute;veis e fertilizantes que resultam da crise na Ucr&acirc;nia amea&ccedil;am empurrar os pa&iacute;ses ao redor do mundo para a fome. &ldquo;O resultado ser&aacute; a desestabiliza&ccedil;&atilde;o global, a fome e a migra&ccedil;&atilde;o em massa em uma escala sem precedentes. Temos que agir hoje para evitar essa cat&aacute;strofe iminente&quot;, defendeu.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comentou que, anualmente, 11 milh&otilde;es de pessoas morrem devido &agrave; alimenta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o saud&aacute;vel e que o aumento dos pre&ccedil;os dos alimentos aponta para a piora desse cen&aacute;rio. &ldquo;A OMS apoia os esfor&ccedil;os dos pa&iacute;ses para melhorar os sistemas alimentares, tributando alimentos n&atilde;o saud&aacute;veis e subsidiando op&ccedil;&otilde;es saud&aacute;veis, protegendo as crian&ccedil;as contra o &lsquo;marketing&rsquo; prejudicial e garantindo r&oacute;tulos nutricionais claros. Devemos trabalhar juntos para alcan&ccedil;ar as metas globais de nutri&ccedil;&atilde;o de 2030, combater a fome e a m&aacute; nutri&ccedil;&atilde;o, para garantir que os alimentos sejam uma fonte de sa&uacute;de para todas as pessoas&quot;, destacou o diretor-geral da OMS.

Brasil

Em rela&ccedil;&atilde;o ao Brasil, o documento indica que a preval&ecirc;ncia de inseguran&ccedil;a alimentar grave subiu de 3,9 milh&otilde;es, ou o equivalente a 1,9% da popula&ccedil;&atilde;o, entre 2014 e 2016, para 15,4 milh&otilde;es (7,3%), entre 2019 e 2021. A preval&ecirc;ncia de inseguran&ccedil;a alimentar moderada ou grave em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; popula&ccedil;&atilde;o total aumentou de 37,5 milh&otilde;es de pessoas (18,3%), entre 2014 e 2016, para 61,3 milh&otilde;es de pessoas (28,9%), entre 2019 e 2021.

Segundo informa&ccedil;&otilde;es do Cad&Uacute;nico, referentes ao m&ecirc;s de fevereiro deste ano, o estado da Bahia registrou mais 5,7 milh&otilde;es de pessoas &nbsp;cadastradas em situa&ccedil;&atilde;o de extrema pobreza e mais de 600 mil em situa&ccedil;&atilde;o de pobreza.&nbsp; 
&nbsp; 
Segundo a Secretaria Municipal de Promo&ccedil;&atilde;o Social, Combate &agrave; Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), a capital baiana tinha fam&iacute;lias em situa&ccedil;&atilde;o de extrema pobreza at&eacute; dezembro de 2021, &nbsp;o crescimento em menos de quatro meses foi de 14,49%.&nbsp; 
&nbsp; 
O mesmo decreto que reajustou os valores das faixas de renda, tamb&eacute;m definiu que a renda familiar mensal per capita de pessoas, em situa&ccedil;&atilde;o de pobreza, fica entre R$ 105,01 e R$ 210. Nesta faixa, est&atilde;o atualmente 39.979 fam&iacute;lias soteropolitanas. 
&nbsp; 
At&eacute; o final do &uacute;ltimo ano, 35.050 fam&iacute;lias estavam nesta faixa de renda mensal. Neste caso, o aumento foi de 14,06%, em 2022. Os n&uacute;meros do levantamento s&atilde;o da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Seguran&ccedil;a Alimentar (Rede Penssan), que re&uacute;ne pesquisadores de universidades e institui&ccedil;&otilde;es de todo o pa&iacute;s. &Eacute; uma refer&ecirc;ncia no monitoramento da fome no Brasil e reconhecida pelas Na&ccedil;&otilde;es Unidas. 
&nbsp; 
A pesquisa revela ainda que, &nbsp;mais da metade da popula&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s (58,7%) est&aacute; em inseguran&ccedil;a alimentar. O que significa que de cada dez fam&iacute;lias, seis enfrentam dificuldades para comer. S&atilde;o mais de 125 milh&otilde;es de brasileiros que n&atilde;o t&ecirc;m comida garantida todo dia. Nem em quantidade, nem em qualidade. E pior, entre eles, 33 milh&otilde;es passam fome. 
&nbsp;

Diante do aumento da fome no Brasil, com cada vez mais pessoas desempregadas e em situa&ccedil;&atilde;o de rua, o governo Bolsonaro desmontou o programa alimentar de maior cobertura no pa&iacute;s. Desde que Jair Bolsonaro (PL) assumiu o Planalto, o Alimenta Brasil, voltado para a compra de alimentos da agricultura familiar para doar a pessoas em situa&ccedil;&atilde;o de inseguran&ccedil;a alimentar, reduziu drasticamente o or&ccedil;amento.

