90% dos prefeitos do PDT deixaram a sigla

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Política

21 de janeiro de 2016 às 15h22

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A saída do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, do PDT resultou, segundo suas contas, na desfiliação de 90% dos prefeitos da legenda. Todos seguem a liderança de Nilo. Enquanto ele próprio define em qual partido vai se filiar, já acomodou 51 prefeitos do seu grupo em oito partidos.

O deputado pretende apoiar 80 candidatos a prefeitos na Bahia e admite que a grande preocupação é a falta de recursos para a campanha. "Os candidatos temem pedir doação e as pessoas têm medo de doar", sintetizou o deputado que, em tom de brincadeira, tem aconselhado a seus liderados que invistam em sapatos, "porque é o que vai se gastar mais nesta eleição".

Grande e pequeno - Nilo marcou para o final de janeiro o anúncio de seu destino partidário. Disse que já conversou com 16 partidos, mas há sempre um probleminha que impede bater o martelo. "Há alguns partidos muito grandes e outros muito pequenos", comparou. Depois de passar um período no campo, onde "refletiu" sobre sua nova legenda, retornou ontem a Salvador e vai continuar as conversas.

Lotados de "injustiça"

O deputado Zé Neto, pré-candidato do PT à prefeitura de Feira de Santana, usou uma frase de efeito ao comentar, ontem, o aumento da passagem de ônibus na cidade, que passou para R$ 3,10.

Primeiro, ele elogiou os novos ônibus, depois mandou: "São novos, mas vão estar lotados de injustiça e pobreza". Ele disse que pretende pedir ao prefeito José Ronaldo (DEM), candidato à reeleição, que reveja o percentual de aumento. O que parece improvável de ocorrer.

"Ao trabalho, doutores. Aí estão as provas. Foram obtidas legalmente. Refutem-nas. Não desperdicem seu tempo tentando retocar a radiografia. Cuidem
dos pacientes, que o caso é grave"

Sérgio Moro, juiz federal do Paraná que comanda a Operação Lava Jato, ao responder, num despacho, aos advogados que defendem os réus do caso e mandaram publicar manifesto criticando a condução do caso pelo magistrado.

Nepotismo em Central

A Lei do Nepotismo é de 2010, mas parece que ainda não chegou até o município de Central, a 510 quilômetros de Salvador. Lá o Ministério Público identificou 119 funcionários da prefeitura parentes em até terceiro grau dos gestores. Em vez de punir os responsáveis, o promotor Hugo Fidélis preferiu propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a prefeitura, e o exército de parentes foi demitido esta semana.

O prefeito Uilson Monteiro da Silva teve suas contas de 2014 aprovadas com ressalvas pelo Tribunal de Contas dos Municípios. Entre essas "ressalvas", não consta o nepotismo que, aparentemente, não foi detectado pelos auditores do TCM. As distorções apontadas foram a "existência de déficit orçamentário, reincidência na omissão da cobrança da dívida ativa, orçamento elaborado sem critérios adequados de planejamento, reincidência na apresentação de deficiente Relatório do Controle Interno".

Há verba para "trabalhos"?

Ebulição no mercado espiritual. Insinuações nas propagandas da seção "Místico" nos classificados de A TARDE mostram que a concorrência tem provocado conflitos. Um dos que anunciam alerta a todos "que não se iludam com anúncios e falsos valores de trabalho". Outra propaga que ganhou "o prêmio do melhor (trabalho) em casos amorosos". Uma terceira é mais direta: "você que foi em outra casa de axé e não resolveram (o problema), nos procure".

Ano de eleição é período de maior movimento no mercado espiritual. Tem muito candidato que não abre mão de fazer "trabalhos" para garantir mais votos. O problema é saber se, com a crise econômica e a proibição de doação de empresas, haverá verba para os "místicos".
 

Foto: Ilustração

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