Moro reforça no TSE tese pró-cassação de Dilma

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Política

15 de fevereiro de 2016 às 16h22

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O juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, fez mais do que simplesmente enviar documentos referentes ao caso, para serem juntados à análise do processo movido pelo PSDB que pretende cassar a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer, empossando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na presidência da República.

Moro se manifestou e reforçou a tese de que doações oficiais seriam fruto de propina desviada da Petrobras. "Destaco que na sentença prolatada na ação penal 5012331-04.2015.404.7000 reputou-se comprovado o direcionamento de propinas acertadas no esquema criminoso da Petrobras para doações eleitorais registradas", afirmou Moro, em seu ofício encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral.

Moro recomentou, ainda, aos ministros do TSE que ouçam, na ação, os delatores da Lava Jato.  "Saliento que os criminosos colaboradores Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro José Barusco Filho, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, Milton Pascowitch e Ricardo Ribeiro Pessoa declararam que parte dos recursos acertados no esquema criminoso da Petrobras era destinada a doações eleitorais registradas e não-registradas. Como os depoimentos abrangem diversos assuntos, seria talvez oportuno que fossem ouvidos diretamente pelo Tribunal Superior Eleitoral a fim de verificar se têm informações pertinentes", afirmou.

Nesta ação, Michel Temer já teve a oportunidade de se manifestar e afirmou que as doações oficiais não podem ser criminalizadas. Ele lembrou ainda que as mesmas empreiteiras que doaram para a chapa Dilma-Temer também doaram para os demais candidatos – em especial, para o senador Aécio Neves.

O tucano, por sinal, já foi citado por diversos delatores da Lava Jato. Alberto Youssef afirmou que recolhia propinas da ordem de US$ 100 mil mensais em Furnas, na diretoria de Dimas Toledo, indicado por Aécio. O lobista Fernando Moura também fez afirmações indicando o poder de Aécio em Furnas. Já o entregador de recursos Ceará disse que Aécio era "o mais chato" na cobrança da propina da UTC.

Desde que o impeachment perdeu força no Congresso, o PSDB passou a concentrar suas esperanças de retomar o poder, após quatro derrotas presidenciais, na ação movida no TSE.

Foto: Reprodução

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