Em 2012, o governo aplicou R$ 586 milh&otilde;es do or&ccedil;amento federal. Menos de dez anos depois, em 2021, foram repassados somente R$ 58,9 milh&otilde;es. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o do UOL.

Este ano parece que o governo abandonou de vez o programa, investindo apenas R$ 89 mil at&eacute; o m&ecirc;s de mar&ccedil;o.

Segundo o professor da Universidade Federal do Rec&ocirc;ncavo da Bahia e ex-diretor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) S&iacute;lvio Isoppo Porto, o PAA cresceu entre 2003 e 2012, mas teve esvaziamento dr&aacute;stico a partir de 2016, com exce&ccedil;&atilde;o de 2020, quando a mobiliza&ccedil;&atilde;o popular levou parlamentares a destinarem recursos extras a essa pol&iacute;tica devido &agrave; pandemia.&nbsp;

&quot;Perde-se a oportunidade de estimular e assegurar a aquisi&ccedil;&atilde;o de alimentos da agricultura familiar e imp&otilde;e &agrave;s fam&iacute;lias em inseguran&ccedil;a alimentar e nutricional seguir nessa situa&ccedil;&atilde;o de fome. Esse programa poderia, sim, ser parte da solu&ccedil;&atilde;o [para o problema da fome no pa&iacute;s]&quot;, diz Porto que tamb&eacute;m &eacute; diretor de Sistemas Alimentares e Agroecologia do Instituto Fome Zero.

No ano passado, a Conab abriu programa para cooperativas interessadas, mas s&oacute; disp&ocirc;s de R$ 20 milh&otilde;es de or&ccedil;amento, frente &agrave; demanda de R$ 330 milh&otilde;es.

Para o deputado Heitor Schuch (PSB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, est&aacute; em curso um desmonte das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas voltadas aos mais vulner&aacute;veis.

No ano passado, ele apresentou sete emendas &agrave; medida provis&oacute;ria que criou o Alimenta Brasil, entre elas um dispositivo para garantir que o governo se comprometesse em contratar as propostas do PAA j&aacute; cadastradas na Conab, aguardando verba para contrata&ccedil;&atilde;o, h&aacute; dois anos. Nenhuma das sugest&otilde;es do parlamentar foi aprovada.

Ser&aacute; instalada nesta quarta-feira (23) na C&acirc;mara dos Deputados a Frente Parlamentar de Combate &agrave; Fome. &ldquo;Moderado convicto, venho convocar a todos para uma guerra. Para ser vencida, essa guerra precisa das armas mais potentes que a humanidade j&aacute; vislumbrou: amor ao pr&oacute;ximo, solidariedade, esp&iacute;rito p&uacute;blico&rdquo;, disse o 1&ordm; vice-presidente da Casa, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), ao anunciar a cria&ccedil;&atilde;o do grupo na semana passada.

&ldquo;A guerra contra a fome n&atilde;o pode ser batalha de poucos: requer uma sociedade inteira, gestos de solidariedade das pessoas, das empresas, do mercado financeiro &agrave;s mais de 20 milh&otilde;es de pessoas que passam fome&rdquo;, acrescentou Ramos.

Segundo o deputado, viver a dor da fome no Pa&iacute;s que &eacute; o maior produtor de alimentos do mundo deveria chocar a todos porque &eacute; fruto n&atilde;o da escassez de alimentos, mas da falta de renda e de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas.

Ele defendeu, ainda, criar uma agenda m&iacute;nima que busque atacar a desigualdade social e a falta de oportunidades. &ldquo;A fome &eacute; inimiga de uma vida plena em desenvolvimento e encantamento. Cerremos fileiras neste bom combate, em que todos sairemos vencedores&rdquo;, finalizou.

O lan&ccedil;amento da Frente Parlamentar de Combate &agrave; Fome ser&aacute; realizado &agrave;s 11 horas no gabinete da Vice-Presid&ecirc;ncia da C&acirc;mara dos Deputados.

&nbsp;

O ex-presidente Lula tem ampla lideran&ccedil;a entre os eleitores que se consideram sob inseguran&ccedil;a alimentar, aponta pesquisa divulgada na semana passada pelo Datafolha.

O petista tem 62% da prefer&ecirc;ncia entre os eleitores que declararam ter menos quantidade de comida em casa do que o necess&aacute;rio. Neste grupo, Jair Bolsonaro (PL) alcan&ccedil;a apenas 11%.

De acordo com a Folha, o presidente tem melhor resultado entre aqueles que consideram ter mais comida do que o suficiente em casa. Neste eleitorado, Bolsonaro fica tecnicamente empatado com Lula, chegando a 35% contra 37% do ex-presidente.

O presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia, &Eacute;den Valadares, criticou a condu&ccedil;&atilde;o da gest&atilde;o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As cr&iacute;ticas foram feitas ap&oacute;s o aumento do desemprego, a volta do pa&iacute;s ao mapa da fome e alta do pre&ccedil;o dos alimentos representou o terceiro maior fator para aumento da infla&ccedil;&atilde;o.

&quot;Bolsonaro castiga a classe m&eacute;dia e os mais pobres. Com ele, s&oacute; cresce no Brasil a infla&ccedil;&atilde;o, o d&oacute;lar, os juros, a d&iacute;vida, o g&aacute;s, a fome, desemprego, gasolina, aluguel, plano de sa&uacute;de&quot;, afirmou Valadares.&nbsp;

&Eacute;den afirmou ainda que, al&eacute;m da incapacidade para gerir o pa&iacute;s, falta humanidade a Bolsonaro, sobretudo pela forma como ele tem conduzido a crise sanit&aacute;ria. &quot;Falta empatia a Bolsonaro. Al&eacute;m de incentivar o uso de medica&ccedil;&otilde;es sem efic&aacute;cia comprovada para tratamento da Covid, ignorar a gravidade da pandemia e promover aglomera&ccedil;&otilde;es, Bolsonaro foi incapaz de visitar qualquer hospital em sinal de solidariedade &agrave;s v&iacute;timas da doen&ccedil;a&quot;.

<img alt="Papa Francisco em visita à FAO em 2014" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil2013/files/styles/interna_grande/public/papa_1.jpg" style="height:435px; width:650px" />

O Vaticano enviou uma carta ao diretor-geral da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para Agricultura e Alimenta&ccedil;&atilde;o (FAO), o brasileiro Jos&eacute; Graziano da Silva, para informar uma doa&ccedil;&atilde;o &agrave; organiza&ccedil;&atilde;o de 25 mil euros (R$ 91,3 mil) para o leste da &Aacute;frica. A oferta, considerada sem precedentes, pretende ajudar as pessoas que&nbsp; enfrentam inseguran&ccedil;a alimentar e fome na regi&atilde;o. A informa&ccedil;&atilde;o &eacute; da ONU News.

A carta foi redigida pelo observador permanente da Santa S&eacute; junto &agrave; ONU em Roma, monsenhor Fernando Arellano. Nela, o papa afirma que a quantia era &quot;uma contribui&ccedil;&atilde;o simb&oacute;lica para um programa da FAO que apoia as fam&iacute;lias afetadas por conflitos e secas em &aacute;reas rurais. A doa&ccedil;&atilde;o do papa &eacute; parte de uma promessa que ele fez durante uma mensagem a uma confer&ecirc;ncia da ag&ecirc;ncia, que tem sede em Roma, no in&iacute;cio desse m&ecirc;s.

O monsenhor Arellano explicou que o gesto &ldquo;pretende encorajar os governos a contribuir com a FAO&rdquo;. Cerca de 22 milh&otilde;es de pessoas precisam de assist&ecirc;ncia alimentar em seis pa&iacute;ses do leste africano que enfrentam crises de fome: Sud&atilde;o do Sul, Eti&oacute;pia, Qu&ecirc;nia, Som&aacute;lia, Uganda e Tanz&acirc;nia.

O papa Francisco tem feito da solidariedade um grande tema do seu pontificado. Ele deve visitar a sede da FAO em 16 de outubro pr&oacute;ximo para marcar o Dia Mundial da Alimenta&ccedil;&atilde;o, que este ano&nbsp; ter&aacute; como tema Mude o futuro da migra&ccedil;&atilde;o. Invista em seguran&ccedil;a alimentar e desenvolvimento rural.

Agencia Brasil

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